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28/11/2002 - 06h01

Congresso da Argentina vota o calendário da eleição presidencial

MARCELO BILLI
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

Os deputados argentinos iniciaram, na noite de ontem, uma maratona para votar todos os projetos pendentes no Congresso. Na madrugada de hoje, deveria ser aprovado inclusive o cronograma eleitoral: a eleição presidencial ocorreria em 27 de abril e, caso necessário, o segundo turno seria em 18 de maio.

Os congressistas também aprovariam a renúncia antecipada do presidente Eduardo Duhalde, que deixaria o cargo em 25 de maio.

Além do cronograma eleitoral, a oposição e o governo também fizeram um acordo para votar mais de 20 projetos que estavam emperrados no Congresso.

O governo esperava conseguir votar todos os projetos até amanhã, superando parte da crise que o país enfrenta nos últimos meses. Duhalde -membro do PJ (Partido Justicialista)- conseguiu o apoio da UCR (União Cívica Radical) depois de concordar em assinar um decreto que, de alguma forma, protege os argentinos com dívidas em bancos.

O decreto garantiria aos devedores um prazo adicional de 30 dias para negociar, com a assistência de um juiz, as dívidas com os bancos. Em troca, os parlamentares da UCR aceitariam votar todos os projetos emperrados.

Vitória de Duhalde
O acordo com a UCR é mais uma vitória do presidente em sua batalha política contra o seu maior rival dentro do próprio PJ, o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999), que é um dos pré-candidatos à Presidência.

Os menemistas acusam Duhalde de travar as eleições internas do PJ para tentar impedir que Menem saia vitorioso e represente o partido nas eleições presidenciais. Duhalde conseguiu adiar as datas das eleições internas do partido, que deveriam ocorrer em dezembro, para o próximo ano.

Num acordo assinado na semana passada pelos governadores de 20 das 24 Províncias argentinas, o presidente conseguiu ainda adiar as datas das eleições presidenciais, que estavam marcadas para março de 2003. O pacto foi uma resposta à resistência do FMI em fechar um acordo com o país. O Fundo dizia que havia muita incerteza política na Argentina.

Todos os pontos do acordo deverão ser aprovados. A primeira tentativa de votá-los, na semana passada, falhou porque a oposição exigia uma solução para a execução das dívidas com os bancos. A solução surgiu ontem, quando Duhalde concordou em assinar o decreto sobre o tema.
 

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