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27/04/2003
-
10h23
da Folha de S.Paulo, em Assunção
Uma das principais estrelas das eleições gerais paraguaias de hoje é brasileira: a urna eletrônica. Emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, por meio de um acordo com a OEA (Organização dos Estados Americanos), cerca de 6.000 urnas eletrônicas brasileiras serão usadas por metade dos 2,4 milhões de eleitores.
Esta será a primeira vez que as urnas eletrônicas brasileiras serão utilizadas numa eleição fora do país em larga escala. Nas eleições municipais paraguaias de 2001 elas já haviam sido usadas por 1,5% dos eleitores, em apenas seis municípios, como experiência.
Segundo dados da Justiça eleitoral paraguaia, os municípios que tiveram votação eletrônica em 2001 tiveram um índice de comparecimento entre 60% e 75%, contra uma média nacional de 54%, apesar da obrigatoriedade do voto. Além disso, o tempo de votação nesses locais foi um quarto da média do restante do país.
Apesar da experiência considerada positiva, o uso das urnas na eleição de hoje foi objeto de intensa polêmica e críticas por parte dos candidatos, que expressaram o temor de que elas facilitassem episódios de fraude.
Nos últimos dias, grupos de funcionários públicos denunciaram pressões de integrantes do Partido Colorado para que votassem no candidato da legenda, Nicanor Duarte Frutos, sugerindo que o voto poderia ser conferido mais tarde nas urnas eletrônicas.
Os rumores levaram a missão de observadores da OEA e o próprio presidente da Justiça eleitoral, Alberto Ramírez Zambonini, a declarar publicamente que "as urnas não são delatoras" e reafirmar a inviolabilidade do segredo do voto na urna eletrônica.
O Partido Colorado (favorito) foi o principal contestador do uso da urna eletrônica. Os advogados do partido chegaram a entrar com um pedido na Justiça eleitoral para que seu uso fosse cancelado. O argumento do Partido Colorado é o de que as urnas estão concentradas nas regiões onde a oposição é mais forte, o que poderia provocar uma distorção.
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Paraguai usa urnas eletrônicas brasileiras
ROGERIO WASSERMANNda Folha de S.Paulo, em Assunção
Uma das principais estrelas das eleições gerais paraguaias de hoje é brasileira: a urna eletrônica. Emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, por meio de um acordo com a OEA (Organização dos Estados Americanos), cerca de 6.000 urnas eletrônicas brasileiras serão usadas por metade dos 2,4 milhões de eleitores.
Esta será a primeira vez que as urnas eletrônicas brasileiras serão utilizadas numa eleição fora do país em larga escala. Nas eleições municipais paraguaias de 2001 elas já haviam sido usadas por 1,5% dos eleitores, em apenas seis municípios, como experiência.
Segundo dados da Justiça eleitoral paraguaia, os municípios que tiveram votação eletrônica em 2001 tiveram um índice de comparecimento entre 60% e 75%, contra uma média nacional de 54%, apesar da obrigatoriedade do voto. Além disso, o tempo de votação nesses locais foi um quarto da média do restante do país.
Apesar da experiência considerada positiva, o uso das urnas na eleição de hoje foi objeto de intensa polêmica e críticas por parte dos candidatos, que expressaram o temor de que elas facilitassem episódios de fraude.
Nos últimos dias, grupos de funcionários públicos denunciaram pressões de integrantes do Partido Colorado para que votassem no candidato da legenda, Nicanor Duarte Frutos, sugerindo que o voto poderia ser conferido mais tarde nas urnas eletrônicas.
Os rumores levaram a missão de observadores da OEA e o próprio presidente da Justiça eleitoral, Alberto Ramírez Zambonini, a declarar publicamente que "as urnas não são delatoras" e reafirmar a inviolabilidade do segredo do voto na urna eletrônica.
O Partido Colorado (favorito) foi o principal contestador do uso da urna eletrônica. Os advogados do partido chegaram a entrar com um pedido na Justiça eleitoral para que seu uso fosse cancelado. O argumento do Partido Colorado é o de que as urnas estão concentradas nas regiões onde a oposição é mais forte, o que poderia provocar uma distorção.
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