30/09/2001 - 23h24

Reino Unido congela US$ 90 milhões em contas do Taleban

da France Presse, em Londres

O governo britânico congelou 61 milhões de libras (US$ 90 milhões) em várias contas de líderes do regime Teleban do Afeganistão, segundo revelam os jornais londrinos em sua edição de amanhã.

As contas congeladas estão em uma sucursal londrina de um banco europeu, dizem os jornais britânicos sem dar maiores detalhes.

O ministro britânico das Finanças, Gordon Brown, anunciará a decisão amanhã, antes do congresso anual do Partido Trabalhista, segundo os jornais .

O governo britânico vai apresentar ao Parlamento, nos próximos 30 dias, um projeto de lei reforçando a luta contra a lavagem de dinheiro, dentro da atual campanha contra o terrorismo.

Pente fino
Dentro da atual campanha contra o terrorismo, o governo britânico decidiu passar o pente fino nas casas de câmbio do Reino Unido, suspeitas de "lavarem" enormes somas do narcotráfico e do terrorismo, revela a imprensa de Londres.

Segundo fontes ligadas ao governo, mais de 4 bilhões de libras esterlinas (US$ 5,9 bilhões) saem anualmente do reino Unidopor intermédio das casas de câmbio.

Deste total, 65% procedem do narcotráfico ou do financiamento de redes terroristas internacionais, como a organização Al Qaeda, de Osama bin Laden.

O reino Unido é o único país da União Européia onde as casas de câmbio operam livremente, destaca o jornal "The Times".

O controle sobre as casas de câmbio foi abandonado em 1979, durante o governo da primeira-ministra Margaret Thatcher. No momento, qualquer um pode abrir uma casa de câmbio no Reino Unid, sem a necessidade de licença especial do governo britânico.

As demais medidas anunciadas hoje pelo premiê Tony Blair para combater o terrorismo incluem uma aceleração dos procedimentos de extradição de supostos terroristas, maior rigor sobre a concessão de asilos políticos e poderes especiais para a polícia vigiar contas bancárias suspeitas.

As medidas, que têm o objetivo de evitar que o Reino Unido se transforme em um foco de terroristas, serão apresentadas ao Parlamento em 30 dias, disse Blair.


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