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18/04/2002
-
22h53
da Efe, em Caracas
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu hoje a colaboração das instituições do país para conseguir restabelecer um diálogo nacional "real", que permita superar a crise política que vive o país e teve seu momento crítico no golpe de Estado frustrado contra seu governo na semana passada.
"Tenho uma férrea vontade para retificar, mas peço ajuda, a coisa não é mais minha, o problema é de todos", manifestou Chávez, ao concluir a reunião preparatória do Conselho Federal de Governo, que presidiu junto ao vice-presidente Diosdado Cabello.
A reunião, que contou com a presença de quase todos os 24 governadores do país —pelo menos a metade governistas— e de uma representação das mais de 350 prefeituras, se caracterizou por discursos cheios de críticas para os supostos promotores e os autores do frustrado golpe cívico-militar da sexta-feira passada.
Muito poucos, entre eles os governadores de Anzoátegui, David De Lima (governista); de Yaracuy, Eduardo Lapi (opositor); e o prefeito do município de Baruta, Henrique Capriles (opositor), culparam Chávez por problemas como o suposto isolamento e a falta de compreensão da realidade nacional desde assolou o governo, há 38 meses.
Chávez tomou nota de "cada proposta", e disse que "só o fato de terem sentado nesta mesa é positivo, independentemente das expectativas que trouxeram" e que para alguns não foram satisfatórias.
Esse foi o caso do governador do estado de Carabobo, o democrata-cristão Henrique Salas Feo, que se retirou com o argumento de que faltava uma agenda concreta de temas.
O presidente cumprimentou os dirigentes da oposição que compareceram à reunião, pediu que expliquem a seus companheiros a necessidade do diálogo e desejou que "suas vozes se somem à minha pedindo paz e respeito para todos".
Chávez reiterou aos partidos de oposição tradicionais, que rejeitaram plenamente seu chamado ao diálogo por considerá-lo enganoso, que "assumam sua posição com seriedade e lealdade ao país" e que acreditem, como supostamente ele tem feito, que o "entendimento" é o único caminho para "conseguir uma ação do governo marcada pela cooperação e co-responsabilidade".
O presidente propôs um "manifesto em apoio à democracia, à Constituição e ao diálogo nacional", e que uma "secretaria provisória", enquanto a Assembléia Nacional aprova a lei do organismo de consulta, se encarregue de "traçar as linhas para o debate nacional" em "mesas-redondas" no futuro imediato.
Chávez disse também que os primeiros assuntos de análise do Conselho Federal vão ser o Projeto Nacional de Desenvolvimento 2001-2007 "para enriquecê-lo", e o Plano da Nação 2002, "que é muito mais urgente".
Leia mais no especial Venezuela
Chávez pede colaboração para "reconciliação nacional"
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu hoje a colaboração das instituições do país para conseguir restabelecer um diálogo nacional "real", que permita superar a crise política que vive o país e teve seu momento crítico no golpe de Estado frustrado contra seu governo na semana passada.
"Tenho uma férrea vontade para retificar, mas peço ajuda, a coisa não é mais minha, o problema é de todos", manifestou Chávez, ao concluir a reunião preparatória do Conselho Federal de Governo, que presidiu junto ao vice-presidente Diosdado Cabello.
A reunião, que contou com a presença de quase todos os 24 governadores do país —pelo menos a metade governistas— e de uma representação das mais de 350 prefeituras, se caracterizou por discursos cheios de críticas para os supostos promotores e os autores do frustrado golpe cívico-militar da sexta-feira passada.
Muito poucos, entre eles os governadores de Anzoátegui, David De Lima (governista); de Yaracuy, Eduardo Lapi (opositor); e o prefeito do município de Baruta, Henrique Capriles (opositor), culparam Chávez por problemas como o suposto isolamento e a falta de compreensão da realidade nacional desde assolou o governo, há 38 meses.
Chávez tomou nota de "cada proposta", e disse que "só o fato de terem sentado nesta mesa é positivo, independentemente das expectativas que trouxeram" e que para alguns não foram satisfatórias.
Esse foi o caso do governador do estado de Carabobo, o democrata-cristão Henrique Salas Feo, que se retirou com o argumento de que faltava uma agenda concreta de temas.
O presidente cumprimentou os dirigentes da oposição que compareceram à reunião, pediu que expliquem a seus companheiros a necessidade do diálogo e desejou que "suas vozes se somem à minha pedindo paz e respeito para todos".
Chávez reiterou aos partidos de oposição tradicionais, que rejeitaram plenamente seu chamado ao diálogo por considerá-lo enganoso, que "assumam sua posição com seriedade e lealdade ao país" e que acreditem, como supostamente ele tem feito, que o "entendimento" é o único caminho para "conseguir uma ação do governo marcada pela cooperação e co-responsabilidade".
O presidente propôs um "manifesto em apoio à democracia, à Constituição e ao diálogo nacional", e que uma "secretaria provisória", enquanto a Assembléia Nacional aprova a lei do organismo de consulta, se encarregue de "traçar as linhas para o debate nacional" em "mesas-redondas" no futuro imediato.
Chávez disse também que os primeiros assuntos de análise do Conselho Federal vão ser o Projeto Nacional de Desenvolvimento 2001-2007 "para enriquecê-lo", e o Plano da Nação 2002, "que é muito mais urgente".
Leia mais no especial Venezuela
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