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06/03/2003 - 07h34

Tropas israelenses matam 11 palestinos em campo de refugiados

da Folha Online

Tropas israelenses atacaram na madrugada de hoje um campo de refugiados na faixa de Gaza, matando 11 palestinos e deixando dezenas de outros feridos. Cerca de 50 tanques participaram da ação.

Segundo testemunhas, um tanque israelense disparou contra um grupo de palestinos que tentava apagar um incêndio num edifício comercial do campo de refugiados de Jabalya. A incursão israelense provocou várias horas de tiroteios. O Exército de Israel disse não ter informações sobre o disparo do tanque, que teria decapitado pelo menos um homem.

Após o confronto com os palestinos, os soldados deixaram o local. De acordo com o Exército de Israel, a operação faz parte de uma ofensiva contra o grupo militante Hamas. O ataque acontece um dia após as mortes de 15 pessoas em um atentado suicida contra um ônibus na cidade de Haifa, no norte de Israel.

Ontem, a explosão de um homem-bomba palestino dentro de um ônibus na cidade de Haifa deixou 15 israelenses mortos e 40 feridos (dez deles em estado grave). O autor do atentado também morreu.



O atentado de Haifa ocorreu quando o ônibus deixava o terminal em uma das mais importantes avenidas da cidade, a Moriah Boulevard, na entrada do bairro de Carmeliya.

O autor do atentado, identificado como Imran Salim al Qawasmeh, 21, morador de Hebron (Cisjordânia), estava sentado no fundo do ônibus, quando detonou os explosivos que levava presos ao corpo, segundo a polícia israelense.

O último incidente desse tipo ocorreu há dois meses. No dia 5 de janeiro, um duplo atentado suicida matou 23 pessoas e deixou mais de cem feridas no centro de Tel Aviv. Na época, dois terroristas palestinos detonaram explosivos presos a seus corpos em um intervalo inferior a um minuto e a apenas 150 metros de distância.

Violência

Na terça-feira (4), 26 palestinos foram detidos durante a madrugada em diversos pontos da Cisjordânia pelo Exército israelense.

As detenções aconteceram principalmente no centro antigo da cidade de Nablus, norte da Cisjordânia, onde os soldados faziam rigoroso controle de identificação das pessoas. Um dos militares chamou a região de "bunker do terrorismo".

Na segunda-feira (3), tanques e soldados israelenses invadiram um campo de refugiados da faixa de Gaza, matando oito palestinos em novos confrontos que eclodiram durante a prisão de um líder do grupo islâmico Hamas.

Funcionários de um hospital disseram que uma palestina grávida, de 33 anos, morreu ao ser atingida pelos escombros da casa de um militante, demolida pelos israelenses. Um menino de 13 anos teria sido morto a tiros.

Mohammed Issa, morador de uma aldeia próxima a Nablus, foi atingido quando se dirigia a Ramallah, onde trabalhava como pintor de paredes.

As mortes causadas pelos confrontos entre palestinos e israelenses, desde o início da Intifada, em setembro de 2000, já passam de 3.000.

Com agências internacionais

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