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24/10/2002
-
10h41
Os rebeldes tchetchenos que invadiram ontem um teatro na Rússia mataram hoje um dos 700 reféns que mantêm dentro do prédio em Moscou, segundo a agência Itar-Tass. A vítima seria uma mulher.
A rede de TV NTV da Rússia mostrou imagens ao vivo de um corpo coberto sendo retirado do teatro. Os comentaristas não falaram enquanto o corpo era levado em uma maca na direção de um carro acompanhado por pessoal do serviço de emergência. Segundo informações da Itar-Tass, que cita a polícia de Moscou, a mulher foi morta com um tiro.
Outras informações dão conta que a bateria dos celulares dos reféns que estão dentro do prédio está acabando, o que pode dificultar as negociações entre a polícia e os rebeldes.
Segundo o FSB (Serviço de Segurança Federal), sucessor da KGB (serviço secreto soviético), os terroristas libertaram hoje 37 reféns, entre eles um estrangeiro, cuja nacionalidade não foi divulgada, três crianças e uma mulher. Ontem, 150 pessoas haviam sido libertadas, entre mulheres e crianças.
O FSB afirmou ainda que o comando tchetcheno permitiu a entrada de dois médicos jordanianos no teatro "tratar certos reféns que se sentem mal". Um representante do governo russo está negociando com os rebeldes.
Os cerca de 50 rebeldes exigem que a Rússia retire suas tropas da Tchetchênia em sete dias. Se a exigência não for cumprida, o grupo afirma que explodirá o teatro com todos os reféns. Os terroristas também ameaçam matar os reféns ou explodir o prédio caso a polícia invada o teatro, que é da era soviética e tem capacidade para 1.163 pessoas.
A Anistia Internacional solicitou hoje ao comando tchetcheno que mantém os reféns que liberte as pessoas imediatamente e de maneira incondicional.
"A captura de reféns é simplesmente inaceitável em qualquer circunstância", declarou em um comunicado Irene Khan, secretária-geral da organização de defesa dos direitos humanos com sede em Londres.
"Solicitamos aos responsáveis por esse comando que libertem os reféns de imediato, sem condições e sem que sofram algum mal", afirmou Khan.
Embora reconheça "o direito e, mais que isso, o dever dos Estados de proteger seus cidadãos", a Anistia Internacional "solicita às autoridades russas que qualquer utilização da força e das armas respeite totalmente as normas internacionais".
A Rússia vem lutando há mais de oito anos para conter uma rebelião separatista na Tchetchênia, território no norte do Cáucaso que continua fazendo vítimas diariamente entre civis e soldados russos.
Os rebeldes islâmicos lutam pela criação de um Estado independente na República autônoma da Tchetchênia. O governo russo acusa ainda os rebeldes de incentivar o separatismo na Província vizinha do Daguestão.
Desde 1999, mais de 14 mil rebeldes tchetchenos e 5.000 militares russos morreram no conflito, um dos mais sangrentos do planeta.
Hoje, O presidente da Rússia, Vladimir Putin, cancelou sua visita ao México. O cancelamento da viagem deve-se a tomade de reféns por parte dos rebeldes tchetchenos.
Os cerca de 50 rebeldes, entre os quais mulheres com máscaras e explosivos amarrados ao corpo, invadiram o teatro disparando para o alto e gritando "parem a guerra na Tchetchênia".
Segundo a estação de rádio Ekho Moskvy, a médica Maria Shkolnikova, uma das reféns, contou de dentro do teatro que os rebeldes disseram: "Vocês estão sentados aqui há dez horas e o governo não fez nada para garantir a libertação de vocês". De acordo com a médica, a principal exigência "é que os soldados devem ser retirados [da Tchetchênia] ou eles começarão a atirar nas pessoas".
