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Escândalo com senador abala base republicana nos EUA
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da France Presse, em Washington
O Partido Republicano dos Estados Unidos, afetado por vários escândalos sexuais e de tráfico de influências, enfrenta uma nova crise política depois que um senador conservador foi preso por comportamento inadequado.
A prisão do senador por Idaho, Larry Craig, abalou o partido, que já vem pagando um preço alto nas pesquisas pelas seguidas contradições com a mensagem moral de seu discurso orientado aos eleitores cristãos.
O pré-candidato à presidência e senador John McCain avaliou o impacto do último incidente nas eleições de 2008.
"Acredito que o povo de Idaho chegará rapidamente a um veredicto da situação", disse McCain no programa "Tonight Show", da rede NBC.
"Nossa reputação com o povo americano já está bastante complicada", afirmou McCain.
Craig declarou-se culpado das acusações depois que a polícia o encontrou no banheiro do aeroporto de Minnesota fazendo gestos obscenos, o que obrigou os líderes do partido a tomar medidas imediatas para amenizar as conseqüências do episódio.
Uma coletiva à imprensa nesta terça-feira, na qual Craig afirmou com veemência que não é gay, apenas serviu para voltar os colegas contra ele.
O pré-candidato republicano Mitt Romney denunciou imediatamente o senador, relacionando o caso ao escândalo sexual do ex-presidente Bill Clinton.
"Estamos decepcionados com a Casa Branca, estamos decepcionados com o Senado e o Congresso. E, francamente, é desagradável", disse Romney à rede "CNBC".
Craig estava na fila da reeleição em 2008, mas provavelmente será pressionado para que não se candidate outra vez, já que sua cadeira é considerada território republicano, em um Estado que votou em massa no presidente George W. Bush em 2004.
Uma pesquisa do Survey USA revelou que 55% dos eleitores em Idaho querem que Craig renuncie.
"A menos que o senador possa dar uma explicação convincente sobre sua declaração de culpa, teremos que aceitar que seu comportamento está provado", lamentou Bryan Fischer, da Aliança de Valores de Idaho.
No ano passado os republicanos passaram por outra crise quando o parlamentar Mark Foley renunciou por enviar mensagens eletrônicas sugestivas a um funcionário do Congresso.
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