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Polônia e Israel homenageiam heróis do Gueto de Varsóvia
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da Efe, em Varsóvia
Os presidentes da Polônia, Lech Kaczynski, e de Israel, Shimon Peres, lembraram nesta terça-feira na capital polonesa o heroísmo dos judeus do Gueto de Varsóvia, que há 65 anos se rebelaram contra os nazistas para não serem levados para campos de concentração.
"Nosso país quer vingança, mas uma vingança diferente, nós desejamos paz, esta é nossa vingança", declarou Peres no ato de homenagem diante do monumento construído em memória dos heróis do Gueto, no centro de Varsóvia.
Kaczynski afirmou que "os soldados do Gueto não lutaram pela vitória, mas pela honra, com uma carência total de meios, mas com grande coragem, uma coragem que nunca devemos esquecer".
Os dois chefes de Estado depositaram coroas de flores diante do monumento, após a comunidade judaica recitar o Kadish, prece em memória dos mortos.
Marek Edelman, o último sobrevivente dos líderes do levante de Varsóvia, compareceu à homenagem acompanhado de sua família.
Antes da Segunda Guerra Mundial, a Polônia era um dos pontos da Europa com a maior população judaica, estimada em cerca de 3,5 milhões de pessoas. Após o Holocausto, restaram apenas alguns milhares de indivíduos.
Em 1940, as forças de ocupação alemãs obrigaram mais de 400 mil judeus de Varsóvia a se concentrarem no centro da cidade em uma área delimitada, que foi isolada por um muro.
Muitos morreram por causa das péssimas condições do gueto, enquanto os outros aguardavam a transferência para campos de concentração.
O Levante do Gueto de Varsóvia aconteceu em abril de 1943 e foi um ato de resistência dos jovens judeus contra o extermínio realizado pelos alemães. Cerca de 14 mil judeus morreram nos enfrentamentos e outros 43 mil foram executados pelas tropas alemãs.
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