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19/03/2003 - 23h41

Estados Unidos iniciam ataque ao Iraque

da Folha Online

Os Estados Unidos e seus aliados deram início à guerra ao Iraque por volta das 23h35 desta quarta-feira (horário de Brasília).

A rede de televisão Al Jazeera informou que um míssil teria atingido Bagdá. Ainda não há informações precisas sobre o local do ataque e possíveis vítimas.

O presidente norte-americano George W.Bush havia dado utimato para o ditador Saddam Hussein se render e abandonar o país até às 22h15 de quarta-feira, mas Bagdá ignorou a ordem de Washington e prometeu "vencer o inimigo norte-americano".

As ruas de Bagdá estão praticamente desertas. Abrigos antiaéreos foram preparados na cidade e os hospitais estão liberando seus leitos para o que Saddam Hussein descreveu como a "última batalha".

Antes de expirar o ultimato, os Estados Unidos iniciaram ataques à zona de exclusão no sul do Iraque, uma área patrulhada desde a Guerra do Golfo (1991), que sofre ataques frequentes.



Os aviões de guerra decolaram de pelo menos dois porta-aviões localizados no golfo Pérsico e atingiram alvos horas antes de expirar o prazo dado ao presidente iraquiano para deixar o país ou enfrentar uma guerra.

Em Washington, militares confirmaram os ataques à zona de exclusão e disseram que aviões de guerra também lançaram 2 milhões de panfletos com explicações sobre como desertar, dirigidas às tropas iraquianas.

As zonas de exclusão aérea foram impostas com o intuito de proteger as minorias curda, no norte, e xiita, no sul, de ataques da Força Aérea iraquiana.

Nas zonas de exclusão, uma no norte e outra no sul do país, o Iraque não pode manter aviões, tanques nem outros armamentos, de acordo com determinação de EUA, Reino Unido e França após a guerra de 1991. Bagdá não reconhece tais zonas, que não são determinadas por nenhuma resolução da ONU.

Impasse

O impasse entre os EUA e o Iraque entrou em contagem regressiva no dia 7 de março, quando EUA, Reino Unido e Espanha propuseram ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução exigindo que o Iraque se desarmasse até segunda-feira (17) sob pena de ser atacado.

No dia 10 de março, a França e a Rússia disseram pela primeira vez de forma explícita que vetariam a proposta de resolução apresentada no Conselho de Segurança (CS) da ONU que pretende autorizar o uso da força para desarmar o Iraque.

Sem apoio, a Casa Branca desistiu de submeter a resolução ao Conselho de Segurança para votação. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse na terça-feira (18) que há uma coalizão de 45 países que apóiam uma ação militar contra o Iraque, mas um terço desses países prefere não ser identificado.

Os países que lideram o grupo que é contra a guerra são Alemanha, França e Rússia. O Brasil também pronunciou-se contra a intervenção militar. Ainda em oposição ao ataque, manifestantes pacifistas realizam protestos diariamente em vários países.

Há cerca de 300 mil soldados, 500 aviões e dezenas de navios prontos para agir em volta do Iraque.

Crise

Os Estados Unidos e o Reino Unido acusam o Iraque de ter um arsenal de armas químicas e biológicas que vai contra as determinações da ONU, e de estar construindo instalações para fabricar mais armamentos. Além disso, Saddam é acusado pelos dois países de ter fortes relações com grupos terroristas que são capazes de utilizar armas de destruição em massa. Bagdá nega as acusações.

O Iraque aceitou de forma incondicional a nova resolução da ONU, chamada de resolução 1441, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança no dia 8 de novembro.

A resolução determinou a entrada de inspetores de armas no país, com acesso ilimitado a todo e qualquer local suspeito de produzir armas químicas, biológicas ou nucleares -inclusive os palácios do governo iraquiano. Desde o início dos trabalhos de inspeção, EUA e Reino Unidos alertaram que o Iraque enfrentaria "sérias consequências" caso não se desarmasse total e incondicionalmente.

Com agências internacionais

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