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07/10/2001
-
22h54
da Folha Online
Os Estados Unidos e o Reino Unido iniciaram às 12h57 deste domingo (horário de Brasília) um grande ataque contra cidades do Afeganistão. O ataque é uma resposta aos atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, no dia 11 de setembro, que matou mais de 5.000 pessoas.
Os ataques foram com aviões, navios e submarinos. Cerca de 50 mísseis, ao custo de US$ 1 milhão cada, foram lançados contra bases do Taleban (que governa 90% do país) e campos de treinamento de terroristas. Os ataques atingiram Cabul, a capital do país, Jalalabad, Herat, Cunduz, Mazar-e-Sharif e Candahar, onde está a cúpula do Taleban. Não há registro de mortos ou feridos. Houve pelo menos quatro grandes ataques, durante toda a noite e início da manhã.
O presidente norte-americano, George W. Bush, disse que os Estados Unidos foram forçados a fazer o ataque porque o Taleban se recusou a entregar o terrorista Osama bin Laden, principal acusado de ter orquestrado os ataques aos EUA.
Segundo Bush, como o Taleban não entregou Bin Laden, ele agora terá que pagar "um preço".
O presidente disse ter o apoio de mais de 40 países. Há informações que França, Canadá, Austrália, Alemanha iriam também enviar tropas para o combate.
Tanto Bush quanto o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, insistiram que os ataques não são contra o povo afegão, mas contra os terroristas. Tentam, com isso, evitar uma reação do povo muçulmano. Os EUA anunciaram que continuam a enviar ajuda (comida e remédios) aos afegãos.
Vários países anunciaram apoio aos ataques, incluindo a Rússia, a China e a Turquia (país de maioria muçulmana que espera integrar a União Européia). Irã e Iraque condenaram os ataques.
O Taleban classificou a ofensiva de "ataque terrorista" e afirmou que os EUA "jamais atingirão o seu objetivo". Religiosos do Paquistão condenaram o bombardeio, mas o governo culpou o Taleban pela situação.
Retaliação
Após o ataque, a TV Al Jazeera, do Qatar, transmitiu um depoimento de Bin Laden, gravado antes dos ataques, em que ele diz que os Estados Unidos não terão mais paz. Diz também que os atentados de 11 de setembro foram cometidos por "um grupo de muçulmanos de vanguarda" abençoados por Deus "para destruir a América".
Com medo de novos ataques, os Estados Unidos reforçaram a segurança do país. Em Nova York, bombeiros e policiais foram para as ruas. O prefeito Rudolph Giuliani disse que a população não precisa se preocupar, mas afirmou que a polícia pode fechar sem prévio aviso o metrô, ruas e obrigar o esvaziamento de prédios.
A expectativa é que os ataques continuem por alguns dias.
Leia mais sobre os ataques ao Afeganistão
Leia mais no especial sobre Taleban
Leia mais no especial sobre Paquistão
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
EUA e Reino Unido fazem ataque maciço ao Afeganistão
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Os Estados Unidos e o Reino Unido iniciaram às 12h57 deste domingo (horário de Brasília) um grande ataque contra cidades do Afeganistão. O ataque é uma resposta aos atentados contra o World Trade Center e o Pentágono, no dia 11 de setembro, que matou mais de 5.000 pessoas.
Os ataques foram com aviões, navios e submarinos. Cerca de 50 mísseis, ao custo de US$ 1 milhão cada, foram lançados contra bases do Taleban (que governa 90% do país) e campos de treinamento de terroristas. Os ataques atingiram Cabul, a capital do país, Jalalabad, Herat, Cunduz, Mazar-e-Sharif e Candahar, onde está a cúpula do Taleban. Não há registro de mortos ou feridos. Houve pelo menos quatro grandes ataques, durante toda a noite e início da manhã.
O presidente norte-americano, George W. Bush, disse que os Estados Unidos foram forçados a fazer o ataque porque o Taleban se recusou a entregar o terrorista Osama bin Laden, principal acusado de ter orquestrado os ataques aos EUA.
Segundo Bush, como o Taleban não entregou Bin Laden, ele agora terá que pagar "um preço".
O presidente disse ter o apoio de mais de 40 países. Há informações que França, Canadá, Austrália, Alemanha iriam também enviar tropas para o combate.
Tanto Bush quanto o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, insistiram que os ataques não são contra o povo afegão, mas contra os terroristas. Tentam, com isso, evitar uma reação do povo muçulmano. Os EUA anunciaram que continuam a enviar ajuda (comida e remédios) aos afegãos.
Vários países anunciaram apoio aos ataques, incluindo a Rússia, a China e a Turquia (país de maioria muçulmana que espera integrar a União Européia). Irã e Iraque condenaram os ataques.
O Taleban classificou a ofensiva de "ataque terrorista" e afirmou que os EUA "jamais atingirão o seu objetivo". Religiosos do Paquistão condenaram o bombardeio, mas o governo culpou o Taleban pela situação.
Retaliação
Após o ataque, a TV Al Jazeera, do Qatar, transmitiu um depoimento de Bin Laden, gravado antes dos ataques, em que ele diz que os Estados Unidos não terão mais paz. Diz também que os atentados de 11 de setembro foram cometidos por "um grupo de muçulmanos de vanguarda" abençoados por Deus "para destruir a América".
Com medo de novos ataques, os Estados Unidos reforçaram a segurança do país. Em Nova York, bombeiros e policiais foram para as ruas. O prefeito Rudolph Giuliani disse que a população não precisa se preocupar, mas afirmou que a polícia pode fechar sem prévio aviso o metrô, ruas e obrigar o esvaziamento de prédios.
A expectativa é que os ataques continuem por alguns dias.
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