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19/09/2001
-
14h49
LIGIA BRASLAUSKAS
da Folha Online
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, está em uma situação difícil: ao mesmo tempo em que apóia e reconhece o governo do Taleban, que governa 90% do território Afeganistão e que é acusado de oferecer proteção ao terrorista saudita Osama bin Laden _procurado pelos Estados Unidos_, se comprometeu a ajudar o governo americano na luta contra o terrorismo.
Hoje, durante pronunciamento à nação paquistanesa, o presidente disse que a situação é difícil e complicada, mas que ele está pensando, em primeiro lugar, na segurança do país e dos cidadãos paquistaneses.
Musharraf pediu à população que tenha confiança nele, que acredite e apóie suas decisões. "Compatriotas, confiem em mim da mesma forma como confiaram até agora. Nunca pus em perigo a dignidade do país e, com a ajuda de Deus, não o farei agora. Pedi a Deus que me dê palavras adequadas para que o povo me entenda", disse.
Em um discurso longo e cheio de explicações, o presidente do Paquistão mostrou que tentará resolver a situação por meios diplomáticos. Ele questionou o interesse da Índia (país que disputa o território da Caxemira com o Paquistão) em apoiar a luta contra o terrorismo nesse momento, uma vez que o país não faz fronteira com o Afeganistão e não pode oferecer oportunidades reais de apoio logístico aos EUA na luta contra o Afeganistão.
Embora Musharraf tenha reafirmado sua cooperação com os EUA, ele enfatizou o fato de que os alvos, na luta contra o terrorismo, não devem ser o Islã e a população civil do Afeganistão.
Os EUA exigiram três pontos fundamentais na cooperação do governo Paquistanês na tentativa de chegar a Osama bin Laden: informação, liberação do espaço aéreo e apoio logístico.
Até agora, o Paquistão se comprometeu a liberar o espaço aéreo e a ofornecer informações. Musharraf disse que não tem nenhum detalhe do que foi planejado pelo governo americano como estratégias na luta contra o terrorismo _que inclui a "caça" a Bin Laden_, mas pediu que qualquer atitude definida pelos EUA passe pela aprovação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), antes de ser colocada em ação.
Segundo o presidente, apenas 10% ou 15% da população não aprova as decisões tomadas pelo governo. Ele falou também sobre minorias que tentam agir contra as decisões do governo, mas que essas pessoas não devem ser escutadas, levadas em conta.
"Mostrar força sem sabedoria é uma insensatez. Deus nos dá inteligência, e a inteligência é o maior dom dado por Deus. Temos de usá-la, temos de nos cuidar, evitar qualquer consequência negativa e pensar que o Paquistão está em primeiro lugar", afirmou.
Musharraf terminou o pronunciamento dizendo à população que a situação atual é muito difícil, garantiu que está fazendo o máximo para proteger seu país e pediu a ajuda divina. "Que Deus nos proteja a todos e que o Paquistão viva para sempre", diz.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Presidente do Paquistão pede confiança à nação e a ajuda de Deus
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da Folha Online
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, está em uma situação difícil: ao mesmo tempo em que apóia e reconhece o governo do Taleban, que governa 90% do território Afeganistão e que é acusado de oferecer proteção ao terrorista saudita Osama bin Laden _procurado pelos Estados Unidos_, se comprometeu a ajudar o governo americano na luta contra o terrorismo.
Hoje, durante pronunciamento à nação paquistanesa, o presidente disse que a situação é difícil e complicada, mas que ele está pensando, em primeiro lugar, na segurança do país e dos cidadãos paquistaneses.
Reuters |
Pervez Musharraf, presidente do Paquistão |
Em um discurso longo e cheio de explicações, o presidente do Paquistão mostrou que tentará resolver a situação por meios diplomáticos. Ele questionou o interesse da Índia (país que disputa o território da Caxemira com o Paquistão) em apoiar a luta contra o terrorismo nesse momento, uma vez que o país não faz fronteira com o Afeganistão e não pode oferecer oportunidades reais de apoio logístico aos EUA na luta contra o Afeganistão.
Embora Musharraf tenha reafirmado sua cooperação com os EUA, ele enfatizou o fato de que os alvos, na luta contra o terrorismo, não devem ser o Islã e a população civil do Afeganistão.
Os EUA exigiram três pontos fundamentais na cooperação do governo Paquistanês na tentativa de chegar a Osama bin Laden: informação, liberação do espaço aéreo e apoio logístico.
Até agora, o Paquistão se comprometeu a liberar o espaço aéreo e a ofornecer informações. Musharraf disse que não tem nenhum detalhe do que foi planejado pelo governo americano como estratégias na luta contra o terrorismo _que inclui a "caça" a Bin Laden_, mas pediu que qualquer atitude definida pelos EUA passe pela aprovação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), antes de ser colocada em ação.
Segundo o presidente, apenas 10% ou 15% da população não aprova as decisões tomadas pelo governo. Ele falou também sobre minorias que tentam agir contra as decisões do governo, mas que essas pessoas não devem ser escutadas, levadas em conta.
"Mostrar força sem sabedoria é uma insensatez. Deus nos dá inteligência, e a inteligência é o maior dom dado por Deus. Temos de usá-la, temos de nos cuidar, evitar qualquer consequência negativa e pensar que o Paquistão está em primeiro lugar", afirmou.
Musharraf terminou o pronunciamento dizendo à população que a situação atual é muito difícil, garantiu que está fazendo o máximo para proteger seu país e pediu a ajuda divina. "Que Deus nos proteja a todos e que o Paquistão viva para sempre", diz.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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