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08/11/2001 - 23h56

Bush faz discurso para levantar o moral dos americanos

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CONSTANÇA TATSCH
da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez hoje em Atlanta (Geórgia) um pronunciamento à nação. Quase dois meses depois dos atentados de 11 de setembro, Bush fez um discurso que não teve como objetivo apresentar dados sobre a batalha no Afeganistão, mas sim melhorar o moral dos americanos e ganhar apoio para futuras ações.

Diante de uma platéia de 5.000 pessoas, o presidente disse que o país "vive uma nova era para o governo e para a população", com novas responsabilidades para todos. "Vivemos em um mundo diferente desde o dia 11 de setembro. Quando o 2° avião bateu no World Trade Center, percebemos que nossas vidas nunca mais seriam as mesmas."

"Não procuramos por isso, mas agora vamos lutar e vencer", disse. Segundo Bush, o governo tem feito a sua parte para proteger a população ao produzir vacinas, providenciar remédios, investigar os ataques, vigiar fronteiras e aeroportos e criar um novo departamento voltado apenas para o combate ao terrorismo.

"Nosso povo responde com coragem e compaixão. Esta grande nação nunca será intimidada." Para Bush, os americanos se apegaram à fé, ao amor pela família e amigos e ao comprometimento com o país.

O presidente americano citou durante o discurso uma carta que teria sido enviada por uma menina americana, que não entendia por que terroristas estavam com ódio dos americanos. "Ela disse que se eles não nos conheciam deveríamos dizer os nossos nomes. Eu respondi: podemos contar os nossos nomes, mas junto a isso devemos mostrar nosso valores", afirmou Bush.

Bush saudou professores, policiais, bombeiros, funcionários do correio e da saúde e, principalmente, os militares. O presidente pediu que os americanos estejam alertas, não tenham medo demais, não dêem ouvidos a rumores, vivam e "mostrem seus valores".

Popularidade
Há algumas semanas, Bush adotou uma nova postura, mais comunicativa, para manter o apoio da população americana. Logo após os atentados, a popularidade do presidente atingiu níveis históricos mas a falta de resultados fez os americanos começarem a questionar o desempenho do governo.

Na prática, apesar dos meios sem precedentes utilizados para a investigar a disseminação de cartas contaminadas com a bactéria do antraz, o FBI ainda não encontrou pistas sobre o ou os responsáveis pelos ataques bioterroristas.

Com mais de um mês de ataques, os bombardeios americanos apresentaram resultados pouco satisfatórios dentro da estratégia dos EUA: o Taleban permanece no poder e Osama bin Laden, principal suspeito dos atentados, continua foragido.

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