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20/03/2003 - 15h49

Ataque em Bagdá deixa pelo menos um prédio em chamas

da Folha Online

Pelo menos um edifício de Bagdá atingido pelos novos bombardeios dos Estados Unidos ao Iraque, na tarde de hoje, (horário de Brasília), está em chamas.

O prédio fica no bairro onde está a sede do Ministério do Planejamento.

Bombeiros e ambulâncias estão no local para fazer o resgate.

Hoje, os EUA voltaram a bombardear Bagdá hoje, logo após a cidade disparar, às 14h50 (horário de Brasília), sirenes de alerta para a população.

Fortes explosões puderam ser vistas pela TV. Segundo informações das agências internacionais, os disparos foram feitos a partir do subúrbio de Bagdá. Enquanto isso, mais aviões F-14 e F-18 armados com mísseis saíram do porta-aviões USS Theodore Roosevelt em direção ao Iraque.

De acordo com a CNN, o bombardeio pode ter atingido o Ministério do Planejamento no centro de Bagdá. Até o momento, há três focos de fumaça na capital. Testemunhas disseram que três prédios foram atingidos pelos disparos aéreos. Outras fontes dão conta que as explosões teriam ocorrido nas proximidades de dois palácios do ditador Saddam Hussein.

O ataque foi acompanhado por uma intensa atividade da defesa antiaérea iraquiana.

A rede de TV Fox News disse que cerca de 900 kg de bombas e mísseis estão sendo utilizados na ação.

Ataque terrestre

Pouco antes, a Terceira Divisão de Artilharia dos EUA abriu fogo contra tropas iraquianas, dando início ao primeiro ataque terrestre do conflito. Os militares se utilizaram de canhões automáticos e lançadores de mísseis. Segundo informações de testemunhas, explosões também puderam ser ouvidas no local.

O início do ataque ocorreu às 14h (horário de Brasília) perto da fronteira entre o Kuait e o Iraque. Segundo informações de testemunhas, a ação durou 15 minutos e cerca de 300 tiros foram disparados.

"Nossas unidades no norte [do Kuait] foram atacadas com disparos de morteiro, que na sequênciancia responderam ao fogo", disse Abdel Hama Mohammed al Othman, general das Forças Armadas kuaitianas.

O major Bufourd Blount, comandante da Terceira Divisão, já havia anunciado que o uso da artilharia seria o sinal do início da primeira parte do ataque terrestre contra o Iraque.

Os EUA, depois de meses de debate com a comunidade internacional e após abandonar a tentativa de votação pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU para conseguir um aval para o ataque, deu início ontem, às 23h35 (horário de Brasília), a sua ação militar contra o país de Saddam Hussein.

Seis mísseis Scud foram disparados hoje pelo Iraque contra o território kuaitiano, um deles interceptado por um antimíssil Patriot instalado pelas forças norte-americanas na região, anunciou a televisão estatal kuaitiana.

Outros nove mísseis iraquianos, já em uma segunda fase dos confrontos, explodiram perto das tropas americanas posicionadas na fronteira do Kuait com o Iraque, segundo informações da rede de TV CNN, que disse ter relatos de que a terra teria tremido perto da zona desmilitarizada na região.

Segundo os EUA, 40 bombas foram lançadas sobre o território iraquiano nos primeiros três ataques ao país. De acordo com o governo iraquiano, um civil morreu e várias pessoas ficaram feridas.

O secretário da Defesa do Reino Unido, Geoff Hoon, disse hoje que a guerra no Iraque poderá não ser vencida rapidamente, mas que o volume de ataque deve se prolongar. O secretário alertou o Parlamento, durante um pronunciamento de emergência, que a campanha poderá não ser encerrada em um período muito curto. Segundo Hoon, as forças britânicas já estão envolvidas em algumas operações.

Ademais, Honn disse que as forças britânicas no golfo Pérsico estão em estado de alerta "muito, muito elevado" e que não deverá demorar para ser lançado um ataque mais amplo contra o Iraque.

"Há total franqueza e cooperação entre os países envolvidos nas etapas preliminares da operação militar...Está claro que vocês não deverão esperar muito [para um ataque mais amplo contra o Iraque]", disse.


Com agências internacionais

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