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03/01/2007
-
11h09
da France Presse, em Bagdá
O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, está decidido a punir o autor do vídeo pirata feito por celular que registrou a execução na forca de Saddam Hussein, e cuja divulgação pela internet aumentou as tensões sectárias no Iraque, segundo fontes do governo.
Al Maliki, que ordenou a abertura de uma investigação oficial, "leva muito a sério" o assunto e "quer castigar o responsável, seja quem for", declarou um deputado xiita ligado ao chefe de governo, o qual pediu anonimato.
O vídeo, que mostra passo a passo a execução do ex-ditador iraquiano, recrudesceu as tensões entre xiitas e sunitas no país e suscitou a condenação de líderes estrangeiros.
Na gravação, Saddam é executado enquanto várias testemunhas gritam o nome de seu principal inimigo xiita, o líder radical Moqtada al Sadr, o que fez com que muitos encarassem a execução como vingança sectária em vez de um ato de justiça.
Uma comissão composta por três membros se encarregará de realizar as investigações "de forma confidencial", disse o porta-voz do ministério do Interior, o general Abdel Karim Jalaf.
Segundo o procurador-geral do Alto Tribunal Penal iraquiano, Munqeth al Farun, que estava presente à execução, entre as testemunhas só havia duas pessoas com celulares.
"Não quero dizer seus nomes", mas "eram altos funcionários do governo", afirmou o procurador.
Sami al Askari, um deputado xiita que acompanhou o enforcamento, negou ter filmado a execução. Outros dirigentes assistiram à execução, incluindo o conselheiro de Segurança Nacional, Muaffaq al Rubaie, que não pôde ser localizado para comentar as informações.
Inimigo
O fato de que alguns do presentes eram partidários de Moqtada al Sadr enfureceu a comunidade sunita iraquiana.
A Embaixada americana em Bagdá se recusou a comentar as condições da execução do ex-ditador, que esteve sob a custódia do exército americano desde sua prisão, em dezembro de 2003, até pouco antes de sua morte.
Condenado à morte em 5 de novembro por crimes contra a humanidade, Saddam foi executado pelas autoridades iraquianas numa caserna dos serviços de inteligência militares em Khadamiya, bairro de maioria xiita no norte da capital.
Oficialmente, o governo iraquiano permitiu a divulgação de um vídeo de cerca de 20 segundos que mostrava imagens de Saddam sendo preparado para a execução. O vídeo foi ao ar no próprio sábado, dia da execução, pela televisão pública Iraquia.
Mas, um dia depois, o processo completo, incluindo sua morte, já circulava pela internet graças a uma gravação de má qualidade feita por telefone celular.
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O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, está decidido a punir o autor do vídeo pirata feito por celular que registrou a execução na forca de Saddam Hussein, e cuja divulgação pela internet aumentou as tensões sectárias no Iraque, segundo fontes do governo.
Al Maliki, que ordenou a abertura de uma investigação oficial, "leva muito a sério" o assunto e "quer castigar o responsável, seja quem for", declarou um deputado xiita ligado ao chefe de governo, o qual pediu anonimato.
O vídeo, que mostra passo a passo a execução do ex-ditador iraquiano, recrudesceu as tensões entre xiitas e sunitas no país e suscitou a condenação de líderes estrangeiros.
Na gravação, Saddam é executado enquanto várias testemunhas gritam o nome de seu principal inimigo xiita, o líder radical Moqtada al Sadr, o que fez com que muitos encarassem a execução como vingança sectária em vez de um ato de justiça.
Uma comissão composta por três membros se encarregará de realizar as investigações "de forma confidencial", disse o porta-voz do ministério do Interior, o general Abdel Karim Jalaf.
Segundo o procurador-geral do Alto Tribunal Penal iraquiano, Munqeth al Farun, que estava presente à execução, entre as testemunhas só havia duas pessoas com celulares.
"Não quero dizer seus nomes", mas "eram altos funcionários do governo", afirmou o procurador.
Sami al Askari, um deputado xiita que acompanhou o enforcamento, negou ter filmado a execução. Outros dirigentes assistiram à execução, incluindo o conselheiro de Segurança Nacional, Muaffaq al Rubaie, que não pôde ser localizado para comentar as informações.
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O fato de que alguns do presentes eram partidários de Moqtada al Sadr enfureceu a comunidade sunita iraquiana.
A Embaixada americana em Bagdá se recusou a comentar as condições da execução do ex-ditador, que esteve sob a custódia do exército americano desde sua prisão, em dezembro de 2003, até pouco antes de sua morte.
Condenado à morte em 5 de novembro por crimes contra a humanidade, Saddam foi executado pelas autoridades iraquianas numa caserna dos serviços de inteligência militares em Khadamiya, bairro de maioria xiita no norte da capital.
Oficialmente, o governo iraquiano permitiu a divulgação de um vídeo de cerca de 20 segundos que mostrava imagens de Saddam sendo preparado para a execução. O vídeo foi ao ar no próprio sábado, dia da execução, pela televisão pública Iraquia.
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