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14/03/2007
-
17h10
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, foi pressionado pelo México para relaxar as leis de imigração dos EUA nesta quarta-feira, no último dia do giro pela América Latina do líder americano.
Hoje, o presidente mexicano, Felipe Calderón, insistiu para que Bush convença o Congresso dos EUA a aprovar uma lei para "reconhecer os direitos" dos milhões de imigrantes ilegais no país.
"Eles são pessoas que trabalham e que respeitam aquele país. Pessoas que pagam impostos, que cultivam os vegetais que você come, que o servem em restaurantes", disse Calderón a Bush ao final de dois dias de negociações na cidade de Mérida.
Para Bush, o dia de hoje marcou o fim de um tour por cinco países que ele usou para tentar melhorar sua imagem e a dos Estados Unidos na América Latina, onde a guerra no Iraque e as políticas comerciais e de imigração americanas são profundamente impopulares.
Oposição
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, usou a visita de Bush para aumentar o tom das críticas e fazer suas próprias negociações em outros países latinos, em uma clara oposição ao presidente americano.
Bush se recusou terminantemente nesta quarta-feira a reconhecer a retórica antiamericana de Chávez, mas Calderón disse que está disposto a trabalhar com outros líderes latino-americanos.
"O México respeita a opinião de outros líderes", disse Calderón, um conservador que também já teve suas desavenças com o presidente venezuelano.
Apesar das expectativas de que Calderón seria um grande aliado de Bush na região, ele surpreendeu ao pressionar além do esperado pela reforma nas leis de imigração e pelo aumento do esforço de Washington para coibir a demanda por drogas nos EUA.
O mexicano expressou preocupação pelas violações dos direitos humanos dos imigrantes ilegais nos EUA e afirmou que uma nova lei terá de "reconhecer os direitos de imigrantes e trabalhadores". Mais da metade dos estimados 12 milhões de imigrantes ilegais nos EUA são mexicanos.
Revisão da legislação
Bush disse que está empenhado a convencer membros de seu próprio partido [Republicano] a aceitarem a necessidade de uma revisão ampla da legislação sobre imigração, que deve incluir um programa de trabalho temporário em solo americano para imigrantes. Mas ele deixou claro que a anistia completa dos ilegais não é negociável.
"Não haverá cidadania automática. Não funcionaria. As pessoas nos EUA não apóiam isso, e nem eu. Mas expulsar as pessoas do país também não funcionaria. Não é prático e não é uma solução realista", disse o presidente americano.
Em meio à discussão política, dezenas de ativistas protestaram hoje no centro de Mérida contra Bush, com gritos de "Parem a guerra do Iraque" e "Bush assassino".
Durante seu giro latino-americano, Bush visitou também Brasil, Uruguai, Colômbia e Guatemala.
Com Associated Press
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, foi pressionado pelo México para relaxar as leis de imigração dos EUA nesta quarta-feira, no último dia do giro pela América Latina do líder americano.
Jason Reed/Reuters |
George W. Bush (esq.) ouve fala de Felipe Calderón durante entrevista coletiva no México |
"Eles são pessoas que trabalham e que respeitam aquele país. Pessoas que pagam impostos, que cultivam os vegetais que você come, que o servem em restaurantes", disse Calderón a Bush ao final de dois dias de negociações na cidade de Mérida.
Para Bush, o dia de hoje marcou o fim de um tour por cinco países que ele usou para tentar melhorar sua imagem e a dos Estados Unidos na América Latina, onde a guerra no Iraque e as políticas comerciais e de imigração americanas são profundamente impopulares.
Oposição
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, usou a visita de Bush para aumentar o tom das críticas e fazer suas próprias negociações em outros países latinos, em uma clara oposição ao presidente americano.
Bush se recusou terminantemente nesta quarta-feira a reconhecer a retórica antiamericana de Chávez, mas Calderón disse que está disposto a trabalhar com outros líderes latino-americanos.
Efe |
Manifestante anti-Bush chuta porta de prédio público no centro de Mérida |
Apesar das expectativas de que Calderón seria um grande aliado de Bush na região, ele surpreendeu ao pressionar além do esperado pela reforma nas leis de imigração e pelo aumento do esforço de Washington para coibir a demanda por drogas nos EUA.
O mexicano expressou preocupação pelas violações dos direitos humanos dos imigrantes ilegais nos EUA e afirmou que uma nova lei terá de "reconhecer os direitos de imigrantes e trabalhadores". Mais da metade dos estimados 12 milhões de imigrantes ilegais nos EUA são mexicanos.
Revisão da legislação
Bush disse que está empenhado a convencer membros de seu próprio partido [Republicano] a aceitarem a necessidade de uma revisão ampla da legislação sobre imigração, que deve incluir um programa de trabalho temporário em solo americano para imigrantes. Mas ele deixou claro que a anistia completa dos ilegais não é negociável.
"Não haverá cidadania automática. Não funcionaria. As pessoas nos EUA não apóiam isso, e nem eu. Mas expulsar as pessoas do país também não funcionaria. Não é prático e não é uma solução realista", disse o presidente americano.
Em meio à discussão política, dezenas de ativistas protestaram hoje no centro de Mérida contra Bush, com gritos de "Parem a guerra do Iraque" e "Bush assassino".
Durante seu giro latino-americano, Bush visitou também Brasil, Uruguai, Colômbia e Guatemala.
Com Associated Press
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