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Investigação culpa Taleban por morte de civis afegãos em ataque dos EUA
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da Folha Online
Uma investigação conjunta dos Estados Unidos e Afeganistão confirmou neste sábado que civis foram mortos durante ataque aéreo das forças americanas na Província de Farah, no Afeganistão. Os investigadores, contudo, não conseguiram determinar quantos civis foram mortos no ataque cujo alvo eram os insurgentes do grupo islâmico radical Taleban, que teriam forçado os civis a permanecer nas casas atacadas.
Guerra no Afeganistão fortaleceu Taleban; saiba mais sobre o grupo
Nesta semana, a ONG Cruz Vermelha acusou os EUA de matar "dezenas" de civis nos ataques à região. O vice-governador da Província afegã afirma que o número de vítimas chega a 147, número que Washington nega como um "exagero".
Os resultados iniciais da investigação, ordenada pelo presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, apontam que os militantes do Taleban deliberadamente forçaram os moradores das vilas a entrarem nas casas das quais lançavam ataques às forças de segurança internacionais e afegãs durante os combates do início da semana.
Em comunicado, o comando militar americano explica que talebans afegãos e estrangeiros formavam fortalezas nos municípios de Ganj Abad e Grani, no distrito de Bala Bulok, onde cobravam tributos dos aldeões, além de lançar ataques contra as forças de segurança na estrada que liga Farah à Província vizinha de Herat.
O governador provincial solicitou então uma operação para retirar os talebans da zona, com a participação das forças de segurança afegãs e das tropas da coalizão, segundo a nota.
Número incerto
O comando militar americano admitiu ainda a morte de um número indeterminado de civis e
informou que a investigação não permite "determinar com certeza quantas das vítimas eram talebans e quantas eram não combatentes, porque os mortos estão todos enterrados".
Segundo a nota, os responsáveis pela investigação visitaram três fossas que continham vários túmulos individuais e duas valas comuns, mas nas quais havia um número indeterminado de pessoas enterradas.
Além disso, a equipe de investigadores se reuniu com membros do Exército afegão, da polícia e dos serviços de defesa nacional, assim como com representantes do governo de Farah.
Brutalidade
O comando americano condenou "energicamente a brutalidade dos extremistas talebans, que deliberadamente colocam civis afegãos como alvo e os usam como escudos humanos", e disse que estão "comprometidos" com a proteção dos civis.
Segundo a polícia afegã, mais de cem pessoas --incluindo 70 civis-- morreram no ataque na madrugada desta segunda-feira (4) para esta terça-feira (5). Ainda não há números oficiais sobre as vítimas, mas a ONG Cruz Vermelha acusou os EUA de matar "dezenas" de civis no ataque.
Os moradores de duas vilas atacadas por aviões americanos nesta semana prepararam listas com 147 nomes de vítimas. Segundo o vice-governador da Província de Farah, Yunus Rasooli, são 90 mortos na vila de Geraani e outros 57 mortos na vila de Ganj Abad.
Os militares americanos rejeitaram nesta sexta-feira os números 'extremamente exagerados' e afirmaram que os investigadores ainda coletam informações no local.
"Os investigadores e as pessoas no local acreditam que estes números são extremamente exagerados. Nós estamos definitivamente longe destas estimativas", disse a porta-voz dos militares dos EUA, capitã Elizabeth Mathias.
Caso os números afegãos sejam confirmados, este será o mais violento ataque a civis afegãos desde o início da ofensiva liderada pelos americanos para derrubar o Taleban do governo local, em 2001.
O presidente Karzai, em visita a Washington, ordenou na quarta-feira passada (6) que fosse aberta uma investigação para esclarecer o ocorrido.
Na quinta-feira passada (7), o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, que estava em Cabul para revisar com as autoridades afegãs a situação da segurança no país asiático, lamentou as baixas civis causadas no
bombardeio.
Com Efe, Associated Press e Reuters
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Interessante seu conhecimento de política internacional, mas falta um esclarescimento:
Assista ao documentário de Charlie Sheen "a verdade liberta voce" no youtube. Vai gostar de ligar os pontinhos...
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