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04/10/2002
-
07h53
O Paquistão realizou com sucesso hoje, em um lugar do país não divulgado, um teste com um míssil de alcance médio do tipo Hatf-IV (Shaheen), fabricado na região, anunciou uma fonte oficial.
Uma notificação deste teste foi enviado antes aos países vizinhos e aos amigos, declarou um porta-voz do Ministério da Defesa. Este míssil balístico, terra-terra, tem capacidade de transportar uma carga nuclear.
Segundo um analista, que também é ex-general do Exército paquistanês, o teste é uma mensagem de que o Paquistão seria capaz de defender-se em uma época de crescente tensão, provocada, entre outros fatores, pela instável eleição na Caxemira indiana.
Por outro lado, a Índia, que considera as eleições legislativas no Estado um teste para a promessa do Paquistão de investir contra os separatistas vindos do território paquistanês através da fronteira entre os dois países, menosprezou o lançamento dos mísseis.
O Paquistão, que realiza um pleito parlamentar na quinta-feira (10), classificou de rotineiro o teste com um míssil terra-terra.
A Índia afirmou que o teste com o míssil tinha um apelo interno.
"Esse teste em particular tem por alvo claramente as próximas eleições gerais no Paquistão", disse Nirupama Rao, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia.
Os dois países, que possuem armas nucleares, estacionaram cerca de 1 milhão de soldados ao longo de sua fronteira conjunta depois de um ataque, em dezembro passado, contra o Parlamento indiano.
A Índia responsabilizou pela agressão grupos separatistas da Caxemira cujas bases ficam em território paquistanês.
Em maio, o Paquistão realizou um lançamento de míssil balístico Abdali, de curto alcance. Além disso, o país realizou testes de disparos de dois mísseis que podem conter carga nuclear, apesar da forte condenação internacional. Os testes vêm sendo realizados num contexto de tensão crescente com a Índia.
A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.
A Índia, que controla 45% da Caxemira, a considera parte integral de seu território. O Paquistão, que controla um terço, defende que um plebiscito determine a vontade do povo caxemire. À China pertence o restante do território.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Paquistão volta a fazer testes com lançamento de míssil
da Folha OnlineO Paquistão realizou com sucesso hoje, em um lugar do país não divulgado, um teste com um míssil de alcance médio do tipo Hatf-IV (Shaheen), fabricado na região, anunciou uma fonte oficial.
Uma notificação deste teste foi enviado antes aos países vizinhos e aos amigos, declarou um porta-voz do Ministério da Defesa. Este míssil balístico, terra-terra, tem capacidade de transportar uma carga nuclear.
Segundo um analista, que também é ex-general do Exército paquistanês, o teste é uma mensagem de que o Paquistão seria capaz de defender-se em uma época de crescente tensão, provocada, entre outros fatores, pela instável eleição na Caxemira indiana.
Por outro lado, a Índia, que considera as eleições legislativas no Estado um teste para a promessa do Paquistão de investir contra os separatistas vindos do território paquistanês através da fronteira entre os dois países, menosprezou o lançamento dos mísseis.
O Paquistão, que realiza um pleito parlamentar na quinta-feira (10), classificou de rotineiro o teste com um míssil terra-terra.
A Índia afirmou que o teste com o míssil tinha um apelo interno.
"Esse teste em particular tem por alvo claramente as próximas eleições gerais no Paquistão", disse Nirupama Rao, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia.
Os dois países, que possuem armas nucleares, estacionaram cerca de 1 milhão de soldados ao longo de sua fronteira conjunta depois de um ataque, em dezembro passado, contra o Parlamento indiano.
A Índia responsabilizou pela agressão grupos separatistas da Caxemira cujas bases ficam em território paquistanês.
Em maio, o Paquistão realizou um lançamento de míssil balístico Abdali, de curto alcance. Além disso, o país realizou testes de disparos de dois mísseis que podem conter carga nuclear, apesar da forte condenação internacional. Os testes vêm sendo realizados num contexto de tensão crescente com a Índia.
A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.
A Índia, que controla 45% da Caxemira, a considera parte integral de seu território. O Paquistão, que controla um terço, defende que um plebiscito determine a vontade do povo caxemire. À China pertence o restante do território.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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