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26/12/2002
-
15h49
Já saiu do Brasil um navio com 520 mil barris (82 mil m³) de gasolina comprada pela Venezuela, disse o responsável do governo venezuelano para a reativação da indústria petroleira, Ramón Martínez.
"O navio chegará no entardecer à baía de Guaraguao e à noite já estará descarregando", disse Martínez. Segundo a Petrobras, o navio "Amazon Explorer" -arrendado pela empresa- chegará à Venezuela até o fim de semana e não há previsão de novos carregamentos.
"Nós somos a garantia do país neste momento", afirmou Martínez, que também é governador do Estado do Sucre, ao citar a parte oriental do país, área em que o governo de Hugo Chávez obteve os maiores sucessos na tentativa de reativar a indústria petroleira, afetada por uma greve que completa hoje 25 dias.
Na segunda-feira (23), o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Brasil deveria mandar gasolina para a Venezuela. O país fez o pedido na semana passada, para combater os efeitos da greve geral iniciada no dia 2.
"Possivelmente nós vamos mandar", disse FHC. "No domingo (22), conversei com o presidente da Petrobras, Francisco Gros, para que possamos remeter gasolina à Venezuela, algo de que eles estão precisando muito. Também precisam de navios, mas o governo brasileiro não possui tais embarcações. Os navios pertencem à Petrobras, sob a forma de arrendamento, e não é fácil deslocá-los".
Oposição
Ontem a oposição venezuelana classificou como "hostil" qualquer possível ajuda ao abastecimento de combustível que o futuro governo brasileiro do presidente eleito Luiz Inacio Lula da Silva possa dar a Hugo Chávez na Venezuela.
O dirigente político oposicionista Timoteo Zambrano, membro da mesa de negociação entre o governo e a oposição, afirmou que a ajuda brasileira seria uma violação expressa da soberania e um sinal de não reconhecimento do conflito venezuelano.
"É uma atitude hostil à sociedade democrática, com a Coordenação Democrática [CD, organização que reúne partidos, movimentos e entidades de oposição a Chávez]", disse Zambrano à rede de televisão "Globovisión".
O delegado afirmou que o anúncio emitido na terça-feira (24) pelo assessor internacional de Lula, Marco Aurelio García, só "busca quebrar a paralisação cívica nacional", convocada pela oposição para exigir a renúncia de Chávez ou eleições antecipadas.
García, que esteve de visita em Caracas na semana passada para analisar o conflito venezuelano, informou que só depois da posse em primeiro de janeiro, Lula e Chávez vão discutir uma ajuda mútua petroleira.
A greve nacional, convocada por grupos de empresários, sindicatos e partidos políticos que culpam Chávez pela crise econômica, parou a produção de petróleo no quinto maior exportador do mundo.
Também atingiu seriamente o fornecimento de gasolina e causou certa falta de comida.
Chávez afirma que a greve é sabotagem a sua "revolução" de esquerda.
Com o uso de substitutos e soldados, Chávez conseguiu manter as exportações de petróleo em 5% dos níveis de novembro, que atingiram 2,7 milhões de barris por dia. A Venezuela, membro da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), normalmente fornece 13% das importações de petróleo dos EUA.
Com informações da Folha de S.Paulo
Com agências internacionais
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"Nós somos a garantia do país neste momento", afirmou Martínez, que também é governador do Estado do Sucre, ao citar a parte oriental do país, área em que o governo de Hugo Chávez obteve os maiores sucessos na tentativa de reativar a indústria petroleira, afetada por uma greve que completa hoje 25 dias.
Na segunda-feira (23), o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Brasil deveria mandar gasolina para a Venezuela. O país fez o pedido na semana passada, para combater os efeitos da greve geral iniciada no dia 2.
"Possivelmente nós vamos mandar", disse FHC. "No domingo (22), conversei com o presidente da Petrobras, Francisco Gros, para que possamos remeter gasolina à Venezuela, algo de que eles estão precisando muito. Também precisam de navios, mas o governo brasileiro não possui tais embarcações. Os navios pertencem à Petrobras, sob a forma de arrendamento, e não é fácil deslocá-los".
Oposição
Ontem a oposição venezuelana classificou como "hostil" qualquer possível ajuda ao abastecimento de combustível que o futuro governo brasileiro do presidente eleito Luiz Inacio Lula da Silva possa dar a Hugo Chávez na Venezuela.
O dirigente político oposicionista Timoteo Zambrano, membro da mesa de negociação entre o governo e a oposição, afirmou que a ajuda brasileira seria uma violação expressa da soberania e um sinal de não reconhecimento do conflito venezuelano.
"É uma atitude hostil à sociedade democrática, com a Coordenação Democrática [CD, organização que reúne partidos, movimentos e entidades de oposição a Chávez]", disse Zambrano à rede de televisão "Globovisión".
O delegado afirmou que o anúncio emitido na terça-feira (24) pelo assessor internacional de Lula, Marco Aurelio García, só "busca quebrar a paralisação cívica nacional", convocada pela oposição para exigir a renúncia de Chávez ou eleições antecipadas.
García, que esteve de visita em Caracas na semana passada para analisar o conflito venezuelano, informou que só depois da posse em primeiro de janeiro, Lula e Chávez vão discutir uma ajuda mútua petroleira.
A greve nacional, convocada por grupos de empresários, sindicatos e partidos políticos que culpam Chávez pela crise econômica, parou a produção de petróleo no quinto maior exportador do mundo.
Também atingiu seriamente o fornecimento de gasolina e causou certa falta de comida.
Chávez afirma que a greve é sabotagem a sua "revolução" de esquerda.
Com o uso de substitutos e soldados, Chávez conseguiu manter as exportações de petróleo em 5% dos níveis de novembro, que atingiram 2,7 milhões de barris por dia. A Venezuela, membro da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), normalmente fornece 13% das importações de petróleo dos EUA.
Com informações da Folha de S.Paulo
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