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10/11/2002
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10h24
As medidas de maior impacto tomadas até agora pelo governo colombiano com base no estado de exceção foram a criação das chamadas "zonas de reabilitação" e a autorização para buscas e prisões sem mandado judicial.
As "zonas de reabilitação" são áreas onde supostamente há presença mais intensa de grupos armados ilegais e nas quais a circulação é limitada (estrangeiros, por exemplo, não têm acesso a elas) e a presença militar é reforçada.
O último dos decretos baseados no estado de comoção interna, no dia 30 de setembro, aumentou as penas para roubo e contrabando de petróleo e derivados, crimes cuja ocorrência vinha crescendo, relacionada com a busca das guerrilhas e dos grupos paramilitares por novas fontes de recursos para financiar suas ações.
Para o analista político Alfredo Rangel, ex-consultor do Ministério da Defesa, ainda é cedo para um balanço sobre a ação do governo em seus três primeiros meses. "A situação de ordem pública é muito complicada, não é realista esperar grandes melhorias em um espaço de tempo tão curto", diz.
Ele considera, porém, que a decretação do estado de exceção tenha sido benéfica. "Houve algumas vitórias, como capturas de guerrilheiros e a recuperação da segurança nas estradas, que talvez não tivessem sido possíveis sem o estado de exceção", afirma.
Otty Patiño, ex-guerrilheiro do grupo M-19 e diretor da organização Observatório para a Paz, discorda. "Com uma situação como a da Colômbia, com uma guerrilha tão articulada, um estado de exceção não é muito o que soluciona a questão", diz.
Para ele, a tarefa essencial hoje para o governo é "retomar o monopólio do combate à guerrilha", já que hoje essa tarefa é desempenhada muitas vezes pelos grupos paramilitares de direita. Esses grupos, também ilegais, são acusados pela maioria dos casos de massacre contra populações civis em áreas rurais que supostamente apóiam a guerrilha.
Leia mais no especial Colômbia
Decretos autorizam prisões sem mandado na Colômbia
da Folha de S.PauloAs medidas de maior impacto tomadas até agora pelo governo colombiano com base no estado de exceção foram a criação das chamadas "zonas de reabilitação" e a autorização para buscas e prisões sem mandado judicial.
As "zonas de reabilitação" são áreas onde supostamente há presença mais intensa de grupos armados ilegais e nas quais a circulação é limitada (estrangeiros, por exemplo, não têm acesso a elas) e a presença militar é reforçada.
O último dos decretos baseados no estado de comoção interna, no dia 30 de setembro, aumentou as penas para roubo e contrabando de petróleo e derivados, crimes cuja ocorrência vinha crescendo, relacionada com a busca das guerrilhas e dos grupos paramilitares por novas fontes de recursos para financiar suas ações.
Para o analista político Alfredo Rangel, ex-consultor do Ministério da Defesa, ainda é cedo para um balanço sobre a ação do governo em seus três primeiros meses. "A situação de ordem pública é muito complicada, não é realista esperar grandes melhorias em um espaço de tempo tão curto", diz.
Ele considera, porém, que a decretação do estado de exceção tenha sido benéfica. "Houve algumas vitórias, como capturas de guerrilheiros e a recuperação da segurança nas estradas, que talvez não tivessem sido possíveis sem o estado de exceção", afirma.
Otty Patiño, ex-guerrilheiro do grupo M-19 e diretor da organização Observatório para a Paz, discorda. "Com uma situação como a da Colômbia, com uma guerrilha tão articulada, um estado de exceção não é muito o que soluciona a questão", diz.
Para ele, a tarefa essencial hoje para o governo é "retomar o monopólio do combate à guerrilha", já que hoje essa tarefa é desempenhada muitas vezes pelos grupos paramilitares de direita. Esses grupos, também ilegais, são acusados pela maioria dos casos de massacre contra populações civis em áreas rurais que supostamente apóiam a guerrilha.
Leia mais no especial Colômbia
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