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04/03/2008 - 14h44

Uribe diz que não quer guerra com vizinhos, e sim derrotar terroristas

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da Efe, em Bogotá

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse nesta terça-feira que a guerra com seus vizinhos não interessa a seu país, e sim a derrota do terrorismo pelas vias militar e jurídica, e reiterou que não mobilizou tropas para as fronteiras com Venezuela e Equador.

"Não temos interesse na guerra, mas temos todo o interesse na derrota do terrorismo pela via militar e pela via jurídica", disse Uribe a jornalistas após um encontro com o ex-congressista Luis Eladio Pérez, libertado na semana passada após quase sete anos em poder da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

03.mar.2008/Guillermo Legaria/Efe
(Da esq. para a dir.) Os presidentes da Venezuela (Hugo Chávez), da Colômbia (Álvaro Uribe) e do Equador (Rafael Correa)
(Da esq. para a dir.) Os presidentes da Venezuela (Hugo Chávez), da Colômbia (Álvaro Uribe) e do Equador (Rafael Correa)

Pouco antes, em visita à também ex-parlamentar libertada Gloria Polanco, o chefe de Estado colombiano anunciou que denunciará o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por seu suposto "apoio a grupos terroristas" e "genocidas".

"A Colômbia nunca foi um país de guerra com os vizinhos. Nosso único interesse é a recuperação da ordem pública. Não mobilizamos tropas, nem estamos caminhando para uma guerra", destacou Uribe.

A Colômbia enfrenta uma crise diplomática histórica por causa da decisão de Quito de romper relações com Bogotá, anunciada na segunda-feira pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, ao mesmo tempo em que a Venezuela expulsou os representantes colombianos em Caracas, e os dois países deslocaram tropas para as fronteiras.

A grave situação teve início no sábado após uma operação em território equatoriano que resultou na morte de "Raúl Reyes", importante líder das Farc e cujo verdadeiro nome era Luis Edgar Devia.

Uribe afirmou que uma vez "conhecidas todas as informações no computador de 'Raúl Reyes'", seu governo se propõe a "denunciar (Chávez) ao TPI para explicar o suposto crime de financiamento de genocidas".

Também disse que a Colômbia quer "dizer ao mundo" que sofreu 40 anos com o terrorismo e que não pode permitir "que nenhum país e que nenhum Governo se solidarize e se torne cúmplice dos terroristas".

Uribe deixou claro: "Nós não somos a favor da guerra, mas não somos fracos", e acrescentou: "Não podemos permitir que terroristas se refugiem em outro país, causando o derramamento de sangue de nossos compatriotas".

Segundo Uribe, não se pode aceitar a violação, em detrimento dos cidadãos colombianos, "das resoluções das Nações Unidas que proíbem e punem o abrigo de terroristas", e advertiu de que seu governo os busca para "tirá-los de onde estiverem".

O chefe de Estado colombiano também agradeceu às nações que ajudam a Colômbia nessa tarefa e disse que "pede ao mundo para levar em consideração os governos que ajudam os terroristas, porque eles violam as determinações das Nações Unidas".

Segundo Uribe, desde o início de seu governo, em agosto de 2002, "tem buscado plenamente a libertação dos seqüestrados" pelas Farc.

Uma coisa, concluiu, é a questão humanitária, e outra, a permissividade com os terroristas.

 

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