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13/03/2008 - 06h14

Presidente sérvio dissolve Parlamento e convoca eleições antecipadas

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da Folha Online
da Efe, em Belgrado

O presidente sérvio, Boris Tadic, dissolveu o Parlamento nesta quinta-feira e convocou para 11 de maio as eleições parlamentares antecipadas da Sérvia.

A crise no governo se agravou nos últimos dias devido à falta de acordo sobre a política do país em relação à União Européia, depois que o Kosovo se autoproclamou independente em 17 de fevereiro e teve sua soberania reconhecida por Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos.

No último dia 8, o primeiro-ministro Vojislav Kostunica dissolveu o governo e disse que convocará eleições parlamentares antecipadas.

Em entrevista coletiva, Kostunica disse que o governo já não tem uma política única sobre o Kosovo, província sérvia que se autoproclamou independente em 17 de fevereiro.

"Devemos devolver o mandato ao povo para que decida sobre a maioria parlamentar", disse, após propor realizar as eleições parlamentares em 11 de maio, coincidindo com o pleito municipal.

"O governo da Sérvia já não tem uma política comum para um tema tão importante para o futuro do país: Kosovo como parte da Sérvia", declarou Kostunica. "Um governo assim não pode funcionar mais, este é o final do governo e teremos de devolver o mandato ao povo", acrescentou.

Independência

Kosovo declarou sua independência unilateral da Sérvia em decisão anunciada pelo premiê kosovar, Hashem Thaci, no dia 17 de fevereiro. A declaração foi aprovada por 109 votos a zero, com 11 deputados ausentes.

A independência da Província foi um processo iniciado com o fim da antiga Iugoslávia, em 1991, e deve trazer conseqüências para todos os países da região dos Bálcãs.

Desde a intervenção armada da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 1999 --a chamada Guerra de Kosovo--, a Província está sob administração da ONU (Organização das Nações Unidas).

Com 2 milhões de habitantes, cerca de 90% da população do Kosovo são de etnia albanesa.

No país ainda há entre 100 mil e 120 mil sérvios, depois que mais de 200 mil deixaram a Província nos últimos oito anos diante do cerco e das revanches dos extremistas albaneses.

Aqueles que ficaram na Província vivem no norte, vizinho ao resto da Sérvia, e em vários enclaves do centro e do sul.

 

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