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20/12/2002 - 21h42

Manifestantes ocupam praça de Maio no aniversário de protesto

da France Presse, em Buenos Aires

Milhares de "piqueteiros", desempregados e pobres ocuparam na noite de hoje a praça de Maio, no centro de Buenos Aires, para lembrar os violentos distúrbios que há um ano mataram 30 pessoas e provocaram a queda do presidente Fernando de la Rúa.

A manifestação, que reuniu mais de 30 mil integrantes do movimento "piqueteiro", dos partidos de esquerda e de entidades de defesa dos direitos humanos, concluiu a "passeata federal" iniciada hoje passada em várias províncias argentinas.

Nas províncias de Tucumán, Salta, Jujuy, Neuquén e Rio Negro, a queda de De la Rua também foi lembrada com importantes atos, que transcorreram sem incidentes.

Na província de Córdoba, alguns manifestantes atiraram pedras contra uma lanchonete McDonald's e a sede da empresa de telecomunicações franco-italiana Telecom.

O Prêmio Nobel da Paz (1980), Adolfo Pérez Esquivel, e as Mães da Praça de Maio participaram da grande passeata liderada pela Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), que partiu do Congresso em direção à Praça de Maio.

Nestor Pitrola, líder da entidade "iqueteira"Pólo Operário (esquerda), disse que as manifestações são "m plebiscito popular, em todas as praças do país, exigindo a partida de todos"os políticos.

O lema central do protesto, "fora todos", foi o mesmo adotado pela classe média nas manifestações de dezembro passado, após o congelamento dos depósitos bancários decidido pelo então ministro da Economia, Domingo Cavallo.

As manifestações de hoje começaram no início da tarde, com uma passeata da Corrente Classista e Combativa (CCC) que reuniu 7 mil pessoas.

Há um ano, uma forte repressão policial contra os manifestantes na região da Casa de Governo, no centro de Buenos Aires, deixou cinco mortos. Os protestos nas diversas províncias mataram outras 25 pessoas.

A trágica jornada precipitou a renúncia de De la Rúa, que abandonou a Casa Rosada a bordo de um helicóptero.
 

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