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22/11/2000
-
19h23
da Reuters
em Vaticano
Um grupo católico dissidente e a comunidade gay italiana criticaram hoje o Vaticano por ter divulgado um documento criticando as uniões heterossexuais e homossexuais não-formais.
O texto da Igreja diz que os casais não casados não devem ter os mesmo direitos que os concedidos aos casamentos tradicionais.
``Acho que (o texto) foi particularmente duro com os homossexuais e acho que muitos católicos, tanto seculares como teológicos, concluíram que há expressões de sexualidade fora do casamento'', disse Frances Kissling, presidente do grupo CFC (Catholics for a Free Choice), cuja sede fica nos Estados Unidos.
O documento do Vaticano, divulgado ontem, chama as uniões homossexuais de "distorção deplorável" e ataca as iniciativas de legalizar adoções de crianças por casais gays.
O texto é tido como uma reação do Vaticano às iniciativas na Europa e na América do Norte de garantia de direitos civis aos casamentos de fato.
Falando à Reuters por telefone, Kissling disse que o Vaticano deveria perceber ``que muitos católicos estão vivendo suas vidas dessa maneira''.
``Esse tipo de documento provavelmente não contribuirá com o crescimento da Igreja Católica em nenhum lugar do mundo e provavelmente afastará católicos'', disse Kissling.
``Eu realmente acho que Deus tem coisas mais importantes para se preocupar do que as relações sexuais das pessoas. Guerra, pobreza, redução de dívidas, racismo, são coisas sobre as quais gostaria de ouvir mais do Vaticano.''
O documento também foi criticado pelos dois maiores movimentos de defesa dos direitos dos homossexuais na Itália, chamados Arcigay and NOI.
Para Franco Grillini, diretor do NOI e presidente honorário do Arcigay, a campanha do Vaticano contra os direitos civis dos casais homossexuais está ``no limite do racismo''.
Homossexuais e católicos dissidentes criticam documento do Vaticano
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em Vaticano
Um grupo católico dissidente e a comunidade gay italiana criticaram hoje o Vaticano por ter divulgado um documento criticando as uniões heterossexuais e homossexuais não-formais.
O texto da Igreja diz que os casais não casados não devem ter os mesmo direitos que os concedidos aos casamentos tradicionais.
``Acho que (o texto) foi particularmente duro com os homossexuais e acho que muitos católicos, tanto seculares como teológicos, concluíram que há expressões de sexualidade fora do casamento'', disse Frances Kissling, presidente do grupo CFC (Catholics for a Free Choice), cuja sede fica nos Estados Unidos.
O documento do Vaticano, divulgado ontem, chama as uniões homossexuais de "distorção deplorável" e ataca as iniciativas de legalizar adoções de crianças por casais gays.
O texto é tido como uma reação do Vaticano às iniciativas na Europa e na América do Norte de garantia de direitos civis aos casamentos de fato.
Falando à Reuters por telefone, Kissling disse que o Vaticano deveria perceber ``que muitos católicos estão vivendo suas vidas dessa maneira''.
``Esse tipo de documento provavelmente não contribuirá com o crescimento da Igreja Católica em nenhum lugar do mundo e provavelmente afastará católicos'', disse Kissling.
``Eu realmente acho que Deus tem coisas mais importantes para se preocupar do que as relações sexuais das pessoas. Guerra, pobreza, redução de dívidas, racismo, são coisas sobre as quais gostaria de ouvir mais do Vaticano.''
O documento também foi criticado pelos dois maiores movimentos de defesa dos direitos dos homossexuais na Itália, chamados Arcigay and NOI.
Para Franco Grillini, diretor do NOI e presidente honorário do Arcigay, a campanha do Vaticano contra os direitos civis dos casais homossexuais está ``no limite do racismo''.
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