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Morales nega ampliar estado de sítio; governo confirma 16 mortes
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da Folha Online
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste sábado que não estenderá o estado de sítio decretado ontem no departamento (Estado) de Pando a outras regiões do país se os opositores autonomistas interromperem seus ataques contra as instituições estatais e as infra-estruturas energéticas.
"Se os governadores devolverem as instituições do Estado, se deixarem de atentar contra os gasodutos e as refinarias, que são patrimônio do povo, não há por que pensar em ampliar o estado de sítio", afirmou Morales em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.
Arte/Folha Online |
Na Bolívia, o estado de sítio, entre outros pontos, proíbe o porte de armas de fogo, armas brancas ou explosivos; e a circulação de grupos de mais de três pessoas e de veículos da 0h às 6h. Fica proibido ainda fazer reuniões políticas e deixar a região sem salvo-conduto.
Morales insistiu em que o diálogo com os opositores está "sempre aberto" e saudou a reunião que representantes do governo mantiveram com o governador de Tarija, o opositor Mario Cossío, para tentar abrir um processo de negociação.
Morales afirmou também que nesta reunião, ocorrida entre ontem à noite e esta madrugada, foram produzidos avanços e confirmou que amanhã haverá um encontro do qual participará pessoalmente.
Já na segunda-feira (15), os países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) farão uma reunião de emergência na capital do Chile, Santiago, para tratar da crise boliviana. A informação foi confirmada pela presidente do Chile, Michelle Bachelet, que atualmente ocupa a presidência rotativa do grupo.
Mortos
O governo boliviano anunciou hoje que 16 pessoas morreram nos confrontos em Pando. Aos nove mortos iniciais se somaram mais sete corpos, que estão amontoados às margens do rio próximo à zona de confronto, à espera de serem retirados, disse o ministro de Governo (Interior), Alfredo Rada, em entrevista à Rádio Fides.
A maioria das mortes foi conseqüência dos choques entre camponeses leais ao presidente Evo Morales e grupos opositores autonomistas ocorridos quinta-feira (11), na localidade de Porvenir, perto de Cobija, a capital de Pando.
Rada enfatizou hoje que, na visão do Executivo, o que aconteceu nesse dia não foi um confronto, mas um "verdadeiro massacre" por parte de funcionários da Administração regional e "mercenários" estrangeiros que mataram sem-terra.
Essa versão, no entanto, diverge da apresentada pelo governador de Pando, o opositor Leopoldo Fernández, que há poucas horas acusou o mesmo Executivo e seus seguidores de terem provocado os incidentes violentos.
Segundo Rada, as magnitudes reais do "massacre" serão conhecidas nos próximos dias, porque, além dos 16 cadáveres encontrados, há relatos extra-oficiais de que "mais de 30 corpos teriam sido vistos depois do ocorrido há dois dias".
O ministro confirmou ainda que, na noite de ontem, um militar e um civil morreram no aeroporto de Cobija. Porém, ele não disse se estas duas mortes então entre as 16 confirmadas neste sábado.
Com Efe
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