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21/12/2000
-
11h23
da Reuters
em San José (Costa Rica)
As Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) insistiram que não têm relação com o narcotráfico e que as acusações nesse sentido são invenção dos EUA para justificar uma política intervencionista no país.
"É totalmente falso. Os EUA lançaram essa campanha porque precisam justificar o Plano Colômbia", disse o comandante Raúl Reyes, porta-voz oficial das Farcs, em entrevista publicada ontem no jornal costarriquenho "La Nación".
Na entrevista, Reyes acusou Washington de pretender desencadear uma guerra civil no país "para vender mais armas e beneficiar-se", e descreveu o general Barry McCaffrey, o conhecido diretor da luta antidrogas do governo norte-americano, como "inimigo da Colômbia".
Reyes também negou que as Farcs vendam favores a narcotraficantes e desmentiu acusações do Departamento de Estado dos EUA, segundo as quais o grupo manipula cerca de US$ 500 milhões (R$ 980,5 milhões) anuais procedentes da produção e transporte de cocaína.
Na entrevista, Reyes disse ao repórter Edgar Fonseca que as Farc estariam dispostas a dialogar com os EUA. "Não excluímos a possibilidade de termos relações com os EUA."
Ele insistiu que não serão extraditados os militantes das Farcs envolvidos no assassinato de três indigenistas norte-americanos. "Foi um erro gravíssimo de nossos companheiros e lhes impusemos sanções", disse ele.
O porta-voz das Farcs reiterou que o grupo continua a querer um diálogo com o governo de Bogotá e as outras partes envolvidas no conflito colombiano e, indiretamente, deixou aberta a possibilidade de dialogar até mesmo com os paramilitares.
Em meados de outubro, representantes da sociedade civil, do governo e da guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN) se reuniram durante quatro dias em Costa Rica. As Farcs eram esperadas para participar das conversações, mas não compareceram.
As partes manifestaram visões distintas quanto ao chamado Plano Colômbia, um projeto de ajuda internacional para eliminar o plantio da coca e fortalecer os direitos humanos e as instituições democráticas na Colômbia.
Leia mais sobre o Plano Colômbia
Farcs insistem que não têm vínculos com narcotráfico colombiano
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em San José (Costa Rica)
As Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) insistiram que não têm relação com o narcotráfico e que as acusações nesse sentido são invenção dos EUA para justificar uma política intervencionista no país.
"É totalmente falso. Os EUA lançaram essa campanha porque precisam justificar o Plano Colômbia", disse o comandante Raúl Reyes, porta-voz oficial das Farcs, em entrevista publicada ontem no jornal costarriquenho "La Nación".
Na entrevista, Reyes acusou Washington de pretender desencadear uma guerra civil no país "para vender mais armas e beneficiar-se", e descreveu o general Barry McCaffrey, o conhecido diretor da luta antidrogas do governo norte-americano, como "inimigo da Colômbia".
Reyes também negou que as Farcs vendam favores a narcotraficantes e desmentiu acusações do Departamento de Estado dos EUA, segundo as quais o grupo manipula cerca de US$ 500 milhões (R$ 980,5 milhões) anuais procedentes da produção e transporte de cocaína.
Na entrevista, Reyes disse ao repórter Edgar Fonseca que as Farc estariam dispostas a dialogar com os EUA. "Não excluímos a possibilidade de termos relações com os EUA."
Ele insistiu que não serão extraditados os militantes das Farcs envolvidos no assassinato de três indigenistas norte-americanos. "Foi um erro gravíssimo de nossos companheiros e lhes impusemos sanções", disse ele.
O porta-voz das Farcs reiterou que o grupo continua a querer um diálogo com o governo de Bogotá e as outras partes envolvidas no conflito colombiano e, indiretamente, deixou aberta a possibilidade de dialogar até mesmo com os paramilitares.
Em meados de outubro, representantes da sociedade civil, do governo e da guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN) se reuniram durante quatro dias em Costa Rica. As Farcs eram esperadas para participar das conversações, mas não compareceram.
As partes manifestaram visões distintas quanto ao chamado Plano Colômbia, um projeto de ajuda internacional para eliminar o plantio da coca e fortalecer os direitos humanos e as instituições democráticas na Colômbia.
Leia mais sobre o Plano Colômbia
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