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16/03/2001
-
11h47
da Reuters, em Riga (Letônia)
Centenas de veteranos letões que serviram ao Exército nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial se reuniram hoje em um evento amplamente criticado na Letônia.
Cerca de mil veteranos e suas famílias assistiram uma missa na catedral de Riga, do século 13, e depois participaram de uma cerimônia no cemitério militar.
Eles decidiram cancelar uma tradicional passeata pelo centro velho da capital, que terminaria com a colocação de uma coroa de flores no Monumento à Liberdade, que está em reformas.
Mesmo sem a marcha, a comunidade judaica letã considerou o evento ofensivo. Apesar disso, o encontro não provocou protestos, como já ocorreu no passado. No ano que vem, os veteranos querem retomar a tradição da passeata.
Cerca de 146 mil letões foram obrigados a se alistar na SS (tropa de elite nazista) entre 1943 e 44, como parte do esforço final das tropas de Hitler contra o Exército soviético.
Inicialmente, a SS recrutava apenas seguidores fanáticos de Hitler que se encaixassem na definição de "arianos''. Eles tinham a missão de defender o Terceiro Reich dos "inimigos internos'' _judeus, ciganos e comunistas que, em grande parte, morreram nos campos de concentração.
Mas, para substituir baixas nos campos de batalhas, a SS passou no final da guerra a recrutar soldados também entre outras nacionalidades. Chegou a ter 1 milhão de homens, com fama de extrema crueldade.
Os veteranos letões, porém, não se consideram criminosos de guerra, mas vítimas, por terem sido obrigados a se alistar. Eles querem que o governo inicie um debate internacional para explicar sua situação.
"Queremos que a comunidade internacional avalie quem cometeu crimes mais graves (contra a Letônia): os nazistas ou os comunistas'', disse Nikolajs Romanovskis, líder da Associação Nacional de Soldados.
Durante a dominação comunista milhares de cidadãos foram mortos ou deportados. Os letões se referem ao primeiro período de ocupação soviética, entre 1940 e 1941, como "o ano do horror''.
"Meu irmão havia sido deportado para a Sibéria pelos soviéticos e nunca voltou. Era 1944 e estava claro que os alemães perderiam, mas ainda assim eu aderi, na esperança de evitar o retorno dos comunistas'', contou Janis Biezins, de 82 anos. A ocupação soviética só terminou em 1991, com a desintegração da URSS e a independência da Letônia.
Veteranos de tropa nazista realizam encontro anual na Letônia
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Centenas de veteranos letões que serviram ao Exército nazista alemão durante a Segunda Guerra Mundial se reuniram hoje em um evento amplamente criticado na Letônia.
Cerca de mil veteranos e suas famílias assistiram uma missa na catedral de Riga, do século 13, e depois participaram de uma cerimônia no cemitério militar.
Eles decidiram cancelar uma tradicional passeata pelo centro velho da capital, que terminaria com a colocação de uma coroa de flores no Monumento à Liberdade, que está em reformas.
Mesmo sem a marcha, a comunidade judaica letã considerou o evento ofensivo. Apesar disso, o encontro não provocou protestos, como já ocorreu no passado. No ano que vem, os veteranos querem retomar a tradição da passeata.
Cerca de 146 mil letões foram obrigados a se alistar na SS (tropa de elite nazista) entre 1943 e 44, como parte do esforço final das tropas de Hitler contra o Exército soviético.
Inicialmente, a SS recrutava apenas seguidores fanáticos de Hitler que se encaixassem na definição de "arianos''. Eles tinham a missão de defender o Terceiro Reich dos "inimigos internos'' _judeus, ciganos e comunistas que, em grande parte, morreram nos campos de concentração.
Mas, para substituir baixas nos campos de batalhas, a SS passou no final da guerra a recrutar soldados também entre outras nacionalidades. Chegou a ter 1 milhão de homens, com fama de extrema crueldade.
Os veteranos letões, porém, não se consideram criminosos de guerra, mas vítimas, por terem sido obrigados a se alistar. Eles querem que o governo inicie um debate internacional para explicar sua situação.
"Queremos que a comunidade internacional avalie quem cometeu crimes mais graves (contra a Letônia): os nazistas ou os comunistas'', disse Nikolajs Romanovskis, líder da Associação Nacional de Soldados.
Durante a dominação comunista milhares de cidadãos foram mortos ou deportados. Os letões se referem ao primeiro período de ocupação soviética, entre 1940 e 1941, como "o ano do horror''.
"Meu irmão havia sido deportado para a Sibéria pelos soviéticos e nunca voltou. Era 1944 e estava claro que os alemães perderiam, mas ainda assim eu aderi, na esperança de evitar o retorno dos comunistas'', contou Janis Biezins, de 82 anos. A ocupação soviética só terminou em 1991, com a desintegração da URSS e a independência da Letônia.
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