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19/06/2007 - 18h51

Mais de 50% dos habitantes do planeta vive em cidades, diz estudo

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da France Presse, em Paris

A maior parte da população mundial vive agora nas cidades e a urbanização vai continuar crescendo, principalmente na África e na Ásia, segundo um estudo do Instituto Nacional de Estudos Demográficos (Ined) divulgado nesta terça-feira.

O nível de urbanização no mundo ultrapassou os 50% em 2007, informou o instituto francês em sua revista "Population et sociétés" (População e sociedades), citando dados das Nações Unidas.

Em 1900, somente um décimo dos habitantes do planeta moravam em cidades. Em 1950, esta proporção passou para pouco menos de três décimos. Em 2030, as cidades abrigarão seis décimos da população mundial, ou seja, 5 bilhões de pessoas, contra 3,3 bilhões atualmente.

Hoje em dia, os continentes mais urbanizados são os mais desenvolvidos --a Europa e a América do Norte-- onde 75% da população vive nas cidades.

A exceção é a América Latina, muito urbanizada apesar de não estar entre os mais desenvolvidos. O continente tem 78% de sua população vivendo em metrópoles.

A África e a Ásia, os continentes mais povoados, também deverão ter a maioria urbanizada em 2030, e abrigarão, então, a maioria das grandes metrópoles do mundo, segundo o estudo.

Crescimento espetacular

Com a urbanização desenfreada, o tamanho das cidades vem aumentando de maneira espetacular.

O peso das grandes metrópoles --de mais de 10 milhões de habitantes-- aumentou significativamente nestes últimos anos. Elas passaram de três em 1975 (Tóquio, Nova York e México), a 20 em 2005. As três maiores seguem sendo Tóquio (35,2 milhões de habitantes), México (19,4 milhões) e Nova York (18,7 milhões).

A maioria das grandes cidades com mais de 10 milhões de habitantes estão em países em desenvolvimento. A China possui duas entre as maiores (Xangai e Pequim) e a Índia três (Mumbai, Nova Déli e Calcutá).

O número de cidades com 500 mil a 10 milhões de habitantes aumentou 50% em 20 anos.

Problemas do crescimento

Os problemas de "congestão" de muitas grandes cidades do sul, a elevação dos níveis de poluição e a ampliação das favelas são "os sinais mais evidentes do conflito entre urbanização e desenvolvimento", afirmou Jacques Veron, autor do estudo.

Porém, analistas mostraram que algumas favelas podem ser "cidades na cidade", estruturadas, com atividades diversificadas e presença no mercado internacional. É o caso de Dharavi, no coração de Mumbai, uma favela onde moram três milhões de pessoas.

Além disso, nas cidades dos países ricos, os problemas dos guetos de exclusão social, como os subúrbios franceses, não são necessariamente problemas "urbanos", mas problemas "sociais" mais visíveis por serem concentrados.

A África se caracteriza por cidades que crescem mais e se ruralizam ao mesmo tempo, devido à degradação das condições de vida. Parte dos habitantes das cidades adotam um modo de vida comparável ao dos aldeões, vivendo principalmente de trabalhos agrícolas.

 

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