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16/01/2003 - 09h02

Confrontos em área de plantação de coca na Bolívia matam 11

da Folha Online

Uma escalada de violência que sacode a Bolívia pelo terceiro dia consecutivo deixou ao menos 11 mortos, entre eles 4 camponeses e 5 aposentados, em confrontos com as tropas bolivianas na região de plantação de coca de Chapare (centro) e em um acidente de carro após uma operação policial contra um protesto de idosos.

O presidente Gonzalo Sánchez de Lozada deplorou os enfrentamentos e lamentou o incidente em declarações à imprensa no aeroporto de La Paz, após retornar de Quito, onde assistiu ontem à posse do presidente do Equador, Lucio Gutiérrez.

Sánchez de Lozada afirmou que "não há dúvida que os bloqueios causam violência e a violência causa um imenso dano à sociedade boliviana, sem falar na economia boliviana".

O presidente disse que foi "obrigado a manter o trânsito livre, porque é um direito constitucional que o povo boliviano tem" e reiterou que aguarda que as medidas de protesto sejam suspensas para facilitar um processo de diálogo em busca de solução aos conflitos sociais.

Quatro camponeses foram mortos na região de Chapare, onde os produtores de coca enfrentam desde terça-feira (14) forças combinadas do Exército e da polícia, reivindicando o direito de plantar coca -a produção está destinada principalmente ao abastecimento do narcotráfico, segundo autoridades.

Uma patrulha militar foi emboscada e seus cinco membros feridos a bala em Chapare, afirmou o porta-voz presidencial, Mauricio Antezana, que criticou a violência desatada no país.

Os enfrentamentos deixaram em três dias 40 camponeses feridos, centenas de presos e vários policiais feridos, segundo balanço de um ativista de defesa dos direitos humanos, Sacha Llorenti.

Uma iniciativa de mediação formulada pela Igreja Católica, que prevê a retirada das tropas e o fim da obstrução de estradas, ainda não foi analisada, devido às posições antagônicas do presidente Sánchez de Lozada e do líder dos plantadores de coca e deputado Evo Morales.

"Cremos que a única forma de avançar sobre acordos concretos é que o governo e os setores envolvidos nos conflitos cedam em suas posições intransigentes para viabilizar o diálogo", afirmou um representante da Igreja.

Em Chapare, patrulhada por mais de 7.000 militares e policiais, foram erradicados mais de 60 mil hectares de coca destinada ao narcotráfico, segundo as autoridades.

Chapare "está militarizada e vive um virtual estado de guerra" caracterizado pelo banimento dos direitos civis dos plantadores de coca, afirmou Morales.

Com agências internacionais

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