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03/01/2007
-
09h59
da Folha Online
Dois colaboradores do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein serão executados nesta quinta-feira, informaram hoje fontes do governo iraquiano e redes de TV locais.
Segundo as redes de TV Al Arabiya e Al Furat, o meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim, e o ex-chefe da Corte Revolucionária durante o regime de Saddam, Awad Hamed al Bandar, serão enforcados.
As fontes do governo confirmaram a informação em condição de anonimato.
De acordo com as fontes, os detalhes finais --como a hora exata e o local da execução-- ainda estão sendo acertados, já que o Exército dos EUA deve transportar os dois condenados da prisão até o local do enforcamento.
A princípio, Ibrahim e Al Bandar deveriam ter sido executados ao lado de Saddam no último sábado (31). No entanto, oficiais iraquianos disseram que queriam reservar o dia apenas para Saddam. "Queríamos que ele fosse executado em um dia especial", disse o conselheiro de segurança nacional do Iraque, Mouwafak al Rubaie, à TV estatal iraquiana.
Os três réus foram condenados à sentença de morte em 5 de novembro pelas mortes de 148 xiitas da cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra Saddam na década de 80.
Saddam foi enforcado na sede da antiga inteligência militar iraquiana em Bagdá, na região xiita de Kazamiyah.
De acordo com Sami al Askari, conselheiro político do premiê Nouri al Maliki, ele estava calmo em seus últimos momentos.
Vestindo roupas pretas e chapéu ao invés do uniforme de prisioneiro, o ditador teve as mãos amarradas mas se recusou a aceitar o capuz que lhe cobriria o rosto durante o enforcamento. Seu chapéu foi removido pouco antes de as cordas serem colocadas em volta do pescoço.
Questionado sobre seu desejo de proferir últimas palavras antes da execução, Saddam recusou-se a discursar, segundo Askari. Ele apenas repetiu uma oração em companhia de um clérigo sunita presente no local.
Vídeo
Nesta terça-feira, o governo do Iraque lançou uma investigação para descobrir como os guardas responsáveis pela execução de Saddam filmaram clandestinamente o enforcamento.
O vídeo da execução transformou a morte do ditador em um espetáculo televisivo que vem inflamando a violência sectária no país.
O governo vai investigar também os responsáveis pelas provocações e a violência verbal e física contra Saddam nos momentos que antecederam seu enforcamento.
A execução, que gerou protestos e manifestações violentas em várias partes do Iraque, está sendo apontada como um ato de vingança xiita contra o regime sunita que dominou o país de 1979 a 2003.
O momento escolhido para o enforcamento foi motivo de irritação e protestos, já que sábado foi o primeiro dia do feriado sagrado de Eid al Adha.
Com agências internacionais
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Dois colaboradores do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein serão executados nesta quinta-feira, informaram hoje fontes do governo iraquiano e redes de TV locais.
Segundo as redes de TV Al Arabiya e Al Furat, o meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim, e o ex-chefe da Corte Revolucionária durante o regime de Saddam, Awad Hamed al Bandar, serão enforcados.
As fontes do governo confirmaram a informação em condição de anonimato.
De acordo com as fontes, os detalhes finais --como a hora exata e o local da execução-- ainda estão sendo acertados, já que o Exército dos EUA deve transportar os dois condenados da prisão até o local do enforcamento.
A princípio, Ibrahim e Al Bandar deveriam ter sido executados ao lado de Saddam no último sábado (31). No entanto, oficiais iraquianos disseram que queriam reservar o dia apenas para Saddam. "Queríamos que ele fosse executado em um dia especial", disse o conselheiro de segurança nacional do Iraque, Mouwafak al Rubaie, à TV estatal iraquiana.
Os três réus foram condenados à sentença de morte em 5 de novembro pelas mortes de 148 xiitas da cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra Saddam na década de 80.
Saddam foi enforcado na sede da antiga inteligência militar iraquiana em Bagdá, na região xiita de Kazamiyah.
De acordo com Sami al Askari, conselheiro político do premiê Nouri al Maliki, ele estava calmo em seus últimos momentos.
Vestindo roupas pretas e chapéu ao invés do uniforme de prisioneiro, o ditador teve as mãos amarradas mas se recusou a aceitar o capuz que lhe cobriria o rosto durante o enforcamento. Seu chapéu foi removido pouco antes de as cordas serem colocadas em volta do pescoço.
Questionado sobre seu desejo de proferir últimas palavras antes da execução, Saddam recusou-se a discursar, segundo Askari. Ele apenas repetiu uma oração em companhia de um clérigo sunita presente no local.
Vídeo
Nesta terça-feira, o governo do Iraque lançou uma investigação para descobrir como os guardas responsáveis pela execução de Saddam filmaram clandestinamente o enforcamento.
O vídeo da execução transformou a morte do ditador em um espetáculo televisivo que vem inflamando a violência sectária no país.
O governo vai investigar também os responsáveis pelas provocações e a violência verbal e física contra Saddam nos momentos que antecederam seu enforcamento.
A execução, que gerou protestos e manifestações violentas em várias partes do Iraque, está sendo apontada como um ato de vingança xiita contra o regime sunita que dominou o país de 1979 a 2003.
O momento escolhido para o enforcamento foi motivo de irritação e protestos, já que sábado foi o primeiro dia do feriado sagrado de Eid al Adha.
Com agências internacionais
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