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28/11/2002 - 23h43

Chega a 13 número de bebês mortos por desnutrição na Argentina

da France Presse, em Buenos Aires

A fome matou mais dois bebês em Tucumán, elevando para 13 os casos de morte por desnutrição nesta província do norte da Argentina, revelaram hoje fontes médicas.

O diretor do hospital de Crianças de Tucumán, Lorenzo Marcos, disse que a morte da pequena Cecilia Dulce, que apresentava sério quadro de infecção generalizada e deficiências respiratórias, aconteceu hoje numa clínica particular.

Jennifer Díaz morreu ontem por causa de um quadro de desidratação grave, complicado por desnutrição de grau dois.

O escândalo das mortes por desnutrição motivou o governo argentino a lançar uma "Operação Resgate" para aliviar a fome, que teve início em Tucumán e foi liderado pela primeira-dama Hilda "Chiche".

Depois de passar 36 horas em Tucumán, a mulher do presidente Eduardo Duhalde foi substituída pela ministra do Desenvolvimento Social, Nélida Doga, para continuar a operação, que pretende rastrear os casos de desnutrição em todo o território.

Embora não haja números oficiais sobre a desnutrição infantil, a ONG (organização não-governamental) Rede Solidária calcula em 162 mil as vítimas do mal que afeta todas as províncias do norte e nordeste do país.

Na Argentina, morrem por dia 27 crianças menores de cinco anos por desnutrição, segundo pesquisa de várias ONGs, entre elas a Sociedade de Pediatria, o Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS) e a Comissão Pró-Cátedra de Saúde e Direitos Humanos da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires.

Segundo dados oficiais de 2001, a mortalidade infantil era de 16,3 a cada mil nascimentos. O índice cresceu no ano passado em relação a 2000 em nove dos 24 distritos argentinos. Formosa foi o mais atingido, passando de 23 a cada mil nascimentos para 28.

Tucumán passou de 22,4 a cada mil em 2000 para 24,5 no ano passado.
 

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