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20/03/2007
-
07h04
da Folha Online
Nesta terça-feira, o conflito no Iraque completa quatro anos, data que marca a invasão do país liderada pelos Estados Unidos, em 20 de março de 2003. Veja algumas das frases mais marcantes declaradas pouco antes e durante os quatro anos de conflito:
- 2002
11 de julho: "O apoio [ao ex-ditador iraquiano] Saddam Hussein, inclusive o de sua organização militar, virá abaixo após o primeiro sopro de pólvora" (Richard Perle, o então presidente do Conselho de Políticas de Defesa do Pentágono)
19 de setembro: "Eu declaro diante de todos vocês que o Iraque não possui qualquer tipo de arma nuclear, química ou biológica" (Saddam Hussein em mensagem à Assembléia Geral da ONU)
14 de novembro: "A Guerra do Golfo (1990-91) durou cinco dias em terra. Não podemos afirmar que o uso da força no Iraque durará cinco dias, cinco semanas ou cinco meses. Mas certamente irá durar mais do que isso" (Donald Rumsfeld, então secretário de Defesa americano)
- 2003
20 de janeiro: "O regime [de Saddam] possui estoques de armas químicas e biológicas, incluindo gás sarin, gás mostarda e bactérias do antrax, do botulismo e da varíola. E ele [Saddam] possui um programa ativo para obter armas nucleares" (Rumsfesld)
16 de março: "Eu acho que as coisas ficaram tão ruins no Iraque, do ponto de vista do povo iraquiano, que nós [EUA] seremos vistos como salvadores" (vice-presidente americano, Dick Cheney, à rede NBC)
20 de março: "O criminoso Bush cometeu um crime contra a humanidade" (Saddam, no primeiro dia da invasão)
10 de abril: "Saddam Hussein está tomando seu lugar ao lado de Hitler, Stalin, Lenin e Ceausescu no panteão dos ditadores brutais, e o povo iraquiano está a caminho da liberdade" (Rumsfeld)
10 de abril: "Há rumores na região sobre a possibilidade de as ameaças [dos EUA], da Síria e possivelmente do Irã ter efeito dominó" (príncipe Hassan da Jordânia, irmão do rei Hussein, à rede britânica BBC)
1º de maio: "Operações de grande porte no Iraque terminaram. Na batalha do Iraque, os Estados Unidos e seus aliados irão prevalecer" (George W. Bush)
24 de junho: "A morte não foi o suficiente. Eles deveriam ter sido pendurados em uma praça, para que os iraquianos os vissem. Então, eles deveriam ser mortos e comidos vivos pela população" (Khalil Ali, empresário iraquiano, após as mortes dos filhos de Saddam, Uday e Qusay)
14 de setembro: "Ele [Saddam] há tempos mantém laços com a rede terrorista Al Qaeda" (Cheney)
2 de outubro: "Não há dúvidas de que este cara [Saddam] investiu bilhões no desenvolvimento de programas ilegais de produção de armas nucleares, e não deixe que ninguém lhe diga que isto não é uma ameaça significante" (Cheney)
13 de dezembro: "Meu nome é Saddam Hussein. Eu sou presidente do Iraque, e quero negociar" (Saddam aos soldados que o capturaram)
14 de dezembro: "Nós o pegamos" (Paul Bremer, governador americano no Iraque, anunciando a captura de Saddam)
- 2005
30 de janeiro: "Este é um momento histórico para o Iraque, um dia em que os iraquianos podem levantar as cabeças, porque estão desafiando terroristas para começar a escrever seu futuro com suas próprias mãos" (ex-premiê interino iraquiano Iyad Allawi)
31 de março: "A comunidade da inteligência estava absolutamente uniforme, e totalmente errada a respeito da existência de armas de destruição em massa no Iraque" (Laurence Silberman, vice-presidente de Comissão sobre as Capacidades da Inteligência dos Estados Unidos para Armas de Destruição em Massa)
21 de novembro: "Qualquer sugestão de que as informações pré-guerra foram distorcidas ou fabricadas pelo líder de nossa nação [Bush] é falsa" (Dick Cheney)
- 2006
19 de março: "Estamos perdendo a cada dia uma média de 50 a 60 pessoas em todo o país, se não mais. Se isto não é guerra civil, só Deus sabe o que é" (Allawi)
14 de junho: "Eu espero que não haja uma expectativa das pessoas de que, de repente, a violência caia para zero. Isto não irá acontecer nesse caso" (Bush)
25 de outubro: "É minha responsabilidade garantir que o povo americano possa saber com clareza o caminho em frente. Absolutamente, estamos vencendo" (Bush)
novembro: "Aqui eu me ofereço em sacrifício" (...) (Saddam em carta ditada depois de ser condenado à morte por crimes contra a humanidade)
6 de dezembro: "Não há fórmula mágica que resolverá os problemas no Iraque" (ex-secretário de Estado James Baker, presidente do Grupo de Estudos para o Iraque)
20 de dezembro: "Não estamos ganhando, não estamos perdendo" (Bush em entrevista ao jornal "The Washington Post".
30 de dezembro: "O que aconteceu hoje é inacreditável, é uma grande alegria que mal consigo expressar", Mohammad Kadhim, jornalista de Basra.
