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23/10/2002
-
16h53
Cerca de 700 pessoas são mantidas reféns por um grupo de homens armados que atacou na noite de hoje um teatro da zona sul de Moscou (Rússia). Os sequestradores ameaçam explodir o edifício se a polícia invadir o local e reivindicam o fim da guerra na Tchetchênia.
De acordo com testemunhas, há cerca de 50 homens armados no local. Eles entraram no teatro atirando para o alto, alguns com fuzis automáticos, e bloquearam todas as entradas e saídas, segundo testemunhas que receberam autorização para ligar para a família.
Alguns reféns que foram libertados disseram que o grupo de sequestradores, alguns usando máscaras e com explosivos amarrados ao corpo, invadiu o teatro atirando para o alto e gritando: "Parem a guerra na Tchetchênia".
A porta-voz-chefe da polícia de Moscou, Valery Gribakin, disse à TV estatal Rossiya que, segundo os reféns libertados, o grupo exigia que as autoridades "solucionassem a situação na república da Tchetchênia".
"Eles têm granadas e armas", disse Gribakin. "Estamos tentando estabelecer contato com eles."
A Rússia vem lutando há mais de oito anos para conter uma rebelião separatista na Tchetchênia, território no norte do Cáucaso que continua fazendo vítimas diariamente entre civis e soldados russos.
Os rebeldes islâmicos lutam pela criação de um Estado independente na República autônoma da Tchetchênia. O governo russo acusa ainda os rebeldes de incentivar o separatismo na Província vizinha do Daguestão.
Desde 1999, mais de 14 mil rebeldes tchetchenos e 5.000 militares russos morreram no conflito, um dos mais sangrentos do planeta.
Explosivo
Uma testemunha disse que os guerrilheiros amarraram explosivos às colunas do teatro para cumprir a ameaça de explodir o prédio se houvesse invasão da polícia.
Uma refém, falando pelo celular de dentro do teatro, fez um apelo ao vivo à NTV às forças de segurança para que não invadissem o local.
"Por favor não comecem a invadir. Há muitos explosivos. Não abram fogo contra eles. Estou com muito medo, peço que por favor não comecem um ataque", declarou Tatyana Solnyshkina.
O grupo especial antiterrorista da polícia Alfa se encontra no local e dirigentes técnicos do teatro forneceram aos agentes planos do prédio invadido pelos agressores.
Muçulmanos
De acordo com um jornalista da Interfax que estava no local no momento do incidente e conseguiu entrar em contato com a agência de notícias russa, os homens permitiram que os reféns ligassem de celulares para seus familiares.
Alguns dos membros do grupo estavam armados com fuzis automáticos, afirmou a testemunha, acrescentando que os homens são originários da região do Cáucaso.
De acordo com a testemunha, as crianças e os muçulmanos da platéia puderam deixar o teatro.
O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin havia sido informado do caso, que acontece na véspera de sua visita oficial à Europa.
Com agências internacionais
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Sequestradores pedem fim da guerra da Tchetchênia
Grupo armado ameaça explodir teatro com 700 reféns em Moscou
da Folha OnlineCerca de 700 pessoas são mantidas reféns por um grupo de homens armados que atacou na noite de hoje um teatro da zona sul de Moscou (Rússia). Os sequestradores ameaçam explodir o edifício se a polícia invadir o local e reivindicam o fim da guerra na Tchetchênia.
De acordo com testemunhas, há cerca de 50 homens armados no local. Eles entraram no teatro atirando para o alto, alguns com fuzis automáticos, e bloquearam todas as entradas e saídas, segundo testemunhas que receberam autorização para ligar para a família.
Alguns reféns que foram libertados disseram que o grupo de sequestradores, alguns usando máscaras e com explosivos amarrados ao corpo, invadiu o teatro atirando para o alto e gritando: "Parem a guerra na Tchetchênia".
Nikolai Galiayev/Reuters |
Soldados russos cercam teatro, onde cerca de 700 pessoas são mantidas reféns por um comando tchetcheno |
A porta-voz-chefe da polícia de Moscou, Valery Gribakin, disse à TV estatal Rossiya que, segundo os reféns libertados, o grupo exigia que as autoridades "solucionassem a situação na república da Tchetchênia".
"Eles têm granadas e armas", disse Gribakin. "Estamos tentando estabelecer contato com eles."
A Rússia vem lutando há mais de oito anos para conter uma rebelião separatista na Tchetchênia, território no norte do Cáucaso que continua fazendo vítimas diariamente entre civis e soldados russos.
Os rebeldes islâmicos lutam pela criação de um Estado independente na República autônoma da Tchetchênia. O governo russo acusa ainda os rebeldes de incentivar o separatismo na Província vizinha do Daguestão.
Desde 1999, mais de 14 mil rebeldes tchetchenos e 5.000 militares russos morreram no conflito, um dos mais sangrentos do planeta.
Explosivo
Uma testemunha disse que os guerrilheiros amarraram explosivos às colunas do teatro para cumprir a ameaça de explodir o prédio se houvesse invasão da polícia.
Uma refém, falando pelo celular de dentro do teatro, fez um apelo ao vivo à NTV às forças de segurança para que não invadissem o local.
"Por favor não comecem a invadir. Há muitos explosivos. Não abram fogo contra eles. Estou com muito medo, peço que por favor não comecem um ataque", declarou Tatyana Solnyshkina.
O grupo especial antiterrorista da polícia Alfa se encontra no local e dirigentes técnicos do teatro forneceram aos agentes planos do prédio invadido pelos agressores.
Muçulmanos
De acordo com um jornalista da Interfax que estava no local no momento do incidente e conseguiu entrar em contato com a agência de notícias russa, os homens permitiram que os reféns ligassem de celulares para seus familiares.
Alguns dos membros do grupo estavam armados com fuzis automáticos, afirmou a testemunha, acrescentando que os homens são originários da região do Cáucaso.
De acordo com a testemunha, as crianças e os muçulmanos da platéia puderam deixar o teatro.
O Kremlin disse que o presidente Vladimir Putin havia sido informado do caso, que acontece na véspera de sua visita oficial à Europa.
Com agências internacionais
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