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23/12/2000
-
19h57
da Reuters
em Amã (Jordânia)
O jovem rei Abdullah, da Jordânia, deve se deparar com um período difícil no próximo ano devido à violência que atinge o Oriente Médio e aos problemas econômicos de seu país, afirmaram analistas nesta semana.
O levante palestino contra a ocupação de Israel, iniciado há quase três meses, impôs ao monarca de 38 anos seu pior desafio desde que subiu ao trono, em fevereiro de 1998.
Os estragos políticos e econômicos provocados pela violência deixaram um sentimento de desconforto na Jordânia, país cuja maior parte da população é palestina. Ali vivem 1,4 milhão de refugiados palestinos.
As receitas da indústria do turismo diminuíram cerca de 30% desde o início dos confrontos. Alguns investidores suspenderam seus projetos na Jordânia temendo o clima de instabilidade no Oriente Médio.
O acentuado aumento nos preços do combustível neste ano abalou as finanças da Jordânia, apesar do acordo favorável firmado com o Iraque e que garante a maior parte do suprimento de petróleo necessário para o país.
``A economia continua sendo a prioridade da Jordânia'', afirmou Salameh Na'amat, comentarista do jornal al-Hayat. "Há um grande temor de que a elevação no preço do combustível venha a ter repercussões sociais negativas."
Os aumentos nos preços da gasolina e do pão detonaram duas ondas de distúrbios no país nos últimos 11 meses. Cerca de metade dos 5 milhões de moradores da Jordânia vivem abaixo da linha de pobreza.
Apesar dos sinais de uma recuperação econômica, o desemprego ainda atinge a casa dos 14%, segundo dados oficiais. Números não confirmados pelo governo apontam para um desemprego de 30%.
De outro lado, os conflitos que atingem a região e nos quais morreram cerca de 340 pessoas, a maior parte delas palestinos, levantaram dúvidas quanto à viabilidade do processo de paz para a região e alimentaram sentimentos anti-semitas na população árabe e muçulmana do Oriente Médio.
O rei Abdullah tenta se equilibrar sobre a corda bamba que balança entre manter as relações com Israel e apoiar os palestinos.
Violência e crise econômica assombram rei da Jordânia
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em Amã (Jordânia)
O jovem rei Abdullah, da Jordânia, deve se deparar com um período difícil no próximo ano devido à violência que atinge o Oriente Médio e aos problemas econômicos de seu país, afirmaram analistas nesta semana.
O levante palestino contra a ocupação de Israel, iniciado há quase três meses, impôs ao monarca de 38 anos seu pior desafio desde que subiu ao trono, em fevereiro de 1998.
Os estragos políticos e econômicos provocados pela violência deixaram um sentimento de desconforto na Jordânia, país cuja maior parte da população é palestina. Ali vivem 1,4 milhão de refugiados palestinos.
As receitas da indústria do turismo diminuíram cerca de 30% desde o início dos confrontos. Alguns investidores suspenderam seus projetos na Jordânia temendo o clima de instabilidade no Oriente Médio.
O acentuado aumento nos preços do combustível neste ano abalou as finanças da Jordânia, apesar do acordo favorável firmado com o Iraque e que garante a maior parte do suprimento de petróleo necessário para o país.
``A economia continua sendo a prioridade da Jordânia'', afirmou Salameh Na'amat, comentarista do jornal al-Hayat. "Há um grande temor de que a elevação no preço do combustível venha a ter repercussões sociais negativas."
Os aumentos nos preços da gasolina e do pão detonaram duas ondas de distúrbios no país nos últimos 11 meses. Cerca de metade dos 5 milhões de moradores da Jordânia vivem abaixo da linha de pobreza.
Apesar dos sinais de uma recuperação econômica, o desemprego ainda atinge a casa dos 14%, segundo dados oficiais. Números não confirmados pelo governo apontam para um desemprego de 30%.
De outro lado, os conflitos que atingem a região e nos quais morreram cerca de 340 pessoas, a maior parte delas palestinos, levantaram dúvidas quanto à viabilidade do processo de paz para a região e alimentaram sentimentos anti-semitas na população árabe e muçulmana do Oriente Médio.
O rei Abdullah tenta se equilibrar sobre a corda bamba que balança entre manter as relações com Israel e apoiar os palestinos.
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