Com agências internacionais
Veja galeria de fotos da ação do comando tchetcheno em Moscou
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Confrontos entre russos e tchetchenos já mataram 4.500 pessoas
Tchetchenos matam um dos 700 reféns presos em teatro na Rússia
da Folha OnlineOs rebeldes tchetchenos que invadiram ontem um teatro na Rússia mataram hoje um dos 700 reféns que mantêm dentro do prédio em Moscou, segundo a agência Itar-Tass. A vítima seria uma mulher.
A rede de TV NTV da Rússia mostrou imagens ao vivo de um corpo coberto sendo retirado do teatro. Os comentaristas não falaram enquanto o corpo era levado em uma maca na direção de um carro acompanhado por pessoal do serviço de emergência. Segundo informações da Itar-Tass, que cita a polícia de Moscou, a mulher foi morta com um tiro.
Outras informações dão conta que a bateria dos celulares dos reféns que estão dentro do prédio está acabando, o que pode dificultar as negociações entre a polícia e os rebeldes.
Segundo o FSB (Serviço de Segurança Federal), sucessor da KGB (serviço secreto soviético), os terroristas libertaram hoje 37 reféns, entre eles um estrangeiro, cuja nacionalidade não foi divulgada, três crianças e uma mulher. Ontem, 150 pessoas haviam sido libertadas, entre mulheres e crianças.
O FSB afirmou ainda que o comando tchetcheno permitiu a entrada de dois médicos jordanianos no teatro "tratar certos reféns que se sentem mal". Um representante do governo russo está negociando com os rebeldes.
Os cerca de 50 rebeldes exigem que a Rússia retire suas tropas da Tchetchênia em sete dias. Se a exigência não for cumprida, o grupo afirma que explodirá o teatro com todos os reféns. Os terroristas também ameaçam matar os reféns ou explodir o prédio caso a polícia invada o teatro, que é da era soviética e tem capacidade para 1.163 pessoas.
A Anistia Internacional solicitou hoje ao comando tchetcheno que mantém os reféns que liberte as pessoas imediatamente e de maneira incondicional.
"A captura de reféns é simplesmente inaceitável em qualquer circunstância", declarou em um comunicado Irene Khan, secretária-geral da organização de defesa dos direitos humanos com sede em Londres.
"Solicitamos aos responsáveis por esse comando que libertem os reféns de imediato, sem condições e sem que sofram algum mal", afirmou Khan.
Embora reconheça "o direito e, mais que isso, o dever dos Estados de proteger seus cidadãos", a Anistia Internacional "solicita às autoridades russas que qualquer utilização da força e das armas respeite totalmente as normas internacionais".
A Rússia vem lutando há mais de oito anos para conter uma rebelião separatista na Tchetchênia, território no norte do Cáucaso que continua fazendo vítimas diariamente entre civis e soldados russos.
Os rebeldes islâmicos lutam pela criação de um Estado independente na República autônoma da Tchetchênia. O governo russo acusa ainda os rebeldes de incentivar o separatismo na Província vizinha do Daguestão.
Desde 1999, mais de 14 mil rebeldes tchetchenos e 5.000 militares russos morreram no conflito, um dos mais sangrentos do planeta.
Hoje, O presidente da Rússia, Vladimir Putin, cancelou sua visita ao México. O cancelamento da viagem deve-se a tomade de reféns por parte dos rebeldes tchetchenos.
Os cerca de 50 rebeldes, entre os quais mulheres com máscaras e explosivos amarrados ao corpo, invadiram o teatro disparando para o alto e gritando "parem a guerra na Tchetchênia".
Segundo a estação de rádio Ekho Moskvy, a médica Maria Shkolnikova, uma das reféns, contou de dentro do teatro que os rebeldes disseram: "Vocês estão sentados aqui há dez horas e o governo não fez nada para garantir a libertação de vocês". De acordo com a médica, a principal exigência "é que os soldados devem ser retirados [da Tchetchênia] ou eles começarão a atirar nas pessoas".
Com agências internacionais
Veja galeria de fotos da ação do comando tchetcheno em Moscou
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