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Entenda o caso do desaparecimento da menina britânica Madeleine
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Colaboração para a Folha Online
A menina britânica Madeleine McCann sumiu do quarto do apartamento alugado por seus pais, Katherine e Gerry McCann, no complexo turístico de Ocean Club, na praia da Luz, na região do Algarve, em Portugal, no dia 3 de maio de 2007.
O caso veio à tona dois dias depois, em 5 de maio, quando a polícia noticiou as buscas pela menina. Na época, eles defendiam a tese de que alguém havia seqüestrado Madeleine enquanto ela dormia, ao lado dos irmãos gêmeos de 2 anos, e os pais jantavam com amigos em um restaurante próximo.
Segundo o administrador do resort, John Hill, os pais "verificavam periodicamente como estavam as crianças". Mas ao retornar do jantar, o casal encontrou no quarto apenas os gêmeos. Madeleine havia desaparecido.
AP |
Foto da garota inglesa Madeleine McCann, desaparecida há um ano |
Doze dias depois, um britânico que mora perto do local do desaparecimento e ajudava nas buscas, Robert Murat foi identificado oficialmente como suspeito pela polícia portuguesa.
Murat, que sempre defendeu sua inocência, foi interrogado várias vezes. A polícia averiguou várias pessoas próximas a ele, além de ter apreendido diversos objetos pessoais, de computadores a roupas, para análises. Os objetos foram devolvidos em 23 de março.
O suspeito mora com a sua mãe Jenny, 71, próximo ao resort onde a família McCann estava hospedada. Na época, ele alegou que tinha um álibi, já que esteve em casa com sua mãe a noite inteira e afirmou ser o "bode expiatório" de uma investigação que não conseguia encontrar verdadeiros suspeitos e atraía grande atenção da mídia.
Nenhuma prova concreta do envolvimento de Murat foi encontrada, mas a polícia portuguesa ainda não retirou a acusação.
Pais
Em 7 de setembro, os pais de Madeleine, que chegaram a mobilizar até o papa Bento 16 para encontrar sua filha, foram colocados sob suspeita. A polícia portuguesa os acusou de ter ocultado o corpo da filha após uma morte acidental.
A tese foi lançada depois que os investigadores encontraram uma seringa no quarto de hotel onde estavam hospedados os pais da menina. A seringa hipodérmica estava em um armário no quarto.
12set.07Reuters |
Kate e Gerry McCann deixam sua casa com os gêmeos Sean e Amelie, em Rothley |
Na época, a polícia examinou se a seringa e a agulha foram utilizadas pelos McCann para administrar sedativos na menina e ajudá-la a dormir, para assim poderem sair para jantar com amigos em um restaurante próximo.
Indícios de DNA de Madeleine em um carro alugado pelo casal depois de 25 dias do seu desaparecimento teriam levado a polícia portuguesa a aumentar as suspeitas de o casal transportou o corpo da menina.
Contudo, o casal justifica as amostras dizendo que transportaram no porta-malas diversos objetos pessoais da menina, quando saíram do apartamento alugado na Praia da Luz.
Liberada para voltar a Inglaterra, Katherine diz ao tablóide inglês "Sunday Mirror" que a polícia portuguesa a pressionou para confessar que matou a filha acidentalmente e escondeu o corpo e a dizer que a filha tinha sido raptada para esconder a verdade.
A tese de que ela estaria envolvida no caso ganha força com a revelação de um diário em que Katherine chama os filhos de "histéricos" e diz que Madeleine é uma criança "cujo excesso de energia consome suas forças".
Apesar de serem suspeitos, a polícia portuguesa não conseguiu reunir provas suficientes de que o casal McCann foi responsável pelo desaparecimento de Madeleine. Sem pistas a seguir, a polícia entregou o caso a Promotoria de Justiça que deve decidir o que fazer diante dos indícios, acusar formalmente o casal ou retirar as suspeitas.
Suspeitas
Em 25 de setembro, uma foto de uma criança loura, tirada no norte do Marrocos foi investigada pela polícia como sendo possivelmente de Madeleine. No dia seguinte, um fotógrafo da agência do notícias internacional France Presse encontra a menina da foto, a marroquina Bouchra, 2, de Zinat, perto de Tetuán.
Em 20 de janeiro, o tablóide britânico "News of the World" publicou em sua capa o retrato falado do possível seqüestrador de Madeleine. O desenho, feito por uma especialista formada no FBI (polícia federal americana), mostrava um homem de aparência ameaçadora, rosto fino, cabelos longos, bigode, sobrancelhas grossas e dentição proeminente.
O desenho foi entregue à Interpol (polícia internacional) e às polícias britânica e espanhola, mas o suspeito não foi encontrado e nenhuma pista foi encontrada.
Sem saída
Em 22 de novembro, a polícia judiciária portuguesa planeja encerrar as investigações do desaparecimento de Madeleine. "Os pais continuam a ser os principais suspeitos de ter escondido o corpo de sua filha, não por sua morte, que provavelmente foi acidental. Mas não há provas concretas a respeito", afirmou uma fonte da investigação.
Poucos dias depois, em 4 de dezembro, especialistas forenses que investigam o caso dizem enfrentar uma "missão impossível" na análise das evidências. Uma fonte da investigação disse que a polícia judiciária foi informada de que as provas encontradas no apartamento dos McCann em praia da Luz e em um veículo alugado pelo casal são "inúteis" para resolver o caso.
Menos de uma semana depois, após os novos interrogatórios aos pais da garota e a um grupo de amigos do casal a polícia judiciária portuguesa diz ter "pouca esperança" que os detetives particulares britânicos possam resolver o desaparecimento de Madeleine.
Inocência
Os McCann continuam negando as acusações e sustentam que a filha foi seqüestrada e está viva. Nesta quarta-feira, eles revelaram sentimentos de culpa e apontaram ter esperanças de encontrá-la viva no dia do primeiro ano de seu desaparecimento.
"Temos que viver com o fato de que não estávamos lá, e que se estivéssemos, não teria ocorrido", afirmaram os pais da menina. "O pior para nós é que estivemos a ponto de não ir", conta Kate McCann, em um documentário realizado para marcar a data de um ano do desaparecimento e exibido nesta quarta-feira (30) pela rede de TV ITV1.
O documentário mostra os McCann em sua casa em Rothley, Leicestershire, brincando com os gêmeos Sean e Amelie, irmãos menores de Madeleine, que tinha três anos quando desapareceu. Com o título "Madeleine, um ano depois: Campanha para a mudança", o filme acompanha também o casal por Bruxelas e Washington, enquanto fazem campanha para a criação de um sistema de alerta europeu para os casos de seqüestro de criança.
Com Efe e Associated Press
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Mesmo assim agradeço o espaço...ahhh e só dão tanto enfase nesta historia porque é uma menina do 1º mundo e rica....... porque temos aki no Brasil crianças sendo espancadas e que somem e nem ao menos citam o nome delas.......então gente é muito louvavel o que fazem o que dizem ... mas querem dar um culpado para a garotinha da ingleterra ..... mas antes disso pense nas nossas crianças.. "QUEREM SALVAR O MUNDO, PRIMEIRAMENTE ARRUMEM VOSSOS QUARTOS"
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