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11/05/2008 - 07h25

Sudão rompe relações diplomáticas com o Chade após ataque

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da Efe, em Cartum

O presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, anunciou neste domingo a ruptura das relações diplomáticas com o vizinho Chade, país ao qual responsabilizou pela ofensiva lançada neste sábado por um grupo rebelde em Cartum.

Em declarações divulgadas pela televisão oficial, Bashir assegurou que "o ataque chadiano contra Cartum foi totalmente abortado" e que as forças de segurança sudanesas perseguem os rebeldes, alguns dos quais se infiltraram nos bairros residenciais da capital.

O presidente sudanês acusou, além disso, seu colega chadiano, Idris Déby, de ter dado ordens para armar os rebeldes, que entraram no Sudão sob a direção de Khalil Ibrahim, dirigente do Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) --um dos grupos rebeldes de Darfur--, a quem qualificou de um "agente do regime chadiano".

O Ministério do Interior sudanês anunciou neste domingo o prolongamento do toque de recolher em Cartum até um próximo aviso, já que ainda há armas e cadáveres nas ruas depois dos combates entre um grupo rebelde e o Exército.

Segundo um comunicado do Ministério, é necessário prolongar essa medida para "fazer uma limpeza da capital".

O toque de recolher, que foi declarado ontem, tinha que ter terminado às 6h (0h de Brasília) de hoje, mas foi prolongado até as 10h local antes que o Ministério anunciasse de novo a continuação da medida até nova ordem.

Testemunhas locais disseram que viram vários corpos no oeste da cidade e que há combates em diversos bairros. Elas também relataram que as autoridades fecharam o tráfego das três pontes sobre o rio Nilo que unem Omdurman a Cartum para impedir que insurgentes se dirijam à capital sudanesa.

Conflito

Os confrontos em Omdurman acontecem um dia após o Exército acusar em comunicado o MJI de preparar "uma campanha de sabotagens" em Cartum e em outras áreas do país "com o objetivo de conseguir propaganda na imprensa".

Segundo a nota, foram detectados rebeldes cruzando a fronteira pelo Chade em veículos, o que motivou um apelo junto a sociedade para cooperar com as forças de segurança para "abortar as sabotagens".

O MJI, um dos maiores grupos rebeldes de Darfur, se negou a assinar em 2005 os acordos de Abuja entre o Exército e vários movimentos insurgentes.

O conflito em Darfur explodiu quando os grupos rebeldes desta região tomaram em armas para protestarem contra a pobreza e a marginalização da região, na fronteira com o Chade.

Desde então, 300 mil pessoas morreram e outras dois milhões e meio se viram forçadas a deixarem suas casas.

 

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