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30/04/2008 - 15h59

Em 68, países do Leste Europeu aderiram aos protestos do Ocidente

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Colaboração para a Folha Online

Incentivadas pela atmosfera de efervescência estudantil na Europa Ocidental, alguns países do mundo socialista aderiram aos protestos de 1968, reivindicando um regime mais aberto.

Os manifestantes questionavam o socialismo burocrático, exigiam reformas educacionais, o fim da censura e do controlo imposto pelos partidos comunistas.

Os principais protestos em países do Leste Europeu ocorreram na Tchecoslováquia (atual República Tcheca), na Polônia e na Iugoslávia (território ocupado atualmente por Eslovênia, Croácia, Montenegro, Macedônia, Bósnia e Sérvia).

Mais de 20 anos antes do fim da Guerra Fria (1947-1991), em 1968, as lutas do socialismo real e do capitalismo eram semelhantes.

Os movimentos ocorreram simultaneamente, com lutas por mudanças político-econômicas e culturais.

Contudo, assim como no mundo capitalista, as revoluções do Leste Europeu foram sufocadas.

Polônia

mar.1968 - Tadeusz Zagozdzinski/AP
Manifestantes da Universidade de Varsóvia fogem de ofensiva policial
Manifestantes da Universidade de Varsóvia fogem de ofensiva policial

A Polônia foi palco de uma das primeiras revoltas estudantis de 1968 na Europa. As manifestações chegaram ao seu auge no início de março, após a censura da peça de teatro "Os Antepassados", do poeta romântico Adam Mickiewicz.

As autoridades socialistas do país consideraram a peça contrária à Rússia e proibiram a sua encenação. A censura provocou uma manifestação espontânea por parte dos estudantes em frente ao monumento do poeta, na Universidade de Varsóvia.

Os líderes da manifestação foram expulsos da universidade e, no dia 8 de março, foi iniciado um ciclo de manifestações e repressões que atingiu à outros centros e cidades da Polônia.

Os judeus foram responsabilizados pelos fatos e, com a ajuda da polícia política e dos radicais do partido, o chefe do Partido Comunista Polonês, Wladyslaw Gomulka (1956- 1970), ordenou a caça ao "judeu comunista".

Aproximadamente 20 mil pessoas abandonaram o país e 13.500 perderam a nacionalidade entre 1968 e 1970, segundo documentos dos arquivos do país.

Em março de 2008, o Ministro do Interior polonês, Grzegorz Schetyna, iniciou a expedição de certificados de nacionalidade polonesa às pessoas que perderam a nacionalidade em 1968.

Iugoslávia

Os movimentos de maio de 68 na França tiveram repercussão imediata na Iugoslávia socialista do primeiro-ministro Josip Broz Tito (1945-1953) e os estudantes organizaram manifestações a favor de reformas educacionais e abertura política.

No entanto, Tito, o principal expoente socialista não-alinhado à ex-URSS, conseguiu implantar uma política de conciliação no dia 9 de junho e desmobilizou os manifestantes.

Com France Presse

Fonte: Enciclopédia das Guerras e Revoluções do século 20

 

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