"Não acredito no que estou vendo na TV-- Saddam enforcado no local onde fez o mesmo com dezenas de milhares de iraquianos inocentes" (Kadhim)
- 2007
10 de janeiro: "A situação no Iraque é inaceitável para o povo iraquiano, e é inaceitável para mim (...) Onde quer que os erros estejam, a responsabilidade é minha" (Bush)
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Nesta terça-feira, o conflito no Iraque completa quatro anos, data que marca a invasão do país liderada pelos Estados Unidos, em 20 de março de 2003. Veja algumas das frases mais marcantes declaradas pouco antes e durante os quatro anos de conflito:
- 2002
11 de julho: "O apoio [ao ex-ditador iraquiano] Saddam Hussein, inclusive o de sua organização militar, virá abaixo após o primeiro sopro de pólvora" (Richard Perle, o então presidente do Conselho de Políticas de Defesa do Pentágono)
19 de setembro: "Eu declaro diante de todos vocês que o Iraque não possui qualquer tipo de arma nuclear, química ou biológica" (Saddam Hussein em mensagem à Assembléia Geral da ONU)
14 de novembro: "A Guerra do Golfo (1990-91) durou cinco dias em terra. Não podemos afirmar que o uso da força no Iraque durará cinco dias, cinco semanas ou cinco meses. Mas certamente irá durar mais do que isso" (Donald Rumsfeld, então secretário de Defesa americano)
- 2003
20 de janeiro: "O regime [de Saddam] possui estoques de armas químicas e biológicas, incluindo gás sarin, gás mostarda e bactérias do antrax, do botulismo e da varíola. E ele [Saddam] possui um programa ativo para obter armas nucleares" (Rumsfesld)
16 de março: "Eu acho que as coisas ficaram tão ruins no Iraque, do ponto de vista do povo iraquiano, que nós [EUA] seremos vistos como salvadores" (vice-presidente americano, Dick Cheney, à rede NBC)
20 de março: "O criminoso Bush cometeu um crime contra a humanidade" (Saddam, no primeiro dia da invasão)
10 de abril: "Saddam Hussein está tomando seu lugar ao lado de Hitler, Stalin, Lenin e Ceausescu no panteão dos ditadores brutais, e o povo iraquiano está a caminho da liberdade" (Rumsfeld)
10 de abril: "Há rumores na região sobre a possibilidade de as ameaças [dos EUA], da Síria e possivelmente do Irã ter efeito dominó" (príncipe Hassan da Jordânia, irmão do rei Hussein, à rede britânica BBC)
1º de maio: "Operações de grande porte no Iraque terminaram. Na batalha do Iraque, os Estados Unidos e seus aliados irão prevalecer" (George W. Bush)
24 de junho: "A morte não foi o suficiente. Eles deveriam ter sido pendurados em uma praça, para que os iraquianos os vissem. Então, eles deveriam ser mortos e comidos vivos pela população" (Khalil Ali, empresário iraquiano, após as mortes dos filhos de Saddam, Uday e Qusay)
14 de setembro: "Ele [Saddam] há tempos mantém laços com a rede terrorista Al Qaeda" (Cheney)
2 de outubro: "Não há dúvidas de que este cara [Saddam] investiu bilhões no desenvolvimento de programas ilegais de produção de armas nucleares, e não deixe que ninguém lhe diga que isto não é uma ameaça significante" (Cheney)
13 de dezembro: "Meu nome é Saddam Hussein. Eu sou presidente do Iraque, e quero negociar" (Saddam aos soldados que o capturaram)
14 de dezembro: "Nós o pegamos" (Paul Bremer, governador americano no Iraque, anunciando a captura de Saddam)
- 2005
30 de janeiro: "Este é um momento histórico para o Iraque, um dia em que os iraquianos podem levantar as cabeças, porque estão desafiando terroristas para começar a escrever seu futuro com suas próprias mãos" (ex-premiê interino iraquiano Iyad Allawi)
31 de março: "A comunidade da inteligência estava absolutamente uniforme, e totalmente errada a respeito da existência de armas de destruição em massa no Iraque" (Laurence Silberman, vice-presidente de Comissão sobre as Capacidades da Inteligência dos Estados Unidos para Armas de Destruição em Massa)
21 de novembro: "Qualquer sugestão de que as informações pré-guerra foram distorcidas ou fabricadas pelo líder de nossa nação [Bush] é falsa" (Dick Cheney)
- 2006
19 de março: "Estamos perdendo a cada dia uma média de 50 a 60 pessoas em todo o país, se não mais. Se isto não é guerra civil, só Deus sabe o que é" (Allawi)
14 de junho: "Eu espero que não haja uma expectativa das pessoas de que, de repente, a violência caia para zero. Isto não irá acontecer nesse caso" (Bush)
25 de outubro: "É minha responsabilidade garantir que o povo americano possa saber com clareza o caminho em frente. Absolutamente, estamos vencendo" (Bush)
novembro: "Aqui eu me ofereço em sacrifício" (...) (Saddam em carta ditada depois de ser condenado à morte por crimes contra a humanidade)
6 de dezembro: "Não há fórmula mágica que resolverá os problemas no Iraque" (ex-secretário de Estado James Baker, presidente do Grupo de Estudos para o Iraque)
20 de dezembro: "Não estamos ganhando, não estamos perdendo" (Bush em entrevista ao jornal "The Washington Post".
30 de dezembro: "O que aconteceu hoje é inacreditável, é uma grande alegria que mal consigo expressar", Mohammad Kadhim, jornalista de Basra.
"Não acredito no que estou vendo na TV-- Saddam enforcado no local onde fez o mesmo com dezenas de milhares de iraquianos inocentes" (Kadhim)
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