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17/12/2002 - 22h01

Milhares de crianças sem registro morrem na Argentina

da France Presse, em Buenos Aires

Milhares de crianças morrem na Argentina sem integrar as estatísticas do Estado, porque há Províncias pobres onde quase 40% dos nascimentos não são registrados, revelou hoje a primeira-dama e diretora de políticas sociais, Hilda Duhalde.

"Os índices de mortalidade infantil na Argentina são relativos, porque se não conseguimos registrar cada bebê que nasce, muito menos vamos conseguir registrar os que morrem", disse Hilda Duhalde em entrevista na residência presidencial de Olivos, em Buenos Aires.

"Por uma questão legal, para se registrar um recém-nascido em Tucumán, por exemplo, ele tem de pesar no mínimo três quilos, condição para que possa ser vacinado contra a tuberculose (BCG)", diz.

"Quase 40% dos bebês não são registrados. A cada dia aumenta o número de mulheres que têm filhos com menos de três quilos. Toda mãe desnutrida gera um filho desnutrido, e isto gera um círculo vicioso", afirmou a primeira-dama argentina.

Hilda Duhalde disse que as "estatísticas no país não são confiáveis porque, para se ter uma idéia, na maior maternidade de Tucumán nascem 12 mil bebês por ano e 40% deles saem sem documento".

Segundo organizações não-governamentais, a cada dia morrem 27 menores de cinco anos por desnutrição na Argentina.
 

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