Publicidade
Publicidade
20/03/2007
-
07h03
da Folha Online
Nesta terça-feira, o conflito no Iraque completa quatro anos, data que marca a invasão do país liderada pelos Estados Unidos, em 20 de março de 2003. Veja os principais problemas enfrentados pelo premiê Nouri al Maliki, quatro anos após a deposição de Saddam Hussein.
Legado de Saddam:
- Duas guerras lançadas pelo ex-ditador Saddam Hussein e os esforços dos EUA para depô-lo por meio de sanções financeiras prejudicaram a economia do Iraque. A opressão e a pobreza forçou milhares de iraquianos a deixarem o país. A execução de Saddam, em dezembro de 2006, não deu fim à violência.
Vácuo na segurança:
- Alegando que as forças armadas iraquianas eram leais à Saddam, os EUA as dissolveram em 2003. Esforços para treinar mais de 300 mil soldados e policiais são árduos.
Insurgência sunita:
- A invasão dos EUA levou ao poder a maioria xiita e a minoria curda, ambas oprimidas por décadas durante o regime de Saddam, o que causou indignação entre os sunitas, que dominavam o governo durante a ditadura de Saddam. Partidários de Saddam e outros grupos nacionalistas apóiam as ações da insurgência. Embora sunitas tenham sido integrados ao governo iraquiano, sua participação não diminuiu os ataques da insurgência no país.
Milícias xiitas:
- Milícias ligadas a partidos xiitas, como o Exército de Mehdi, leal ao clérigo radical Moqtada al Sadr, uniram-se às forças de segurança e mantêm uma forte presença nas ruas, apesar das tentativas de Al Maliki de desarmá-los. O governo precisa do apoio político de Al Sadr. Os sunitas desacreditam da ação da polícia devido à sua ligação com as milícias xiitas.
Exigências dos curdos:
- Exigências nas áreas territorial e do petróleo feitas pelos curdos que vivem no norte do país causam polêmica. Autônomos desde 1991, os curdos querem que a cidade petrolífera de Kirkuk, próxima do Curdistão, seja a sua capital.
Lucros do petróleo:
- O governo iraquiano aprovou em fevereiro um projeto de lei que regula a maneira como os lucros vindos das reservas de petróleo iraquianas --as terceiras maiores do mundo-- serão divididos entre os grupos étnicos e sectários no Iraque. A lei ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento. As reservas de petróleo se concentram no Curdistão (norte) e nas áreas xiitas do sul. Os sunitas, cujas áreas no centro e no oeste do Iraque não possuem petróleo, temem que um mau acordo os deixe de fora do lucrativo negócio petrolífero.
Dilema regional:
- O Iraque quer cultivar boas relações com Irã, mas ao mesmo tempo precisa manter a ligação com os EUA. Por isso, o país teme se envolver em um conflito em torno do programa nuclear iraniano. Autoridades americanas, iranianas e de outros países regionais, como a Síria, se reunirão em Bagdá em 10 de março para discutir formas de estabilizar o Iraque.
Bagdá:
- Forças americanas e iraquianas destacaram 10 mil homens em Bagdá para lançar uma ofensiva de segurança. Muitos vêem a operação como a última chance para evitar que o Iraque mergulhe em uma guerra civil. Comandantes americanos afirmam que o plano deve surtir efeitos concretos apenas em junho ou julho deste ano.
Leia mais
Iraque é país que desmorona aos poucos, diz especialista
Saiba mais sobre o Iraque
Ano de 2006 é recordista em mortes de civis no Iraque, diz ONG
Leia as frases mais marcantes sobre o conflito no Iraque
Guerra no Iraque custa cerca de US$ 300 milhões ao dia
Veja a cronologia do conflito no Iraque
Especial
Leia a cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Veja os principais problemas enfrentados pelo Iraque
Publicidade
Nesta terça-feira, o conflito no Iraque completa quatro anos, data que marca a invasão do país liderada pelos Estados Unidos, em 20 de março de 2003. Veja os principais problemas enfrentados pelo premiê Nouri al Maliki, quatro anos após a deposição de Saddam Hussein.
Legado de Saddam:
- Duas guerras lançadas pelo ex-ditador Saddam Hussein e os esforços dos EUA para depô-lo por meio de sanções financeiras prejudicaram a economia do Iraque. A opressão e a pobreza forçou milhares de iraquianos a deixarem o país. A execução de Saddam, em dezembro de 2006, não deu fim à violência.
Vácuo na segurança:
- Alegando que as forças armadas iraquianas eram leais à Saddam, os EUA as dissolveram em 2003. Esforços para treinar mais de 300 mil soldados e policiais são árduos.
Insurgência sunita:
- A invasão dos EUA levou ao poder a maioria xiita e a minoria curda, ambas oprimidas por décadas durante o regime de Saddam, o que causou indignação entre os sunitas, que dominavam o governo durante a ditadura de Saddam. Partidários de Saddam e outros grupos nacionalistas apóiam as ações da insurgência. Embora sunitas tenham sido integrados ao governo iraquiano, sua participação não diminuiu os ataques da insurgência no país.
Milícias xiitas:
- Milícias ligadas a partidos xiitas, como o Exército de Mehdi, leal ao clérigo radical Moqtada al Sadr, uniram-se às forças de segurança e mantêm uma forte presença nas ruas, apesar das tentativas de Al Maliki de desarmá-los. O governo precisa do apoio político de Al Sadr. Os sunitas desacreditam da ação da polícia devido à sua ligação com as milícias xiitas.
18.jan.2007/Reuters |
Policiais checam local da explosão de um carro-bomba em Bagdá |
- Exigências nas áreas territorial e do petróleo feitas pelos curdos que vivem no norte do país causam polêmica. Autônomos desde 1991, os curdos querem que a cidade petrolífera de Kirkuk, próxima do Curdistão, seja a sua capital.
Lucros do petróleo:
- O governo iraquiano aprovou em fevereiro um projeto de lei que regula a maneira como os lucros vindos das reservas de petróleo iraquianas --as terceiras maiores do mundo-- serão divididos entre os grupos étnicos e sectários no Iraque. A lei ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento. As reservas de petróleo se concentram no Curdistão (norte) e nas áreas xiitas do sul. Os sunitas, cujas áreas no centro e no oeste do Iraque não possuem petróleo, temem que um mau acordo os deixe de fora do lucrativo negócio petrolífero.
Dilema regional:
- O Iraque quer cultivar boas relações com Irã, mas ao mesmo tempo precisa manter a ligação com os EUA. Por isso, o país teme se envolver em um conflito em torno do programa nuclear iraniano. Autoridades americanas, iranianas e de outros países regionais, como a Síria, se reunirão em Bagdá em 10 de março para discutir formas de estabilizar o Iraque.
Bagdá:
- Forças americanas e iraquianas destacaram 10 mil homens em Bagdá para lançar uma ofensiva de segurança. Muitos vêem a operação como a última chance para evitar que o Iraque mergulhe em uma guerra civil. Comandantes americanos afirmam que o plano deve surtir efeitos concretos apenas em junho ou julho deste ano.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice