Obama enviará mais tropas ao Afeganistão nos próximos dias, diz Casa Branca

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de enviar tropas adicionais ao Afeganistão será antecipada para os próximos dias, informou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

"A decisão do presidente virá logo", disse Gibbs aos repórteres, a bordo do Air Force One, o avião presidencial americano. "Eu não acho que é algo que demorará semanas", completou, sem estipular data específica para o aguardado anúncio.

Obama prometeu, ainda durante a campanha presidencial, encerra a Guerra do Iraque e usar os esforços americanos da "guerra ao terror" onde estão os "verdadeiros terroristas", no Afeganistão. O democrata afirmou ainda que o reforço das tropas chegaria a duas brigadas.

Fontes da administração Obama indicam há semanas que ele está para anunciar o envio de 30 mil tropas adicionais, um pedido dos líderes militares americanos no Afeganistão.

Segundo Gibbs, o presidente se reunirá com consultores e líderes militares para decidir qual será a política de seu governo para o Afeganistão.

O ano de 2008 foi o mais violento desde a chegada da coalizão internacional, liderada pelos americanos, no Afeganistão, em 2001. a violência aumentou, assim como os atentados terroristas e suicidas atribuídos ao Taleban, insurgência terrorista que foi derrubada do poder pelos EUA.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse na semana passada, em entrevista à rede de TV CNN, que as tropas dos EUA não podem deixar o país em curto prazo.

Ele apontou como motivos para a necessidade da permanência das tropas estrangeiras o fortalecimento do grupo fundamentalista Taleban, o narcotráfico florescente e a instabilidade na fronteira com o Paquistão, área em que há bases de talebans e da rede terrorista Al Qaeda.

"As forças americanas não devem sair em breve do Afeganistão porque a missão ainda não acabou", disse Karzai em uma entrevista ao jornalista Fareed Zakaria. "Temos que derrotar o terrorismo. Teremos de dar ao Afeganistão os meios de se sustentar sobre os seus próprios pés. Teremos de dar os meios para que o Afeganistão seja capaz de defender a si mesmo".

Com Reuters