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08/11/2002 - 21h18

Uribe prorroga por 90 dias estado de exceção na Colômbia

da Folha Online

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, prorrogará por 90 dias, a partir de amanhã, o estado de exceção decretado em 12 de agosto para tentar conter a violência desencadeada pelos rebeldes de esquerda e os paramilitares de extrema direita, informou hoje um comunicado do governo.

"Prorroga-se o estado de alerta interno declarado pelo período de 90 dias, a partir de 9 de novembro de 2002", diz o decreto assinado por Uribe e todos os ministros de seu gabinete.

A decisão, já amplamente esperada, permite às forças do governo que continuem realizando prisões sem mandato judicial e imponham restrições no movimento de pessoas em "zonas especiais de combate".

Segundo explicações do governo, "continuam em vigor as causas da grave alteração da ordem pública que atentam contra a estabilidade institucional, a segurança do Estado e a convivência cidadã".

Uribe declarou o "estado de comoção interna" pela primeira vez em agosto, quando guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, maior guerrilha de esquerda do país) saudaram a cerimônia de sua posse na Presidência com um ataque de morteiros.

Segundo Uribe, as autoridades precisam de poderes extras para continuar combatendo os rebeldes e os esquadrões paramilitares de ultra-direita financiados pelo tráfico de drogas.

"Ataques indiscriminados de grupos criminosos contra cidadãos indefesos e contra as leis humanitárias internacionais continuam, assim como a destruição de vilarejos indefesos, e crimes contra a humanidade, como massacres, desaparecimentos, sequestros e deslocamentos forçados", afirma Uribe no decreto.

Sob a constituição colombiana, Uribe pode estender o estado de exceção por mais uma vez. Enquanto isso, o presidente colombiano já declarou que pretende tornar permanentes os poderes extras garantidos sob o decreto.

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que as novas medidas podem agravar as violações dos direitos fundamentais no país.

Uribe, cujo pai foi morto por guerrilheiros há cerca de 20 anos, chegou à Presidência com um discurso duro e com a promessa de acabar com os 38 anos de guerra que devasta o país.

Com agências internacionais

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