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Senadora colombiana compara governo de Álvaro Uribe com o de Hitler
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da Efe, em Bogotá
A senadora de oposição colombiana Piedad Córdoba comparou o governo do presidente Álvaro Uribe com o de Adolf Hitler, durante conversa com jornalistas no país. A congressista é investigada por supostas ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Para ela, as recentes críticas do governo de Uribe à oposição pretendem esconder o escândalo da chamada parapolítica --como chamam em seu país os supostos vínculos de políticos colombianos com forças paramilitares de direita.
No processo da parapolítica mais de 60 congressistas, a maioria pertencente à coalizão de governo, estão sendo investigados pela justiça e 33 deles já foram presos.
"Este governo tem a capacidade de governar midiaticamente, assim como fazia Hitler, o que lhe permite esconder escândalos", disse Piedad.
A afirmação de Córdoba faz referência ao caso de Mario Uribe, primo do presidente da Colômbia, que pediu asilo na embaixada da Costa rica depois de ser vinculado com o processo da parapolítica.
Córdoba intermediou no ano passado, com o presidente Hugo Chávez (Venezuela), a libertação de reféns das Farc a pedido de Uribe, que cancelou a mediação após saber que estavam contatando militares colombianos sem a sua permissão.
Uribe disse nesta quinta-feira, durante uma cerimônia na cidade de Cartagena de las Índias, que "enquanto alguns políticos da oposição agem como defensores de terroristas", o ministro da Defesa, os altos comandantes e ele próprio "se mantêm preocupados em cercá-los de proteção total, de efetiva segurança".
"Têm garantias, em nome da liberdade, para fazer apologia do delito. E o governo faz apenas tímidos comentários. Alguns deles se dedicam a fazer apologia dos terroristas e o governo faz apenas tímidos comentários", disse o chefe do Estado.
Críticas
Piedad Córdoba já havia feito outras críticas ao governo na quarta-feira, durante um fórum estudantil em Medellín.
Na reunião, a parlamentar defendeu o antigo fundador e chefe das Farc Pedro Antonio Marín, conhecido como Manuel Marulanda, que morreu em 26 de março, aparentemente por causa de um ataque cardíaco.
"Meu compromisso é com a paz e com os atores que lutam para alcançá-la, e por isso não me arrependo de nada do que disse", afirmou.
Após classificar o país de "paramilitar e mafioso", a senadora repetiu que poderão capturar ou matar, mas que não desistirá de suas denúncias sobre a parapolítica --como chamam em seu país os supostos vínculos de políticos colombianos com forças paramilitares de direita.
"Tenho cinco denúncias penais na Suprema Corte (...) e fora disso estão anunciado que me prenderão na próxima semana, não sei qual dia", declarou sem divulgar mais detalhes sobre o assunto.
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