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11/02/2003
-
05h27
O presidente do Congresso paraguaio, Juan Carlos Galaverna, afirmou ontem que aceita renunciar ao seu cargo se o Senado aprovar hoje o pedido de impeachment do presidente da República, Luis González Macchi.
O nome de Galaverna, primeiro na linha sucessória de Macchi, enfrenta fortes resistências entre os líderes políticos paraguaios, o que muitos analistas políticos apontavam como um fator a favor da absolvição do presidente.
O pedido de impeachment, aprovado em dezembro na Câmara dos Deputados, deve ser votado hoje pelo Senado. González Macchi é acusado de corrupção e mau desempenho das funções.
Segundo Galaverna, que pertence à mesma agremiação política (Partido Colorado) que o presidente, sua renúncia permitiria ao Congresso escolher um substituto para o presidente entre outros cinco nomes. Para aprovar o impeachment, são necessários os votos de pelo menos 30 dos 44 senadores. Galaverna disse que há mais que os 30 votos necessários para o afastamento.
No último fim de semana, teriam crescido as articulações políticas para absolver o presidente, cujo mandato termina oficialmente no dia 15 de agosto. González Macchi já declarou, porém, que aceita entregar o posto logo após as eleições presidenciais de 27 de abril, o que indicaria uma possível tentativa de acordo para evitar sua destituição.
Um dos principais articuladores em favor da absolvição de González Macchi é o presidente do Partido Colorado, Nicanor Duarte Frutos, candidato à Presidência. Vários senadores declararam o voto contra o impeachment após se encontrar com ele.
Apesar de ser um desafeto do presidente e de ter feito declarações contrárias a ele, Duarte Frutos teria agido por temer um desgaste à sua candidatura se algum membro de seu grupo político _como Galaverna_ assumisse o poder faltando menos de três meses para a eleição.
O presidente é acusado, entre outras coisas, pelo uso de um BMW roubado no Brasil, pelo desvio de US$ 16 milhões de dois bancos em liquidação para uma conta no exterior de uma fundação presidida por sua irmã e pelo espancamento de dois membros do partido esquerdista Patria Libre, em janeiro do ano passado.
Osvaldo Bergonzi, advogado de defesa de González Macchi, nega sua responsabilidade nos casos e diz que uma eventual aprovação do impeachment poderia provocar "um absurdo jurídico" se a Justiça o absolver mais tarde.
"Até agora os acusadores não apresentaram uma única prova que comprometa o presidente", afirmou Bergonzi à Folha de S.Paulo.
Analistas políticos paraguaios consideram pouco provável a destituição de Macchi, por causa do curto espaço de tempo até a eleição presidencial, o que poderia trazer mais prejuízos do que vantagens para seus adversários.
Com agências internacionais
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Veja cronologia do presidente paraguaio
Macchi espera por decisão de impeachment
Senado paraguaio vota hoje pedido de impeachment do presidente
da Folha de S.PauloO presidente do Congresso paraguaio, Juan Carlos Galaverna, afirmou ontem que aceita renunciar ao seu cargo se o Senado aprovar hoje o pedido de impeachment do presidente da República, Luis González Macchi.
O nome de Galaverna, primeiro na linha sucessória de Macchi, enfrenta fortes resistências entre os líderes políticos paraguaios, o que muitos analistas políticos apontavam como um fator a favor da absolvição do presidente.
O pedido de impeachment, aprovado em dezembro na Câmara dos Deputados, deve ser votado hoje pelo Senado. González Macchi é acusado de corrupção e mau desempenho das funções.
Segundo Galaverna, que pertence à mesma agremiação política (Partido Colorado) que o presidente, sua renúncia permitiria ao Congresso escolher um substituto para o presidente entre outros cinco nomes. Para aprovar o impeachment, são necessários os votos de pelo menos 30 dos 44 senadores. Galaverna disse que há mais que os 30 votos necessários para o afastamento.
No último fim de semana, teriam crescido as articulações políticas para absolver o presidente, cujo mandato termina oficialmente no dia 15 de agosto. González Macchi já declarou, porém, que aceita entregar o posto logo após as eleições presidenciais de 27 de abril, o que indicaria uma possível tentativa de acordo para evitar sua destituição.
Um dos principais articuladores em favor da absolvição de González Macchi é o presidente do Partido Colorado, Nicanor Duarte Frutos, candidato à Presidência. Vários senadores declararam o voto contra o impeachment após se encontrar com ele.
Apesar de ser um desafeto do presidente e de ter feito declarações contrárias a ele, Duarte Frutos teria agido por temer um desgaste à sua candidatura se algum membro de seu grupo político _como Galaverna_ assumisse o poder faltando menos de três meses para a eleição.
O presidente é acusado, entre outras coisas, pelo uso de um BMW roubado no Brasil, pelo desvio de US$ 16 milhões de dois bancos em liquidação para uma conta no exterior de uma fundação presidida por sua irmã e pelo espancamento de dois membros do partido esquerdista Patria Libre, em janeiro do ano passado.
Osvaldo Bergonzi, advogado de defesa de González Macchi, nega sua responsabilidade nos casos e diz que uma eventual aprovação do impeachment poderia provocar "um absurdo jurídico" se a Justiça o absolver mais tarde.
"Até agora os acusadores não apresentaram uma única prova que comprometa o presidente", afirmou Bergonzi à Folha de S.Paulo.
Analistas políticos paraguaios consideram pouco provável a destituição de Macchi, por causa do curto espaço de tempo até a eleição presidencial, o que poderia trazer mais prejuízos do que vantagens para seus adversários.
Com agências internacionais
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