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11/01/2007 - 22h56

Argentina emite ordem de prisão contra ex-presidente Isabel Peron

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da Folha Online

Um juiz argentino emitiu nesta quinta-feira um mandado de prisão internacional contra a ex-presidente Isabel Peron (1974-1976), viúva do presidente Juán Domingo Perón, como parte de uma investigação sobre a morte de dissidentes antes da ditadura militar na Argentina.

O juiz federal Raul Acosta afirmou que quer perguntar a Peron sobre um caso envolvendo o desaparecimento, em 1976, de um homem que, segundo grupos de direitos humanos, foi visto pela última vez sendo preso por agentes de segurança do Estado, disseram fontes judiciais.

O mandado chega em um momento no qual investigadores reavivaram investigações sobre a Aliança Anticomunista da Argentina, um esquadrão da morte direitista conhecido como Triplo A. Grupos de direitos humanos acusam o esquadrão pelo seqüestro de 2.000 pessoas durante a preparação para a ditadura militar (1976-1983).

Segundo promotores, Peron --a terceira mulher do presidente Juan Domingo Peron-- assinou três decretos que permitiram a realização de atos de terrorismo de Estado durante seu governo. Estes decretos teriam permitido a "aniquilação de elementos subversivos de esquerda" e facilitado a ação do Triplo A.

Ela foi deposta pelo golpe militar de março de 1976.

Governo

Peron, que vive na Espanha, assumiu o poder depois da morte de seu marido. Apesar da entrada acidental, ela lutou para continuar no poder em meio à violência entre guerrilhas esquerdistas e esquadrões da morte que tomou a argentina antes do golpe.

Em 1981, ela foi condenada por corrução, mas obteve liberdade condicional no verão do mesmo ano e foi para o exílio na Espanha. Ela foi perdoada em 1983, e em 1985 submeteu sua renúncia como líder do Partido Justicialista (peronista) de sua casa em Madri.

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que o Triplo A foi recrutado pelos militares para auxiliar o sistemático desmantelamento da dissidência depois do início da ditadura.

De acordo com números do governo, mais de 11 mil pessoas foram mortas durante a ditadura militar. Grupos de direitos humanos elevam este número para até 30 mil.

Duas pessoas que supostamente foram membros do Triplo A foram presas na última semana em ligação com outros casos semelhantes. Um deles era assistente direto de Isabel Peron.

Com Reuters

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