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30/04/2009 - 12h48

Gripe suína não tem relação com porcos, dizem especialistas

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da France Presse, em Paris
da Efe, em Bruxelas

Em nota, a Federação dos Veterinários da Europa (FVE) disse nesta quinta-feira que o vírus de gripe suína que está propagando pelo mundo --para a OMS, uma pandemia (epidemia de grandes proporções, talvez global) é iminente-- "nunca foi detectado nos porcos" e que, por isso, a doença deve ter o nome alterado para "nova gripe".

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O diretor da Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, confirmou à agência de notícias France Presse que ainda não é possível saber em qual organismo vivo surgiu o novo vírus e disse que realizar o sacrifício dos porcos, como anunciou o governo egípcio, é "totalmente injustificável".

O Egito anunciou que irá sacrificar toda a população de porcos do país, calculada em cerca de 300 mil animais. Gana, Rússia, China, Equador e Ucrânia decidiram impor restrições às importações de carne suína do México e dos Estados Unidos, onde a gripe suína já causou, respectivamente, sete e uma mortes.

Na Rússia, está proibida a importação de carne de porco e derivados de Estados americanos onde há casos da doença.

Leia entrevista do diretor da OIE sobre o assunto.

AGÊNCIA FRANCE PRESSE: O sacrifício de porcos promovido pelo Egito tem sentido do ponto de vista sanitário?
BERNARD VALLAT: Com as informações que dispomos, é totalmente injustificável qualquer sacrifício de animais, seja para prevenir ou para controlar esta crise. Quando houver razões para abater animais para impedir a propagação de um germe patogênico, como por exemplo durante a gripe aviária, a OIE possui normas para que esses abatimentos ocorram em condições decentes, para evitar sacrifícios inúteis.
Esses abatimentos levam também à apreensão de uma propriedade individual pelo Estado: é preciso ainda haver uma compensação financeira, está em todas as constituições. E é preciso haver medidas de higiene: a OIE divulgou normas sobre os meios mais higiênicos de destruir os cadáveres, o que apresenta ainda inconvenientes ambientais.

AFP: Os animais estão relacionados ao surgimento da gripe do tipo H1N1?
VALLAT: A recombinação que gerou este novo vírus patogênico ocorreu em um organismo vivo, mas não sabemos em qual: pode ser um ser humano, um pássaro ou um porco. Não temos ainda um animal doente e não sabemos como as pessoas que têm este novo vírus foram infectadas.
Todas as autoridades veterinárias dos 174 países-membros da OIE estão em pé de guerra para acompanhar o que se acontece com as espécies sensíveis à gripe. No momento, ninguém conseguiu estabelecer uma ligação mínima entre um animal doente e uma pessoa infectada.
Esperamos ansiosamente os resultados de experiências científicas em curso nos Estados Unidos e no Canadá para saber se este vírus é capaz de infectar algumas espécies animais. De maneira geral, as espécies mais sensíveis à gripe são os porcos, os pássaros e os cavalos. Graças às experiências em curso, saberemos se esses animais podem ser portadores, com ou sem sintomas. Os carnívoros como o cão e o gato podem ser sensíveis à gripe, mas em uma forma mais rara.

FP: É preciso mudar os hábitos alimentares?
VALLAT: Isto é totalmente inútil, porque não há fator algum de risco ligado a este episódio de gripe. Há rumores segundo os quais será preciso cozinhar bem a carne antes de consumi-la. Gostaria de dizer às pessoas que gostam de presuntos secos que não parem de consumi-lo, porque não se considera mais que o presunto seco ou salgado esteja relacionado a qualquer fator de risco.

Asmaa Waguih/Reuters
Policial egípcio separa porcos que serão abatidos no próximo sábado (2) na tentativa de combater vírus
Policial egípcio separa porcos que serão abatidos no próximo sábado (2) na tentativa de combater vírus
Comentários dos leitores
Caro eduardo de souza,
A vacina contra o vírus Influenza A (H1N1) foi testada antes de ser utilizada na população e, aqui no Brasil, ela é aprovada pela Anvisa. Seus efeitos colaterais possíveis, até o momento, são: dor no local da aplicação da injeção, febre, dor de cabeça ou nos músculos e articulações. Esses sintomas costumam ser leves e duram 1 ou 2 dias. Raramente, podem ocorrer reações alérgicas como inchaços, asma ou alguma reação mais forte, por conta de hipersensibilidade aos componentes da vacina.
Mais informações: fernanda.scavacini@saude.gov.br
Atenciosamente,
Ministério da Saúde
sem opinião
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eduardo de souza (635) 02/02/2010 02h12
eduardo de souza (635) 02/02/2010 02h12
Centenas de casos de "NERVO MORTAL", uma paralisia dos nervos, estão sendo associados aos que tomaram a vacina. Entre esses casos, a confirmação de que foi mesmo a vacina foi oficializado. "Esses casos são raros" tem afirmado o governo do Eua e os laboratorios que as produziram.
Mais da metade dos médicos N. Amer. não tomaram a vacina "MEDO DE EFEITOS COLATERAIS".
Aos que aqui voriferam os "benefícios" da vacina, estejam a vontade, podem tomá-la, alguns laboratórios estão a procura de "voluntários". :0)
1 opinião
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hugo chavez (310) 01/02/2010 21h39
hugo chavez (310) 01/02/2010 21h39
O silêncio do "Ministério da Saúde" frente às minhas colocações sobre as investigções mundiais em face de supostas irregularidades no episódio "pandemia de gripe suína" deixa algo no ar e cada um pode interpretar como quiser. Claro que tudo isto ocorre numa esfera muito acima do próprio Minsitério e tb, bem além do Governo brasileiro. Só os "donos do mundo" que elaboraram mais este "projeto" para o Mundo, podem esclarecer a questão. Afinal, alguns governos parecem ter sido vítimas, junto com a população mundial, destes "eventos mal esclarecidos". Para os que se perguntam se devem tomar a vacina, é bom refletir sobre tudo isto e decidir conforme a conveniência pessoal. Eu apóio as outras vacinas e as utilizo, mas, "gripe suína' e de outras "grifes", não me enganam. A "grande mídia" deveria investigar isto mais a fundo ou não? Sei lá né rsrs. sem opinião
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