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04/01/2007
-
08h27
da Folha Online
Um segundo funcionário do Ministério da Justiça do Iraque foi detido como conseqüência da investigação sobre o vídeo clandestino do enforcamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, anunciou nesta quinta-feira um deputado xiita ligado ao premiê Nouri al Maliki.
"Duas pessoas foram detidas e estão sendo interrogadas no momento, como parte da investigação. São dois funcionários do Ministério da Justiça que assistiram em 30 de dezembro à execução de Saddam Hussein", afirmou Sami al Askari.
Um porta-voz do premiê anunciou ontem a detenção de um guarda presente à execução.
De acordo com Askari, não foi apresentada nenhuma acusação contra os dois homens detidos até o momento. Ele não explicou se os funcionários são suspeitos de terem filmado de maneira ilegal a execução de Saddam Hussein ou de terem insultado e provocado o ex-ditador sunita.
Também nesta quinta-feira, Baha al Araji --outro deputado ligado à Al Maliki-- afirmou que as execuções de Barzan al Tikriti, meio-irmão de Saddam e ex-chefe dos serviços secretos, e do ex-presidente da Corte Revolucionária Awad al Bandar, foram adiadas para o domingo (7).
Anteriormente, estava previsto que os dois homens fossem enforcados na madrugada desta quinta-feira pelas autoridades iraquianas, segundo o gabinete de Al Maliki.
Os três réus foram condenados à sentença de morte em 5 de novembro pelas mortes de 148 xiitas da cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra Saddam na década de 80.
A apelação ao veredicto foi rejeitada no dia 26 de dezembro pela corte de apelações do Alto Tribunal Penal iraquiano.
Saddam foi enforcado na manhã do último sábado (30) na sede da antiga inteligência militar iraquiana em Bagdá, na região xiita de Kazamiyah.
Protestos
Nesta quinta-feira, policiais utilizaram balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar centenas de pessoas que queimaram bandeiras dos EUA para protestar contra a execução de Saddam na região indiana da Caxemira.
Entoando o coro "Abaixo a América", cerca de 300 pessoas atiraram pedras contra policiais que tentavam impedir a manifestação, ocorrida no distrito de Nowhatta, em Srinagar.
Ao menos quatro soldados e três manifestantes sofreram ferimentos leves, segundo a polícia.
Ontem, na maior manifestação pró-Saddam desde o enforcamento do ditador, cerca de 2.500 pessoas fizeram um protesto na Jordânia em que criticaram o clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, classificado pelos presentes como ignóbil. 'Vamos esmagar sua cabeça com nossas botas', gritavam os manifestantes.
Na Argélia, outras ações de apoio a Saddam foram realizadas. O governo ordenou que em todas as mesquitas do país fossem realizadas preces pelo descanso da alma do ex-ditador iraquiano, executado no início da festividade de Eid al Adha [cerimônia do sacrifício], em que os fiéis matam um animal [camelo, vaca ou, geralmente, carneiro] e distribuem a carne aos pobres.
Violência
Nesta quinta-feira, a explosão de duas bombas no distrito sunita de Al Mansur, em Bagdá, matou ao menos 13 pessoas e feriu outras 25, de acordo com a polícia.
Na região, estão localizadas muitas das legações diplomáticas, disseram fontes policiais.
A primeira explosão ocorreu perto de um grupo de vendedores de gasolina, e a segunda ocorreu devido a uma bomba que estava escondida na mesma região. Os dois atentados também provocaram danos nos edifícios e veículos do bairro, um dos mais luxuosos de Bagdá.
As explosões ocorrem em meio aos crescentes temores de uma nova onda de violência sectária devido à execução de Saddam.
Com France Presse e agências internacionais
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Um segundo funcionário do Ministério da Justiça do Iraque foi detido como conseqüência da investigação sobre o vídeo clandestino do enforcamento do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, anunciou nesta quinta-feira um deputado xiita ligado ao premiê Nouri al Maliki.
"Duas pessoas foram detidas e estão sendo interrogadas no momento, como parte da investigação. São dois funcionários do Ministério da Justiça que assistiram em 30 de dezembro à execução de Saddam Hussein", afirmou Sami al Askari.
Um porta-voz do premiê anunciou ontem a detenção de um guarda presente à execução.
De acordo com Askari, não foi apresentada nenhuma acusação contra os dois homens detidos até o momento. Ele não explicou se os funcionários são suspeitos de terem filmado de maneira ilegal a execução de Saddam Hussein ou de terem insultado e provocado o ex-ditador sunita.
Também nesta quinta-feira, Baha al Araji --outro deputado ligado à Al Maliki-- afirmou que as execuções de Barzan al Tikriti, meio-irmão de Saddam e ex-chefe dos serviços secretos, e do ex-presidente da Corte Revolucionária Awad al Bandar, foram adiadas para o domingo (7).
Anteriormente, estava previsto que os dois homens fossem enforcados na madrugada desta quinta-feira pelas autoridades iraquianas, segundo o gabinete de Al Maliki.
Os três réus foram condenados à sentença de morte em 5 de novembro pelas mortes de 148 xiitas da cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra Saddam na década de 80.
A apelação ao veredicto foi rejeitada no dia 26 de dezembro pela corte de apelações do Alto Tribunal Penal iraquiano.
Saddam foi enforcado na manhã do último sábado (30) na sede da antiga inteligência militar iraquiana em Bagdá, na região xiita de Kazamiyah.
Protestos
Nesta quinta-feira, policiais utilizaram balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar centenas de pessoas que queimaram bandeiras dos EUA para protestar contra a execução de Saddam na região indiana da Caxemira.
Entoando o coro "Abaixo a América", cerca de 300 pessoas atiraram pedras contra policiais que tentavam impedir a manifestação, ocorrida no distrito de Nowhatta, em Srinagar.
Ao menos quatro soldados e três manifestantes sofreram ferimentos leves, segundo a polícia.
Ontem, na maior manifestação pró-Saddam desde o enforcamento do ditador, cerca de 2.500 pessoas fizeram um protesto na Jordânia em que criticaram o clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, classificado pelos presentes como ignóbil. 'Vamos esmagar sua cabeça com nossas botas', gritavam os manifestantes.
Na Argélia, outras ações de apoio a Saddam foram realizadas. O governo ordenou que em todas as mesquitas do país fossem realizadas preces pelo descanso da alma do ex-ditador iraquiano, executado no início da festividade de Eid al Adha [cerimônia do sacrifício], em que os fiéis matam um animal [camelo, vaca ou, geralmente, carneiro] e distribuem a carne aos pobres.
Violência
Nesta quinta-feira, a explosão de duas bombas no distrito sunita de Al Mansur, em Bagdá, matou ao menos 13 pessoas e feriu outras 25, de acordo com a polícia.
Na região, estão localizadas muitas das legações diplomáticas, disseram fontes policiais.
A primeira explosão ocorreu perto de um grupo de vendedores de gasolina, e a segunda ocorreu devido a uma bomba que estava escondida na mesma região. Os dois atentados também provocaram danos nos edifícios e veículos do bairro, um dos mais luxuosos de Bagdá.
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Com France Presse e agências internacionais
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