Publicidade
Publicidade
10/05/2007
-
08h25
da Folha Online
Após dez anos à frente do governo do Reino Unido, o premiê britânico, Tony Blair, anunciou nesta quinta-feira que deixará o cargo no final de junho, logo depois que o Partido Trabalhista eleger um novo líder.
"Fui premiê deste país por mais de dez anos", disse hoje Blair a membros de seu partido. "Acredito que já seja o suficiente, não apenas para mim, mas também para o país. Deixarei o cargo em 27 de junho", afirmou.
Vestido com terno escuro, gravata vermelha, e em frente a um fundo vermelho com o slogan "Novo Trabalhismo, Novo Reino Unido", o premiê, de 54 anos, agradeceu a sua mulher, Cherie, e a seus quatro filhos o apoio durante seus dez anos de mandato.
"Voltei aqui a Sedgefield, minha circunscrição, onde começou minha viagem política e onde é adequado que termine", acrescentou Blair após o anúncio, ocorrido no Clube Trimdon, em Sedgefield, no Condado de Durham (norte da Inglaterra).
Blair tornou-se chefe de governo em 2 de maio de 1997, após vencer, no dia anterior, as eleições gerais por arrasadora maioria. Ele se tornou o líder trabalhista que obteve mais vitórias eleitorais, após ser reeleito em junho de 2001 e em maio de 2005.
Sua renúncia, que já era aguardada, deve permitir que outro líder trabalhista guie o partido nas próximas eleições nacionais no Reino Unido, previstas para 2009.
Seu mais provável sucessor é o Ministro das Finanças, Gordon Brown, que deve ser apontado como novo líder trabalhista. Pela lei britânica, com a indicação para a liderança partidária ele se tornaria automaticamente o novo premiê do Reino Unido.
Especula-se que Brown, cuja residência fica ao lado de Downing Street, aguardava com impaciência a renúncia de Blair. Críticos dizem que a rivalidade entre ambos atrapalhava o governo. O principal desafio do novo premiê será melhorar a imagem do partido, cuja popularidade cai a cada dia nas pesquisas de opinião entre os britânicos.
Blair, um dos principais aliados do presidente americano, George W. Bush, deixa o gabinete após uma década de administração marcada pelas críticas a seu apoio à Guerra do Iraque.
Além do papel no conflito no Iraque, Blair também deve ser lembrado por ter mediado o acordo de paz entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte.
Após décadas de conflitos, o líder protestante Ian Paisley, do Partido Democrático Unionista (DUP), e o líder católico Martin McGuinness, do Sinn Fein, assumiram nesta terça-feira (8) os cargos de premiê e vice-premiê, respectivamente.
A presidente do Partido Trabalhista, Hazel Blears, comentou a saída: "Ele deixa o governo no momento em que escolheu, da maneira que queria, e ele tem o total direito de fazer isso".
Uma pesquisa publicada pelo jornal britânico "The Guardian" nesta quinta-feira indica que 60% dos britânicos dizem acreditar que a era Blair será lembrado como um tempo de mudanças, nem sempre positivas. Segundo o estudo, 44% afirmam que Blair foi "bom" para o país.
Com Efe e Associated Press
Leia mais
Tony Blair vai anunciar sua renúncia após 10 anos no poder
Conservadores voltam a ganhar popularidade entre britânicos
Erro de Blair foi achar que Bush era Clinton, diz FHC
Entenda como funciona a escolha do novo premiê britânico
Relação entre Blair e Brown foi marcada pela rivalidade
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Reino Unido
Leia o que já foi publicado sobre Tony Blair
Tony Blair anuncia que deixará governo britânico em junho
Publicidade
Após dez anos à frente do governo do Reino Unido, o premiê britânico, Tony Blair, anunciou nesta quinta-feira que deixará o cargo no final de junho, logo depois que o Partido Trabalhista eleger um novo líder.
"Fui premiê deste país por mais de dez anos", disse hoje Blair a membros de seu partido. "Acredito que já seja o suficiente, não apenas para mim, mas também para o país. Deixarei o cargo em 27 de junho", afirmou.
Vestido com terno escuro, gravata vermelha, e em frente a um fundo vermelho com o slogan "Novo Trabalhismo, Novo Reino Unido", o premiê, de 54 anos, agradeceu a sua mulher, Cherie, e a seus quatro filhos o apoio durante seus dez anos de mandato.
Kirsty Wigglesworth/AP |
Premiê britânico Tony Blair anuncia que deixará chefia de governo do Reino Unido em junho |
Blair tornou-se chefe de governo em 2 de maio de 1997, após vencer, no dia anterior, as eleições gerais por arrasadora maioria. Ele se tornou o líder trabalhista que obteve mais vitórias eleitorais, após ser reeleito em junho de 2001 e em maio de 2005.
Sua renúncia, que já era aguardada, deve permitir que outro líder trabalhista guie o partido nas próximas eleições nacionais no Reino Unido, previstas para 2009.
Seu mais provável sucessor é o Ministro das Finanças, Gordon Brown, que deve ser apontado como novo líder trabalhista. Pela lei britânica, com a indicação para a liderança partidária ele se tornaria automaticamente o novo premiê do Reino Unido.
Especula-se que Brown, cuja residência fica ao lado de Downing Street, aguardava com impaciência a renúncia de Blair. Críticos dizem que a rivalidade entre ambos atrapalhava o governo. O principal desafio do novo premiê será melhorar a imagem do partido, cuja popularidade cai a cada dia nas pesquisas de opinião entre os britânicos.
Blair, um dos principais aliados do presidente americano, George W. Bush, deixa o gabinete após uma década de administração marcada pelas críticas a seu apoio à Guerra do Iraque.
Além do papel no conflito no Iraque, Blair também deve ser lembrado por ter mediado o acordo de paz entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte.
Após décadas de conflitos, o líder protestante Ian Paisley, do Partido Democrático Unionista (DUP), e o líder católico Martin McGuinness, do Sinn Fein, assumiram nesta terça-feira (8) os cargos de premiê e vice-premiê, respectivamente.
A presidente do Partido Trabalhista, Hazel Blears, comentou a saída: "Ele deixa o governo no momento em que escolheu, da maneira que queria, e ele tem o total direito de fazer isso".
Uma pesquisa publicada pelo jornal britânico "The Guardian" nesta quinta-feira indica que 60% dos britânicos dizem acreditar que a era Blair será lembrado como um tempo de mudanças, nem sempre positivas. Segundo o estudo, 44% afirmam que Blair foi "bom" para o país.
Com Efe e Associated Press
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice