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27/10/2002
-
23h02
O futuro governo esquerdista brasileiro responderá com um "sim" se o governo do presidente colombiano Álvaro Uribe lhe solicitar que medeie uma negociação com as Farc (Forças Armadas revolucionárias da Colômbia), informou hoje o jornal colombiano "El Tiempo".
A informação foi dada ao jornal pelo historiador Marco Aurelio García, secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo (governada pelo Partido dos Trabalhadores, o
PT) e candidato favorito a ocupar o ministério das Relações Exteriores de Lula.
A resposta de García foi dada à pergunta do jornal sobre se o PT considera as Farc um interlocutor válido. Ao ser questionado mais uma vez sobre o tema, ele disse que preferia não se intrometer em questões internas de outro país, mas afirmou que "qualquer contato que tenhamos com qualquer pessoa ou organização colombiana, comunicaremos primeiro ao governo da Colômbia".
O dirigente afirmou que quando anos atrás o PT reconheceu as Farc como interlocutor válido o fez porque "O governo do presidente [Andrés] Pastrana [1998-2002] assim o havia feito; se o próprio país considera essa força um interlocutor, não vejo porque nós não podíamos fazê-lo", defendeu-se. "Logo essa relação se deteriorou, entre as Farc e o governo. Nós temos análises internas com opiniões sobre essa questão, que não podemos revelar porque poderiam ser consideradas interferência em assuntos externos", disse ele ao jornal.
A menção sobre relações entre o traficante brasileiro "Fernandinho Beira-Mar" e comandantes das Farc, foi qualificada por García como "informação de imprensa". "O PT foi tratado erroneamente pela imprensa várias vezes, por isso não quero incorrer no mesmo erro. mas deixo claro: o PT jamais se relacionaria com alguma força que tenha vínculos com atividades ilegais".
Para García, compreender a situação colombiana "é muito difícil, porque o grau de conhecimento que o Brasil tem da Colômbia é insignificante. E este é um erro grave considerando a importância do país e da fronteira que compartilhamos.
García visitou a Colômbia com Lula em 1992. O historiador disse que quando o PT assumir, fará uma análise dos informes confidenciais enviadas pela Embaixada em Bogotá, para conhecer qual o grau real de informação do Brasil sobre o conflito colombiano.
Leia mais no especial Eleições 2002
Leia mais no especial Colômbia
Governo de Lula poderá mediar conflito colombiano, diz jornal
da Folha OnlineO futuro governo esquerdista brasileiro responderá com um "sim" se o governo do presidente colombiano Álvaro Uribe lhe solicitar que medeie uma negociação com as Farc (Forças Armadas revolucionárias da Colômbia), informou hoje o jornal colombiano "El Tiempo".
A informação foi dada ao jornal pelo historiador Marco Aurelio García, secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo (governada pelo Partido dos Trabalhadores, o
PT) e candidato favorito a ocupar o ministério das Relações Exteriores de Lula.
A resposta de García foi dada à pergunta do jornal sobre se o PT considera as Farc um interlocutor válido. Ao ser questionado mais uma vez sobre o tema, ele disse que preferia não se intrometer em questões internas de outro país, mas afirmou que "qualquer contato que tenhamos com qualquer pessoa ou organização colombiana, comunicaremos primeiro ao governo da Colômbia".
O dirigente afirmou que quando anos atrás o PT reconheceu as Farc como interlocutor válido o fez porque "O governo do presidente [Andrés] Pastrana [1998-2002] assim o havia feito; se o próprio país considera essa força um interlocutor, não vejo porque nós não podíamos fazê-lo", defendeu-se. "Logo essa relação se deteriorou, entre as Farc e o governo. Nós temos análises internas com opiniões sobre essa questão, que não podemos revelar porque poderiam ser consideradas interferência em assuntos externos", disse ele ao jornal.
A menção sobre relações entre o traficante brasileiro "Fernandinho Beira-Mar" e comandantes das Farc, foi qualificada por García como "informação de imprensa". "O PT foi tratado erroneamente pela imprensa várias vezes, por isso não quero incorrer no mesmo erro. mas deixo claro: o PT jamais se relacionaria com alguma força que tenha vínculos com atividades ilegais".
Para García, compreender a situação colombiana "é muito difícil, porque o grau de conhecimento que o Brasil tem da Colômbia é insignificante. E este é um erro grave considerando a importância do país e da fronteira que compartilhamos.
García visitou a Colômbia com Lula em 1992. O historiador disse que quando o PT assumir, fará uma análise dos informes confidenciais enviadas pela Embaixada em Bogotá, para conhecer qual o grau real de informação do Brasil sobre o conflito colombiano.
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