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17/05/2007
-
21h58
da Folha Online
Após sofrer uma invasão de hackers que danificou dezenas de sites oficiais na internet, o governo da Estônia comparou nesta quinta-feira o ataque a um ato de guerra e sugeriu que o Kremlin pode estar envolvido. O ministro da Defesa da Estônia, Jaak Aaviksoo, disse que cerca de um milhão de computadores em todo o mundo foram usados por mais de duas semanas para danificar sites governamentais e corporativos do país báltico.
"Identificamos números de IP (protocolo internet) de escritórios do governo russo como responsáveis pelos primeiros ataques", disse Aaviksoo. "Não há provas suficientes sobre o papel do Kremlin, mas essa possibilidade existe", completou.
É possível identificar os autores de cibercrimes a partir do registro do IP utilizado pelos usuários quando fazem uma conexão. O número de IP é uma espécie de endereço eletrônico a partir da qual é possível identificar um computador.
A Estônia e a Rússia estão envolvidas em uma disputa devido à remoção da estátua do Soldado de Bronze, feita em homenagem aos soldados do Exército Vermelho mortos durante as batalhas contra os nazistas. Os ataques a sites estonianos começaram pouco depois da remoção da estátua, no final de abril.
A Rússia se opôs à troca do local da estátua, considerada por muitos cidadãos da Estônia é uma lembrança negativa da dominação soviética.
Quando a Estônia inicialmente apontou o elo entre os ataques de hackers e os computadores do governo russo, em 1º de maio, o Kremlin negou as acusações e disse que o número de IP encontrado provavelmente é falso.
A estátua foi retirada de uma praça no centro de Tallinn (capital) e recolocada em um cemitério nos arredores da cidade. O ato gerou protestos de Moscou e confrontos com russos étnicos que vivem na Estônia, para os quais a transferência é uma afronta aos soldados mortos.
Investigação
A Otan (aliança militar liderada pelos Estados Unidos), da qual a Estônia faz parte, enviou um especialista em crimes cibernéticos para o país báltico para investigar os ataques. Os sistemas da Otan na Estônia não foram afetados.
O governo estoniano afirmou que instruções em russo foram espalhadas pela internet explicando como danificar sites do país. Ao menos um suspeito foi preso na Estônia devido aos ataques.
A expectativa é de que a controvérsia venha à tona na cúpula entre a União Européia e a Rússia nesta semana em Samara (sudoeste de Moscou). Este é um dos vários assuntos que prejudicam a relação da UE com a Rússia: outros incluem disputas sobre importações da Polônia pelos russos.
Com Associated Press
Especial
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Estônia diz que invasão de sites do governo é ato de guerra
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Após sofrer uma invasão de hackers que danificou dezenas de sites oficiais na internet, o governo da Estônia comparou nesta quinta-feira o ataque a um ato de guerra e sugeriu que o Kremlin pode estar envolvido. O ministro da Defesa da Estônia, Jaak Aaviksoo, disse que cerca de um milhão de computadores em todo o mundo foram usados por mais de duas semanas para danificar sites governamentais e corporativos do país báltico.
"Identificamos números de IP (protocolo internet) de escritórios do governo russo como responsáveis pelos primeiros ataques", disse Aaviksoo. "Não há provas suficientes sobre o papel do Kremlin, mas essa possibilidade existe", completou.
Ints Kalnins/Reuters |
Mulher toca estátua do Soldado de Bronze, que foi transferida para um cemitério de Tallinn |
A Estônia e a Rússia estão envolvidas em uma disputa devido à remoção da estátua do Soldado de Bronze, feita em homenagem aos soldados do Exército Vermelho mortos durante as batalhas contra os nazistas. Os ataques a sites estonianos começaram pouco depois da remoção da estátua, no final de abril.
A Rússia se opôs à troca do local da estátua, considerada por muitos cidadãos da Estônia é uma lembrança negativa da dominação soviética.
Quando a Estônia inicialmente apontou o elo entre os ataques de hackers e os computadores do governo russo, em 1º de maio, o Kremlin negou as acusações e disse que o número de IP encontrado provavelmente é falso.
A estátua foi retirada de uma praça no centro de Tallinn (capital) e recolocada em um cemitério nos arredores da cidade. O ato gerou protestos de Moscou e confrontos com russos étnicos que vivem na Estônia, para os quais a transferência é uma afronta aos soldados mortos.
Investigação
A Otan (aliança militar liderada pelos Estados Unidos), da qual a Estônia faz parte, enviou um especialista em crimes cibernéticos para o país báltico para investigar os ataques. Os sistemas da Otan na Estônia não foram afetados.
O governo estoniano afirmou que instruções em russo foram espalhadas pela internet explicando como danificar sites do país. Ao menos um suspeito foi preso na Estônia devido aos ataques.
A expectativa é de que a controvérsia venha à tona na cúpula entre a União Européia e a Rússia nesta semana em Samara (sudoeste de Moscou). Este é um dos vários assuntos que prejudicam a relação da UE com a Rússia: outros incluem disputas sobre importações da Polônia pelos russos.
Com Associated Press
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