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16/09/2001 - 03h33

Nova Jersey quer ser sede de 20% dos imóveis "financeiros" de NY

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ESTELA CAPARELLI
da Folha de S.Paulo

Da noite para o dia, Nova Jersey se transformou na nova casa de dezenas de empresas e instituições financeiras. É para lá que muitas firmas migraram depois que o atentado ao World Trade Center destruiu 20% do espaço comercial da baixa Manhattan.

Entre as empresas estão os bancos Credit Suisse First Boston, Merrill Lynch, Lehman Brothers, a empresa de serviços financeiros Standard Chartered e a empresa de cartões American Express. O número pode crescer. Pelo menos 650 ocupantes do World Trade Center estão procurando novas locações para seus negócios.

Algumas das empresas decidiram ocupar locais provisórios em cidades de Nova Jersey, previamente preparados para atendê-las em casos de emergência. Outras, no entanto, resolveram permanecer por mais tempo no Estado para aproveitar vantagens na área fiscal e de segurança.

Um exemplo é a empresa de cartões American Express, que estava sediada no World Financial Center, complexo localizado próximo ao WTC. Com o atentado, a empresa está negociando um contrato de três anos para ocupação de um espaço comercial de 30 mil metros quadrados em Parsippany, Nova Jersey.

A Lehman Brothers, que também tinha escritórios no World Financial Center, alugou na quinta-feira 20 mil metros quadrados na cidade de Jersey.

Em meio à busca por espaço, as empresas optaram por Nova Jersey por diversas razões. O Estado é próximo à ilha de Manhattan, oferece boa infra-estrutura, tem espaço comercial disponível e oferece vantagens fiscais. Para se ter uma idéia, Nova Jersey não tributa aluguéis comerciais, estoques e receitas brutas do varejo, segundo informou a assessoria do governo. O Estado também oferece benefícios para empresas em expansão que criam, no mínimo, 25 empregos diretos em um ano.

Além disso, o Estado tem a oitava maior população dos Estados Unidos, com 8,4 milhões de habitantes e uma economia voltada para a área de serviços e comércio. "Nova Jersey não pode ser superada como local para negócios", afirma o governo em um site oficial.

Nova Jersey, no entanto, não está sozinha no corre-corre pelo espaço. As empresas atingidas pelo atentado também têm sondado outros locais próximos a Manhattan. Uma pesquisa feita pela corretora americana Grubb & Ellis afirma que há 2,2 milhões de metros quadrados disponíveis no norte de Nova Jersey, no sul de Connecticut, em Long Island e no condado de Westchester. Estimativas mostram que cerca de 2,8 milhões de metros quadrados de área comercial foram destruídos em Manhattan com o atentado da semana passada.

Devido à comoção diante do atentado, os governos e as corretoras de imóveis têm evitado divulgar publicamente os benefícios para as empresas em migração. A ordem é oferecer a ajuda, a preço de custo. "Não conversei com nenhuma pessoa que tenha tentado tirar vantagem da situação. As pessoas estão oferecendo aluguéis a preço de custo", disse um vice-presidente da Lehman Brothers à Bloomberg.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

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