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21/05/2007
-
09h47
da Folha Online
Oito civis palestinos morreram e mais de 20 ficaram feridos nesta segunda-feira em bombardeios do Exército libanês contra o campo de refugiados de Nahr al Bared, no norte do Líbano, informaram fontes médica palestinas, citadas pela agência France Presse.
Pouco depois, a rede de TV Al Jazeera [Qata] informou que o Exército libanês e o grupo radical islâmico Fatah al Islam, envolvidos nos confrontos, estabeleceram um cessar-fogo para retirar feridos e levar medicamentos à região.
Com as novas mortes, o número total de vítimas nos confrontos chega a 65, segundo a agência de notícias Reuters. Neste domingo, combates em Nahr al Bared e em Trípoli mataram 27 soldados, 15 rebeldes e 15 civis --o pior episódio de violência interna no Líbano desde o final da Guerra Civil (1975-1990).
Já a agência de notícias Associated Press contabiliza os mortos em 50, entre soldados e rebeldes, sem especificar o número de vítimas civis.
De acordo com a agência Efe, que cita a imprensa local, os mortos somam 55 --30 militares e 25 integrantes do Fatah al Islam, também sem especificar os civis.
Tanques cercaram Nahr al Bared, onde vivem cerca de 40 mil refugiados no norte de Líbano, enquanto membros do Fatah al Islam, que é inspirado na rede terrorista Al Qaeda, lançavam granadas e disparavam com armas automáticas, segundo testemunhas.
A facção sunita, que surgiu em 2006, conta apenas com centenas de integrantes, mas aparentemente é bem armada, organizada e motivada.
A violência aponta a fragilidade da segurança no Líbano, ameaçada por tensões políticas e sectárias desde a guerra entre Israel e a milícia xiita Hizbollah, em julho do ano passado.
O governo libanês deve se reunir nesta segunda-feira para discutir a crise na segurança.
Explosão
Neste domingo, uma explosão no bairro cristão de Ashrafieh matou uma mulher e feriu outras dez pessoas. Não ficou claro se a explosão teve ligação com os confrontos no norte do país.
Quatro membros do Fatah al Islam foram responsabilizados por explosões no início deste ano. A bomba explodiu dentro de um carro estacionado na entrada de um shopping center.
Fontes políticas ligadas ao primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmaram que os explosivos usados eram similares aos utilizados em outros bairros cristãos desde o assassinato do premiê libanês Rafik al Hariri em 2005.
O Conselho de Segurança (CS) da ONU estuda a aprovação de uma resolução que prevê o estabelecimento de um tribunal internacional para o julgamento dos suspeitos pelo crime.
Segundo as fontes, a explosão visa criar instabilidade no Líbano antes da decisão do CS.
Com Reuters e France Presse
Especial
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Confrontos entre Exército e rebeldes matam 8 civis no Líbano
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Oito civis palestinos morreram e mais de 20 ficaram feridos nesta segunda-feira em bombardeios do Exército libanês contra o campo de refugiados de Nahr al Bared, no norte do Líbano, informaram fontes médica palestinas, citadas pela agência France Presse.
Pouco depois, a rede de TV Al Jazeera [Qata] informou que o Exército libanês e o grupo radical islâmico Fatah al Islam, envolvidos nos confrontos, estabeleceram um cessar-fogo para retirar feridos e levar medicamentos à região.
Com as novas mortes, o número total de vítimas nos confrontos chega a 65, segundo a agência de notícias Reuters. Neste domingo, combates em Nahr al Bared e em Trípoli mataram 27 soldados, 15 rebeldes e 15 civis --o pior episódio de violência interna no Líbano desde o final da Guerra Civil (1975-1990).
Já a agência de notícias Associated Press contabiliza os mortos em 50, entre soldados e rebeldes, sem especificar o número de vítimas civis.
De acordo com a agência Efe, que cita a imprensa local, os mortos somam 55 --30 militares e 25 integrantes do Fatah al Islam, também sem especificar os civis.
Mohamed Azakir/Reuters |
Soldados libaneses correm durante confrontos com grupo radical Fatah al Islam no norte |
A facção sunita, que surgiu em 2006, conta apenas com centenas de integrantes, mas aparentemente é bem armada, organizada e motivada.
A violência aponta a fragilidade da segurança no Líbano, ameaçada por tensões políticas e sectárias desde a guerra entre Israel e a milícia xiita Hizbollah, em julho do ano passado.
O governo libanês deve se reunir nesta segunda-feira para discutir a crise na segurança.
Explosão
Neste domingo, uma explosão no bairro cristão de Ashrafieh matou uma mulher e feriu outras dez pessoas. Não ficou claro se a explosão teve ligação com os confrontos no norte do país.
Mahmoud Tawil/AP |
Policiais inspecionam restos de carro após explosão que matou um |
Fontes políticas ligadas ao primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmaram que os explosivos usados eram similares aos utilizados em outros bairros cristãos desde o assassinato do premiê libanês Rafik al Hariri em 2005.
O Conselho de Segurança (CS) da ONU estuda a aprovação de uma resolução que prevê o estabelecimento de um tribunal internacional para o julgamento dos suspeitos pelo crime.
Segundo as fontes, a explosão visa criar instabilidade no Líbano antes da decisão do CS.
Com Reuters e France Presse
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